Capítulo 7- Ana

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Depois de uma viagem longa, eu já estou toda "entravada". Matheus e eu estamos calados, por estarmos cansados afinal acordamos cedo e foi mais de 1h de viagem por causa do trânsito e dos semáforos.

- Amor, tô com fome. -digo.

- Nem começa! - Matheus protesta porque sabe que quando eu tô com fome, eu vou falar que tô com fome até eu comer.

- tô com fome. -reclamo.

- Ai, Ana!

- Amor? -chamo.

- Oi.

- Tô com fome! - digo quando a barriga ronca e Matheus desata a rir.

- Bicha chata. A gente já tá chegando. - ele se estica na cadeira já impaciente pra sair do carro e se alongar.

Faço beicinho.
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Finalmente chegamos! A casa da mãe de Matheus é enorme, sempre me impressiono. Tem uma varanda linda com alguns vasinhos de flores e fica de frente para o mar. É tudo muito lindo!

- Chegoooooou! -comemoro.

- Ê. - Matheus diz.

- Estraga prazer.- reviro os olhos e ele sorri de lado com cara de cínico, e solta nossos cintos. Sorrio.

Buzino e as portas se abrem. Dona Silvana já está na porta e Matheus desce enquanto vou estacionar. Ela da um abraço apertado no filho e ele dá um beijo na testa dela. Isso me deixou com saudades da minha mãe e decido que irei ligar para ela depois. Estaciono e volto para a entrada.

- Ana! Como você tá linda! -ela exclama.

- Obrigada dona Sil! -a abraço também. Ela é bem amorosa.
- Cadê o seu Lucas? -pergunto me referindo ao seu esposo, o padrasto de Matheus.

- O Luke tá limpando a piscina para as visitas. -ela diz. Eu me animo pois sou um verdadeiro peixe.
- Venham, vamos comer alguma coisa.

Matheus olha pra mim com cara de "tá vendo? Você não morreu de fome."
E eu o empurro de leve. Ele me dá uma mordida suave no ombro.
-Ai! -dou um gritinho fazendo dona Sil olhar. E saímos rindo.

Passamos pelo terraço espaçoso e entramos numa sala enorme, claro. Tudo muito bonito e com móveis um pouco antigos dando um ar bem chique na casa. Passamos por essa sala e chegamos na cozinha, onde a cozinheira Gretchen nos cumprimenta e continua a mexer alguma comida doce e que cheira bem.

Sentamos e me sirvo de empadão de camarão com suco, e como um pedaço de bolo. Matheus come só o empadão e já está satisfeito.

- Agora tá feliz? - ele pergunta.

- Com você eu tô sempre feliz. -digo e caímos na risada, porque eu não sou muito de me declarar.

- Linda! -ele diz e saímos da mesa. E logo outra moça pega rápido nossos pratos e vai lavar. Gente, aqui surge gente do nada para limpar, cozinhar e passar. Coisa de louco. Seguimos de mãos dadas em direção ao jardim, rumo a piscina. Nossas malas alguém levou lá para cima, claro.

- Oi, seu Lucas. -digo para o padrasto do Matheus.

-Ei! Chegou a visita! - ele aperta minha mão e a de Matheus. Eles se cumprimentam rápido já que eles não têm muita intimidade.

- Como tá na faculdade? - seu Lucas pergunta pro Matheus e eu paro de prestar atenção e vou olhar o jardim enquanto eles conversam.

Minha sogra chega e me chama para me mostrar o quarto que vamos ficar. Subimos as escadas até o 1o andar. Vamos ficar no quarto que tem varanda.

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