Capítulo 8

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Voltar para aquela casa era uma facada no meu orgulho, parecia que seu cheiro estava na casa toda, tudo me lembrava ele, volto para meu quarto, tomo um banho me visto me jogando na cama logo em seguida, escuto batidas na porta.

__ Entre. Digo me sentando ja sabendo que era Nora.

__ Ela esta com saudades.

Me entrega a bebê e sua mamadeira, olho para sua inocenciense e sinto minhas lagrimas voltarem, tão linda, meiga e fofa.

__ Não chore querida. Nora se senta ao me lado me abraçando.

__ Eu estou me sentindo uma qualquer Nora.

__ Mais você não é. Ela segura meu rosto me olhando no fundo dos meus olhos.__ Está me ouvindo ?.

__ Sim.

__ Ele não te deu muita escolhas querida, quem iria resistir ao meu menino, ele quando quer é bastante teimoso.

__ Mais porque ele me deixou lá e me tratou mau?.

__ Querida ele precisa de um tempo, faz dois meses que ele enterrou a mulher, ele sofreu muito.

Ah droga agora estou me sentindo mau, eu transei na casa da falecida mulher dele, com o marido dela, ai caramba ainda tinha sua foto em cima da mesa que a gente fez sexo.

__ Não acredito que eu fiz isso, eu sou horrível Nora, manchei a memoria da Dona Alicia.

__ Oh minha querida, pare com isso ele que devia se preocupar, e também dona Alicia ia querer que ele fosse feliz, que sua vida continuasse, você é uma boa pessoa.

__ Nora eu não quero ser grossa com você, mais eu pretendo sair daqui logo que arrumar outro emprego, amo a Vitoria, ela é linda, mais eu não quero mais ficar perto do pai dela, uma vez já foi suficiente pra mim aprender, eu o quero longe de mim.

 __ entendo que você esteja brava meu bem, mais não nos deixe. Ela diz triste.__ Vou te deixar descansar um pouco depois conversamos mais.

__ Pode me emprestar seu computador?. Pergunto envergonhada.

__ É de Juan eu não gosto muito disso, mais ele lhe empresta sim, está na cozinha no  lugar de sempre.

__ Obrigada.

Saio do quarto e eu pegar o notebook, entro em um siti de empregos e cadastro meu currículo, para varias áreas, até de cozinheira arrisquei, quem sabe as coisas, não ficam a meu favor.

decido levar alguns currículos em padarias e super mercados, como sempre fiz, não posso desistir tenho que sair dali, não tenho mais coragem de olhar para o senhor Arthur.

Ah não tinha mesmo, quando antes sair dali melhor.



Arthur


Mais o que eu fiz?, como pude ser tão fraco e me deixar levar pelo desejo, ela meche comigo não posso negar mais eu tinha que ter me controlado, ainda estava de luto, mais deixei meu desejo falar mais alto.

Olhar para aqueles olhos azuis e expressivos mexiam em algo dentro de mim, seu rosto angelical e jeito meigo me deixava confuso, pois ao mesmo tempo em que parecia indefesa, era uma pessoa determinada, cuidava de minha pequena filha como se fosse sua, defendia meu bebê da linguá afiada de Aline, que só não estava na rua porque devia isso a Alicia.

A possuir foi tão intenso que me senti perdido quando nos afastamos, a realidade voltou com força total, quando olhei para a mesa e vi a foto de Alicia sorrindo, parecia tão errado, e de alguma forma era errado, minha mulher tinha ido a quatro meses, mais eu a enterrei á apenas dois, e jurei não sentir nada por outra mulher, mais então porque estou sentindo essa angustia em meu peito ao me lembrar da sua expressão desolada quando sai de entro de seu corpo, e a tratei com indiferença, eu a  havia magoada, e isso me deixava.. triste?.

Essa garota ia ser minha ruína.

__ Alo. Atendo o celular que tocava com a tela piscando mostrando o nome de Juan.

__ A menina Shofia decidiu ir embora . Disse sem rodeios.

__ O que?. como assim?. Pergunto em alerta.

__ Ela disse para Nora, que vai procurar outro emprego, que gosta muito da nossa pequena Vitória, mais que não ia permanecer perto de você.

__ Mais que droga Juan.

__ O erro foi seu conserte. Assim desliga sem me deixar dizer mais nada.

Jogo o celular na parede o fazendo despedaçar, o que foi que eu fiz?.

Me recuso a acreditar que sinto alguma coisa por essa mulher, a conhece a apenas alguns dias, isso é tudo culpa e de Nora, que enche minha cabeça, dizendo que meus olhos brilham ao vela com Vitoria nos braços, que ela era boa com minha pequena Vitória.

Por mais que queria ficar perto da minha filha, me afastaria por alguns dias, a deixaria se acalmar e der tempo para provar a Nora que ela estava totalmente equivocada.

Pego o telefone do quarto e disco o numero do meu advogado, detetive e melhor amigo.

__ Escritório do Doutor Martins Boa tarde.

__ Sheila, aqui é Arthur Ferris, pode passar a ligação para o babaca do seu chefe?.

__ Claro Arthur. Ela diz rindo.

__ Fala seu puto. Philipe atende como sempre.

__ Preciso de um favor cara.

__ Tem mulher envolvida?. Pergunta ele rindo.

__ Cara deixa de ser babaca, olha só preciso que você fique na cola da babá da Vitória.

__ Posso saber porque?.

__ Ela é uma otima babá, mais está procurando outro emprego, e preciso que você não a deixe arrumar um.

__ No que foi que você se meteu cara.

__ Só faz o que eu pedi, fica na cola e se preciso suborna quem lhe der emprego, para desistir.

__ Vai ficar me devendo uma.

__ Babaca... outra coisa, fica longe dela.

__ Uou sinto cheiro de roman...

__ Foi bom falar com você Philipe. Desligo ouvindo sua risada, babaca.

Me jogo na cama e olho em volta, estou em um hotel perto da minha casa, não quis me afastar muito, quero sentir que estou por perto de Vitória e... Shofia?.

Ficar mais confuso?. Impossível.



Segura Essa ChefinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora