The Kiss of Drakness

7ºCapitulo - The Kiss of Drakness

Primeiro que tudo OBRIGADA a todos as pessoas que leem :) Este capitulo pode ser um pouco confuso, e pequeno ( compenso no proximo prometo)  mas espero que gostem, deixem comentarios, bjs a todas\o 

Este capitulo e o proximo vao dar uma grande reviravolta á historia

Já se passaram semanas desde que o Damon desapareceu, por mais que tente não sinto absolutamente nada em relação a isso. Tenho milhares de perguntas na minha cabeça e não tenho resposta para nenhuma delas. Ultimamente tenho andado sempre sozinha ou com o Dimitri quando vou caçar, por vezes ainda me arrepia dizer isto assim, mas nao consigo preocupar-me com nada. O Boone não fala comigo desde aquele dia, ou melhor ele ignora-me, só olha para mim para ver a minha aura, que ao que parece esta cheia de escuridão e trevas blá blá blá, parece estranho mas eu nao suporto a ideia dele me odiar, é como se nao quisesse saber mas ao mesmo tempo me destruisse por dentro essa ideia . Por vezes o vazio que sinto dentro de mim sufoca-me, eu sempre fui de estremos, ou sentia muito ou não sentia nada. Neste caso não sinto nada. O meu pai desligou a sua humanidade á seculos, e eu á semanas mas sentio que as horas nao passam... Deixei de ir á escola, e de me preocupar com tudo. Por vezes sinto-me bem.. morta.

Estava no meu quarto, a olhar para o nada, quando subitamente senti o cheiro do perfume de Damon a invadir-me. A porta abriu-se e eu pulei para trás. Foi a primeira vez em semanas que senti alguma coisa, e foi horrível, o meu coração batia tao depressa que tinha dificuldade em respirar, o seu olhar transmitia-me segurança calma e alegria, arriscava-me a dizer amor. Todos aqueles dias que tinha passado sem ele tinham sido uma agonia, tinha perdido toda a minha vontade de viver, de sair, por mais que tentasse não conseguia preencher o vazio dentro de mim. Mas também sabia que se voltasse a ligar a humanidade iria voltar tudo aquilo que eu tinha sentido naquele dia, magoa, dor, culpa. Não podia deixar que isso acontecesse não ia aguentar. Vê-lo ali especado a olhar para mim fez-me estremecer, o sangue que me corria nas veias quase parou de circular. Por fim ele quebrou o silencio.

- Vejo que continuas sem humanidade.

- Voltas-te.

- Caroline, eu amo-te.

- Eu não sinto nada.

Ele suspirou e aproximou-se de mim

- Olha-me nos olhos e diz que não me amas. – a sua mao escorregou pela minha face fazendo-me uma festa suave. Afastei a sua mao com brusquidão.

- Não posso. Ou melhor eu não quero amar-te. Se eu deixar esse sentimento voltar, vai voltar tudo, não entendes.

- Ouve Caroline, eu entendo isso. Mas ou voltas a ligar a tua humanidade, ou eu esqueço-te para sempre. Eu não posso passar o resto da minha vida a amar um fantasma de uma pessoa que já não existe.

Aquelas palavras acertaram-me como facas.

- Bom, entao esquece-me.

- Caroline eu não te quero esquecer não entendes ? – pela segunda vez na minha vida ele gritou comigo, conseguia ver-lhe a dor no olhar.

- Não me podes fazer isto. Mesmo que eu ligasse as emoções, nos não podíamos estar justos. Somos irmãos lembras-te ?!

- Hoje, ás 21:00 na sala.

- Para que ?

- Esta na altura de ficarem todos a saber a verdade.

Fiquei a vê-lo ir-se embora, olhei para o relogio, eram 20:30. Boa só tinha de esperar meia hora.

O tempo passou a correr, sai disparada do quarto e dirigi-me á sala, estava lá meio mundo, os meus pais, a Shanoon e os seus pais, outros vampiros do conselho, o Boone e o mais antigo. O meu olhar encontrou o de Boone e quase lhe arranquei um sorriso. Sem dar por isso eu mesma estava a sorrir, sentei-me numa cadeira perto da dele.

- A tua aura esta a ficar dourada.

- Bem isso é porque quando te vejo ela fica assim.

- Isso é mentira, quando me ves, normalmente fica ainda mais preta.

- Oh a serio ?!

A nossa conversa foi interrompida por Damon.

- Peço a vossa atenção por favor.

A sala ficou em silencio, olhei em redor, as caras eram de curiosidade e algumas de surpresa, bem todas menos a de Boone, era quase inexpressiva  não lhe conseguia ver um pingo de curiosidade ou boa vontade de estar ali. Cá para mim estava a fazer um frete maior que o meu. Damon começou entao a discursar

- Como todos sabem eu ausentei-me durante umas semanas, desde que a Caroline desligou – senti as faces a corar – que eu me vi obrigado a partir, quer dizer é quase uma tortura ver uma rapariga cheia de vida como ela, assim, vazia sem sentimentos sem nada. E tudo porque foi pressionada a matar. E o pior de toda esta historia, é que me sinto culpado por não a ter impedido. – fez uma pausa.

Uma onda de calor e emoção atravessou-me, eu amava-o tanto mas tanto que me fazia doer a alma, não suportava a ideia de ele se sentir culpado por uma coisa de que ninguém tem a culpa, apenas eu. Por ser fraca e não aguentar a morte de alguém. O que ?! não, eu não podia deixar os meus sentimentos regressarem. Boone olhava-me pasmado. Para minha salvação ele continuou a falar.

- Entao eu parti, em busca de informações sobre o meu passado, e foi entao que descobri o pior. – vi os meus pais estremecerem. -  Eu culpava-me por estar apaixonado por a minha irmã, quando na verdade ela nem é minha irmã.

Dezenas de olhares viram-se para ele com um ar estupefacto. Não sei se era por “ apaixonada por a minha irmã” ou por “ nem minha irmã é”

- O que queres dizer com isso Damon ? – disse eu ainda perplexa

- Quero dizer, que eu andei a investigar o nosso passado e encontrei alguns conhecidos do Joe e da Vasilisa. Depois de procurar nos registos do conselho e blá blá blá. Lá descobri a história completa da nossa “ família”. Quer ser o senhor a explicar ? – apontou para Joe que se mantinha firme embora o seu olhar fosse de medo.

- Não. Começas-te acabas. Destrói a nossa vida so por estares apaixonado pela Caroline, força Damon, força. Fá-lo.

O olhar de Damon mudou, consegui ver indecisão. Levantei-me bruscamente atirando a cadeira para tras. Dirigi-me ao mini palco onde ele estava a falar.

- Ok chega, vais dizer ou não ?

Continua..