Beijo correspondido

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Natsu p.o.v
Ao aproximar-me da cidade a minha ansiedade aumenta, para a tentar afastar conto piadas ao anjo loirinho, mas, desisto da minha tentativa assim que vi os portões reais.
Rapidamente salto do camelo ainda em movimento fazendo com que caia de bunda no chão. A Lucy com o susto cai para cima de mim de maneira a que ficasse no meu colo e o seu rosto no meu peito. Ao aperceber-se baixa a cabeça num ato envergonhado e cora.
Ajudo a loirinha bravinha a sair do meu colo depois de muita insistênsia da sua parte e levanto-me de seguida. Ela com a postura de bravinha recomposta perguntou:
-Mas que raio! Qual foi a ideia de saltares do camelo em movimento? Querias morrer ou ainda pior querias ferir o camelo?
Ia abrir a boca mas ela ergendo um dedo no meu peito diz:
-Nem te atrevas a abrir a boca! E se com a queda o camelo se assustasse e comçasse a correr? Argggg! Posso te garantir que tu ias atrás do camelo cidade fora.
Eu suavemente pego no dedo dela e afasto-o do meu peito e digo:
-Está mais calma anjo loirinho? Eu saí do camelo porque lembrei-me que podias ter um manto com capuz para eu usar.
-Para que queres o manto?
-Porquê eu tenho uma enorme dor de cabeça e provavelmente é devido ao sol. Ao seja o capuz iria ser capaz de dar "jeito".
Ela abre um sorriso maldoso e diz:
-Mas não é necessario te preocupares, a zona comercial é coberta por sombra.
Ao ver o meu pânico ela faz um sorriso inocente e diz:
-Precisas de um banquinho ou sentas-te no camelo?
-P-pp- porque é que eu precisaria de um b-bb-banquinho?
-Porque tu estás mais branco que o papiro.
E nessa altura eu reparo que estava a tremer, a transpirar e provavelmente prestes a desmaiar outra vez. Ela volta a abrir um sorriso malefico e diz:
-Eu até poderia-te emprestar um dos meus mantos, mas tu não confias em mim para contar o que se passa realmente...
-Tudo bem eu conto-te mas agora ajuda-me.
Ela vai até uma das malas, tira um atira-mo e diz:
- Deseja mais alguma coisa princesa?
-E-ee-eu não sou nenhum príncipe...
-Por alguma coisa é que eu disse princesa.
Ao voltar a passar por mim mostra-me a língua e vai na direção do camelo. Ao chegar diz:
- Vais continuar aí parado a ver se te crescem raizes ou vais começar a "pensar" em subir para o camelo.
Eu ignoro a provocação ponho o manto e subo para o camelo.
Ao chegarmos aos portões reais eu baixo a cabeça e um dos guardas aparece e diz:
-Quem são vocês e o que pretendem fazer na cidade real?
-Eu sou a Lucy e venho comercializar os meus produtos. Eles encontram-se em todos os padrões legais.
- Deixe ver a mercadoria!
A Lucy vira-se para mim, pisca-me o olho e diz:
-Ajudante mostre ao guarda real a nossa carga comercial.
Antes de o guarda me seguir eu oiço-o a dizer desconfiado:
-Senhorita Lucy, você deixa seus ajudantes virem de camelo consigo?
-Ai! Este ajudante é muito preguiçoso! Passou a viagem inteira a chatear-me! A determinado ponto tive que deixa-lo sentar-se no camelo! Nem imagina a dor de cabeça que eu tenho de o ouvir!
-Imagino...
E assim o guarda vira-se e começa a inspecionar a mercadoria. No final ele vira-se para a Lucy e diz:
- Está tudo em ordem senhorita.
Vira-se para mim e diz baixinho :
-É bom que não chateies a tua mestra caso contrário irás responder pelos teus atos a mim. Onde é que já se viu um escravo ter os mesmos privilegios que a sua mestra?
Bufou e foi-se embora. Eu com medo fui ao lado do camelo como se fosse realmente um servo.
Ao afastarmo-nos eu viro-me e falo:
-Um escravo, a serio?
-Querias que eu disse-se "ah, este aqui é o Natsu que a meio da minha viagem decidiu aparecer e que mal viu os portões reais parecia que ia desmaiar"?
-Não...
