Um conto em Nova York - SwanQueen

Capítulo 5 - Depois do vinho

Obs: Desculpe a demora, meu pc não estava funcionando e hoje recebi uma visita de um primo abençoado (e inteligente) que fez ele ficar novinho em folha. (Ps: Agradeçam a ele, se não as fic ainda iam ficar desatualizadas)

Regina

Minha cabeça lateja assim que me levanto da cama, forço meu corpo a andar até o banheiro para fazer minha higiene matinal. 

Maldito seja todas aquelas taças de vinho que eu tomei!

Olho meu reflexo pálido no espelho e me assusto com as olheiras e o cabelo todo desengonçado, a noite foi conturbada, sonhei várias vezes e acordava assustada. Seguro entre os dedos o pequeno frasco com pó vermelho pendurado no meu pescoço, sempre que o encaro sinto uma paz reconfortante em meu coração. Como se tudo se resolvesse quando eu olhasse para ele.De repente lembro-me de uma coisa, uma coisa que aconteceu na noite passada.

Swan Droga!

Sinto minhas bochechas rosarem e um forte constrangimento se apoderar de mim, lembro-me vagamente das minhas insinuações e atos com relação a ela. 

Céus! Perdi completamente o juízo.

Vou para a cozinha com receio de encontra-la, e assim que vejo que está tudo sozinho fico mais calma. Um bilhetinho dizia com a letra de Henry que ela o levaria para a escola hoje e que ele voltaria um pouquinho mais tarde. Pois bem, passaria o dia todo sozinha e no serviço. 

X

Uma semana depois - Emma

Sete dias se passaram desde a ligação tenebrosa de Regina, percebi no inicio que as intenções dela com aquela chamada eram das melhores, mas assim que a conversa se desenvolveu nós brigamos feio. Fui morar em uma quitinete do outro lado da cidade e Henry ficou com ela, apesar de ver ele todos os dias ainda sinto falta de tê-lo comigo. Hoje eu o buscaria na escola e o levaria para casa, mal podia esperar para vê-lo de novo. 

X

Aguardo com as mãos nos bolsos da jaqueta vermelha em frente a escola de Henry, vejo alguns pais daquele dia do incidente que evitam levar o olhar até mim. Não demorou muito até que ele veio correndo até mim animado, contando coisas da feira de ciências que a turma dele estava organizando e todos os seus projetos para a sua apresentação. Começamos a caminhar pelas ruas de Nova York observando atentamente as rotas de pessoas aleatórias, até que ele parou e pediu uma casquinha de sorvete para depois continuarmos a caminhar. 

-Então? Você gosta da minha mãe?-Ele me olha com os olhos grandes e animados. E eu não disfarço a minha cara de espanto. 

-Da Regina? Gostar?-Tento interpretar sua pergunta um pouco confusa para mim.-Eu e ela somos como cachorro e gato, brigamos o tempo todo. Não fomos feitas para ficar juntas.

-Eu discordo.-Caminhávamos um ao lado do outro, e ele prestava atenção no sorvete em suas mãos enquanto falava.-Eu sei que aconteceu alguma coisa entre vocês duas naquela noite lá em casa.-Observo seu rosto um pouco constrangida. 

"O que? Como ele sabe disso? Será que ela contou? Será que ele ouviu?"

-O que? Como você... como?-Tento perguntar mas ele me interrompe. 

-Acho que você deve convidar ela para sair.-Ele me encara com um sorriso animado. 

-O que? Henry não!-Penso por um minuto.-Ela não aceitaria.  

-Então você acha que é uma opção?-Ele para e me encara com um sorrisinho nos lábios.-Já é um começo. 

Voltamos a andar aproximando-nos do prédio em que ele mora.