Capítulo 16- Ana

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Desligamos o telefone. Ah eu sei bem que tem alguma coisa, senti no ar. Até parece que eu não conheço meu namorado. Fala sério! Eu quero saber quem é a piranha que estava lá com ele. Não que eu vá implicar com isso, mas se não houvesse nada, ele teria me dito algo, né?

Idiota esse Matheus viu.

Apago as luzes e sigo para sair com minha amiga, uhu!

-
Estaciono e desço do carro. Cadê ela? Vejo ao longe uma garota de vestido com o cabelo maravilhoso e bem cacheado. É ela.

- AAAAHH! -gritamos e nos abraçamos.

- QUE SAUDADEEEE! -digo.

Entramos na livraria para ler alguns livros e comprar outros. Estou cheia de livros de romance para sofrer bastante.

-
Algumas horas depois, decidimos ir a algum restaurante comer algo e conversar, já que na livraria não é muito legal. Ela veio com o namorado dela de carro, e ele seguiu para o trabalho, então vamos no meu carro conversando sobre tudo. É maravilhoso estar com ela, é daquelas que você pode passar cem anos longe e a amizade é a mesma. Incrível.

- Então, como tá o namoro? -ela pergunta. Estamos comendo em uma confeitaria mesmo.

- O namoro... Tá bem! -digo.

- Tá bem mesmo? Tu pensou um pouquinho kkk. -ela ri.

Rio também.

- É, tá bom. É que tu sabe como Matheus é. Ou era, não sei. Não que eu não confie nele, mas é que me lembro de como eram as coisas e fico triste. -respondo.

- Entendi. -ela diz.

Comemos mais umas guloseimas e conversamos sobre outras coisas.

-
Chegamos na casa dela.

- Ei, já vou pra casa. -digo, -Matheus vai dormir lá hoje e pela hora ele já deve estar chegando. 

- Hmm, hoje tem. -ela diz.

Caímos na gargalhada.

- Será? -falo rindo.

- -
Chego ao meu apartamento, sei que Matheus chegou porque a moto dele está aqui.

- Ei. -ouço.

Me viro e... Gente! É o 04! Quê? Eu tinha esquecido dele e de como era lindo, socorro.
Automaticamente fico com vergonha ao lembrar do nosso último encontro, nada bom.

- Oi! -sorrio tentando parecer totalmente amigável e disposta a não deixar algum clima ruim entre meu vizinho e eu.

- Olha, desculpa por aquele dia. Era só uma brincadeira, quer dizer... Eu deveria ter perguntado antes se você era comprometida. O seu namorado teve razão em ficar bravo. Por isso eu... É... Só não queria piorar as coisas. 
      - a cada palavra que ele fala, parece mais envergonhado. Que dó!

- Não! Tipo, não foi nada. Acabamos nos entendendo logo em seguida. -lembro que nos entendemos mesmo, aquela noite.

- Mas desculpe. Eu estou sem jeito... -ele diz e se aproxima de mim. Ele não parece mais tão arrependido assim.

- Não há motivos já que está tudo esclarecido, não é? -me afasto.

- Então, vai subir? -ele pergunta.

- Claro! - vamos juntos e nos separamos, ufa, nem foi tão difícil assim no final das contas.

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