O Que Você Vê?

eu desisto

Eu não sei quando isso vai acabar faz uma semana que eu encontro bilhetes vários deles em todo lugar, eu não aguento mais, eu não quero sair do quarto eu não quero ver ninguém.
Hoje faz duas semanas desde que fomos a casa, desde eu vi aquela menininha morrer, desde que meu namorado levou uma facada, eu não quero que isso continue, estou desesperada quero minha mãe de volta, quero meu pai, quero tudo como antes.
Na escola Gustavo disse que eu estou distante disse que me ama que eu poderia contar com ele poderia contar o que estava me preocupando, mas eu não queria preocupar ele, em casa Adrian não para de me atormentar pra mim sair desse maldito quarto, melissa é a única que sabe que eu preciso de espaço.
Hoje dia 25, fazem duas semanas e meia que fui aquela casa eu voltei a ter sonhos estranhos eu vi o palhaço na porta, e quer saber eu desisto, desisto de viver.
Eu estava sozinha em casa eram 8horas melissa tinha ido pra escola, Adrian saiu com um amigo e marta foi trabalhar, Gustavo acha que eu estou com cólica por isso faltei da escola, todos acham isso.
Eu fui até o banheiro, peguei uma pílula e alguns antidepressivos e uma navalha que meu irmão usava pra fazer a barba, fui até o banheiro principal da casa liguei as torneiras deixei a água morna, perfeita, eu não tirei meu pijama do corpo estava em total estado de desistência, sem força e sem coragem entrei na água peguei os remédios e engoli todos tinha uma dose enorme o suficiente pra matar um adulto, peguei a navalha e enviarei meu pulso eu sabia que ia sangrar eu sabia que ia doer, mas o meu desespero era maior, não pense que estou me matando porque sou fraca, estou somente desesperada por vida, desesperada pra ter outra vida.
Eu fechei os olhos apertei a navalha na mão e fiz um corte curvo me lembrava um sorriso, até ali morrendo eu ia ser perseguida por esse maldito sorriso.
Eu deixei um bilhete pra melissa e um pra ela entregar pro Gustavo, e um na geladeira pro Adrian, queria que eles se lembrassem de mim.
Saía muito sangue do meu braço em poucos minutos a aguada banheira se tornou carmesim um vermelho vivo fiquei zonza, então relaxei na banheira e deixei a morte vir, eu estava me sentindo fraca não comseguia ver um palmo a minha frente eu escutei um grito então não vi mais nada.

Me desculpem pelo capítulo curto, estamos chegando a 200 <3
Vou postar um capítulo contando a história do Gustavo quando chegar a 500 views.