-E se pensas que eu não sei que tu deves ser da nobreza estás enganado!
-P-pp-porque dizes isso?
-Porque em primeiro lugar o povo não pode ter determinados nomes e esse está incluido. Tu achas-te ser uma enorme ofensa ser um servo quando na realidade todo o povo tem respeito aos servos. E por ultimo a maioria do povo acha-se escravo do rei ou seja nao fica ofendida com isso e normalmente ou é dessa classe social ou tem membros da família que são. E acredita que é horrível veres um dos teus famíliares ser maltratado e não poder fazer nada.
-Desculpa eu não sabia...
-Normal, os da nobreza nunca reparam nas dificuldades que o povo passa porque normalmente não andam nos nossos bairros e os servos podem ser castigados se disserem algo que o mestre não goste.
-Lamento imenso...
Nessa altura senti-me pessimo pois eu nunca tinha respeitado ninguém do povo.
...
Estamos à quatro horas a vender os produtos da Lucy e está quase a anoitecer. A Lucy já conseguiu vender vários produtos. Neste tempo pude observar que a populaçao é muito simpatica e acolhedora.
Quando já estavamos a arrumar as coisas vejo um guarda a olhar fixamente para mim e a aproximar-se. Eu em pânico olho para os lados à procura de saídas mas ao ver que não havia olho desesperado para a Lucy que continuava a trabalhar já com o manto vestido devido ao frio. Aproximo-me dela e toco-lhe suavemente no braço como se fosse uma caricia ela ao aperceber-se vira-se de frente para mim e eu num impulso as minhas mãos vão para a cintura e beijo-a. Ela no inicio resiste mas no final entrega-se. Acabamos o beijo e antes que ela tivesse alguma reação o guarda vira-se e diz:
-A juventude de hoje em dia já não é como antigamente.
Eu e ela voltamos a olhar um para outro e começamos a rir. Ela aproxima-se do meu ouvido e diz:
-Acho que alguém se aproveitou de mim!
-N-nn-nem p-pp-por isso eu juro!
Ela risse e diz:
-Hoje eu não me chatei- o pois estavas a tentar fugir do guarda mas que isso não se repita.
Ao afastar-se os lábios dela rossam-se no meu pescoço fazendo com que eu me arrepia-se. Ela pisca-me o olho e diz:
-Então cabeça rosa vais trabalhar ou não?
Acordo do transe e digo:
-S-ss-sim já vou.
Reparo agora que está a tornar-se constante eu gagejar. Raios! Espera lá o que é que ela chamou-me?
-o que é que tu chamas-te-me?
-Cabeça rosa. Já que tu chamas-me constantemente loirinha eu chamo-te cabeça rosa. É justo!
Riu e digo:
-Já agora eu não chamo-te loirinha eu chamo-te anjo loirinho!
-É igual!
-Por acaso é diferente!
E continuamos a arrumar a mercadoria num clima de alegria e cumplicidade.
E reparei que afinal a sua reação não foi assim tão má quando eu a beijei. E tenho que afirmar que foi o melhor beijo que dei a uma rapariga, só tenho pena que tenha sido no intuito de afastar o guarda e não noutra situação. Mas garanto que não será o ultimo que darei ao meu anjo loirinho.
Alguém P.O.V
Finalmente! Finalmente a Lucy chegou à cidade real! E como é que eu sei?
Porque todos os anos desde sempre ela vem para a cidade comercializar produtos. E sempre que ela chega um amigo meu avisa-me da sua chegada.
Este ano ela vem com um maldito servo que aparentemente irrita-se a viagem toda até a minha princesinha cede-se e o deixa-se ir no camelo. Maldito servo! Mas se ele pensa que quando eu e ela nos casarmos ele vai continuar assim ele está muito enganado!
Ela é tão linda, inocente tão perfeita...
Este ano eu irei "conhece-la". Eu por " pura coincidencia" irei passar na altura em que cinco raptores a tentarem raptar e irei salva-la. Quando eu chegar eles iram ingetar um liquido e ela irá desmaiar e irá acordar no meu quarto comigo.
Mas antes disso preciso de tratar de alguns problemas e promenores tal como o seu servo.
Ela será minha, nem que seja a última coisa que eu faça!

Fairy EgipcianOnde histórias criam vida. Descubra agora