Capítulo 2 - Mães

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Regina - Sábado a tarde (Um mês depois)

Era uma tarde como todas as outras em Nova York, tudo muito calmo no apartamento e na rua lá fora uma fina camada de chuva caia depois de um temporal. Henry estava montando uma especie de videogame que ganhou de presente da loira Swan, enquanto eu assava uma torta de maça para a sobremesa do jantar. O apartamento era muito modesto, havia dois quartos e apenas um banheiro, a sala e a cozinha eram divididas por um balcão e ainda na sala uma pequena varandinha coberta por algumas flores. Era simples, mas ainda assim trazia conforto.

Levo um pequeno susto quando o telefone na sala começa a tocar. Acho estranho a ligação pois quase ninguém tinha esse numero, apenas meu trabalho, a escola do Henry e a loira Swan,  vou em direção a ele na parede e o atendo.

-Alô?-Digo.

-Alô?-Um homem diz.-Com quem eu falo?

-Quem gostaria?-Desconfio. 

-Eu sou Chris, enfermeiro do hospital central de Nova York. Com quem eu falo?

-Olá Chris, eu sou Regina. Em que posso ajuda-lo?

-Então Regina, foi encontrado esse telefone no porta-luva de um carro batido, achamos que a senhora poderia ser parente ou conhecida da acidentada. 

-Acidentada?-Sinto meu coração acelerar.-Quem?-Abaixo a voz para que Henry não escutasse, tenho a leve impressão de que conheço essa pessoa.

-Infelizmente está sem identificação, por isso a ligação. A unica coisa que tinha junto com ela no carro era esse numero e...-Ele limpa a garganta.-Uma arma. 

-Qual era o carro?-Pergunto quase em um sussurro.

-Um fusca amarelo.-Meu coração para por um segundo antes de voltar a bater tão forte e rápido que achei que morreria de pé ali mesmo agarrada naquele telefone. Fico em silencio por vários minutos tentando fazer minha cabeça parar de rodar e meu corpo parar de tremer.-Alô? Ainda está ai?

-E-ela... E-ela? Ela morreu?-Olho para Henry sem prestar atenção em mim, ainda tentando montar o videogame que ganhou. 

-A senhora teria como, por favor, se dirigir ao nosso hospital?-Chris pergunta agora sem jeito.-E principalmente, poderia passar as informações básicas da paciente? 

-Swan.-Sussurro fixando os olhos no telefone.-Emma Swan. É o nome dela. 

-A senhora é o que dela?

-E-eu... eu sou...-Digo e olho para Henry que agora olha para mim com um olhar preocupado.-Estou indo para ai. 

Desligo o telefone e me viro para encarar Henry.

-O que aconteceu?-Ele pergunta.

-Sua mãe.-Digo e ele se coloca de pé na minha frente.-Deu entrada no hospital...

-O que?-Ele arregala os olhos preocupado.-O que aconteceu?

-Eu não sei...-Digo sincera e tremula.-precisamos ir para lá. 

X

Vou com Henry as pressas para o hospital, ao chegarmos nos dirigiram ao terceiro andar onde Swan aparentemente estava. 

-Mãe!-Henry chama ao reconhecer a mulher loira, agora desarrumada, deitada na cama conversando com um médico. "Ela está viva! Menos mal."

-Henry!-Ela se senta na cama com a ajuda de dois enfermeiros e abraça Henry.-Regina...

Ela fica surpresa ao me ver e eu tento dar a ela o meu sorriso mais simpático. Apesar de acha-la repulsiva e ignorante, ela ainda era mãe do Henry assim como eu. 

Um conto em Nova York - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora