8ºcapitulo

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Ele olhou-me durante alguns segundos.

- Nós não somos irmãos.

- Damon não te atrevas. – interrompeu o meu pai, olhando-o com raiva. Damon ignorou.

- O Joe casou com uma vampira chamada Ella e tiveram-me a mim, mas ela apaixonou-se por outro homem e deixou-nos aos dois, foi aí que o meu pai desligou as emoções.

- ok tu até podes não ser filho da Vasilisa mas eu sou e o Joe é meu pai.

- Pois, eu também pensei isso antes de investigar a Vasilisa.

- O que é que queres dizer com isso ?

- Ela teve um caso com o meio irmão e ficou gravida. Quando se juntou com o meu pai já ia gravida. Ele aceitou-te porque não queria perde-la, ela era a única que lhe causava algum conforto e ele não o queria perder. Como eu era pequeno eles concordaram em dizer que nós eramos irmãos.

Tudo aquilo me parecia sob rial mas ao mesmo tempo bom. Se eu e o Damon não eramos irmãos entao podíamos estar juntos não é ?! E se assim fosse não precisava de agir como uma cabra sem emoções. Olhei de relance para Boone, ele estava levantado e com ar de poucos amigos, algo que era raro nele, visto que estava sempre de bom humor.

- Bom, já que o Damon já provou que vocês não eram irmaos e podem ficar juntos e viver um amor eterno, eu vou-me embora. Fui – virou as costas e quando saiu bateu com a porta. Todos os outros acompanharam-no, saindo com caras confusas mas ao mesmo tempo sensibilizadas com a nossa historia.

Não sei bem o porque da reacção dele depois de tantas semanas a tentar recuperar a minha humanidade devia estar feliz por a ter recuperado não é ?! Ainda sentia dor e culpa por ter morto aquela rapariga, mas já não era tao difícil de suportar. Quando já estava a sós com o Damon, olhei-o de cima a baixo, ele tinha revirado meio mundo só para que pudéssemos estar juntos. Aproximei-me dele e beijei-o, ele correspondeu o beijo foi tao intenso, maravilho e quente que nem sei explicar. Do nada uma dor atravessou-me, uma dor profunda que me impedi-a de respirar. Damon susteve-me nos seus braços. Joe mantinha-se atrás de mim, com um ar severo e rígido. Nas minhas costas esta cravada uma estaca de prata, e cada vez que me tentava mexer para a tirar senti-a a roçar o meu coração, cada minuto que passava tornava-se mais difícil de respirar. Por fim senti dor aliviar, ouvi um grito mas não era eu, era de Damon, quando me retirou a estaca, esta queimo-o. E se doía, uma queimadura provocada por prata ou verbena doía tanto que mais parecia ácido a queimar a pele. Caí de joelhos no chão, levei alguns segundos a recuperar o folego. Quando a ferida sarau levantei-me de um pulo, metendo-me entre Joe e Damon cada um lutava de forma igual, empurrei Joe para tras com toda a força que tinha, metendo-me á frente de Damon, respirei fundo e desatei aos berros com ele.

- Mas que raio é que pensa que esta a fazer !? 

- Atacar-te

- Como é que tem coragem ? Criou-me como uma filha.

- E odiei-te como uma adversaria. 

- Desligou mesmo não foi ?

- Há muito tempo. Eu não sou como tu, desligas-te e quando te apeteceu voltaste a ligar. Eu não quero emoções. As emoções são o ponto fraco de um vampiro. E agora são o teu ponto fraco.

Deslizou até ao Damon e atirou-o para o chão. Não me conseguia mexer nem agir, ele ia matar o próprio filho !? Não conseguia raciocinar, o meu corpo pedia-me para intervir e matar o Joe, mas eu seria incapaz de matar o homem que chamei de pai uma vida inteira.

- Chega. – gritou a minha mae metendo-se entre os dois. Empurrou o Joe para tras e Damon contra mim. – Toda a minha vida, te pus em primeiro lugar Caroline, tu és sangue do meu sangue és minha filha. – aproximou-se de Damon e cravou-lhe uma estaca, ela estaca a usar luvas por isso não se queimou. Afastei-a num impulso deixando Damon a gemer.

The Kiss of DraknessOnde histórias criam vida. Descubra agora