Um conto em Nova York - SwanQueen

Capítulo 6 - Cinema

ATENÇÃO: Antes de ler o capitulo a seguir, volte na Fanfic "Da Magia a Sedução" e leia o capitulo 10 - Nova York (Incompleto). 

Regina

Emma faz cara de paisagem enquanto Henry choraminga para que eu aceite ir ao cinema com ela, a ideia me parece absurda no começo, mas de tanto ele falar acabo relevando a situação. Enquanto Henry arruma suas roupas para dormir na casa de Avery (Nosso vizinho), escolho por entre os poucos vestidos que tenho e me visto com um preto abaixo do joelho. Seria a primeira vez que eu sairia com Swan sozinha, confesso estar um pouco assustada. 

Encontro Swan na sala um pouco receosa, Henry animado colocava na mochila o videogame que a loira havia lhe dado. Tranco o apartamento e seguimos com o combinado. Henry passaria a noite no Avery e eu e Swan seguiríamos para o cinema. 

Entramos no fusca amarelo em um silencio assustador e permanecemos assim até chegarmos ao destino. Do inicio ao fim do filme nenhuma mudança, ficamos mudas trocando apenas olhares constrangidos até que ela deu a ideia de irmos embora. "Aleluia!!" 

Em uma tentativa falha, Swan puxa assunto perguntando se Henry poderia passar alguns dias com ela em seu novo apartamento. No começo apenas a fuzilei com o olhar para logo depois soltar o que me pareceu ser dois livros e meio de sermão e faze-la desistir por completo da ideia, e se arrepender amargamente de ter aceitado sair comigo essa noite.

Disfarçando, entro no banheiro feminino do shopping e Swan vem logo atrás, fico no espelho arrumando meu cabelo enquanto ela vai a um dos toaletes privados. Duas adolescentes se aproximam do espelho ao meu lado e me olham de cima a baixo, e só então depois de perceber os cochichos e olhares de insulto percebi do que se tratava. Meu vestido. Não era um dos mais adequados para a ocasião, muito menos o mais estiloso. Era completamente sem charme e sem brilho, não dava volume para meu corpo, muito menos uma elegância ao vesti-lo, porém, eu o adorava. Adorava vesti-lo e sentir seu tecido macio tocar meu corpo e o conforto que ele me proporcionava. Uma das garotas me insultou, dizendo palavras nenhum pouco gentis e basicamente muito humilhantes. Outras mulheres que passavam no momento riram das palavras que a menina proferia a mim e foi quando vi estampado no rosto Swan a mesma expressão que se encontrava em mim percebi a gravidade da situação. As meninas e as mulheres saíram do banheiro e Swan se aproximou devagar sem dizer nada, apenas deixando seu olhar aborrecido pairar sobre mim. 

A situação me deixou constrangida e ainda mais frustrada. Frustrada por não ter tomado partido em cima daquelas garotas e defendido meu gosto e meu corpo com elas. Constrangida por ser flagrada pela loira. Pelo espelho ela fitou fixa meus olhos, e sempre quando ela me olhava daquele jeito um arrepio tomava conta do meu corpo. Parecia que ela podia ver através de mim, ler a minha alma. Seus lábios abriam e fechavam tentando buscar palavras para conversar sobre aquele momento, mas eu apenas a ignorei fazendo o caminho de retorno até o estacionamento onde estava seu fusca, sendo seguida por ela. 

Seguimos o caminho até minha casa em um silencio cheio de palavras, sentia que ela queria falar, porém tinha receio de como poderia ser a minha reação. Confesso que não sou das mais agradáveis com ela, mas ao ver seu comportamento agora, depois do que aconteceu no banheiro, ela retida e tomando minhas dores, sinto que eu devia a ela pelo menos um agradecimento. Um agradecimento pela noite, que não havia sido de todo ruim. O sorriso bobo nos lábios de Emma quando começou a assistir o filme que escolhera e que eu não questionara, mesmo não gostando. Sua risada em cada parte engraçada do filme, que eu não havia entendido, mas mesmo assim forçava uma gargalhada para não parecer indiferente. E várias vezes dos meus flagras de seus olhares intensos sobre meu corpo, e sobre meu olhar. De como eles me devoravam e de como pareciam saber o que estava se passando por minha cabeça.