Chapter 12

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Estava no meu turno de expediente, hoje não teve muito movimento no café. Era um café com decorações vintage e cores pasteis com direito a sininho na porta.
No momento estava ajudando Kate a fazer alguns cupcakes, não era boa na área por isso fiquei com a parte de colocar os granulados por cima do glacê que ela espalhava, perfeitamente, pelos bolinhos de baunilha, blueberry e gotas de chocolate.
Estava tão ansiosa para sair do trabalho e conversar com o Samuel, contava as horas para meu especialmente terminar, eram 3h35 agora, sairia as 5h00, tinha tempo ainda. Às vezes me pego dando sorrisos bobos ao pensando nele e já aconteceu da Agnes me pegar em um desses momentos...eu estou louca por ele e isso está começando a transparecer.

* * *

Depois de comer um lanche na cantina da escola vou para a sala dos professores para organizar e corrigir algumas coisas, que por sinal estava vazia...então olho para o meu celular, pego o mesmo e mando mensagem para a Sam.

Samuel - 2h08
"Oi...sei que provavelmente você está no trabalho e está ocupada"
Samuel - 2h10
"Mas mesmo assim resolvi enviar essa, ou melhor, essas mensagens..."
Samuel - 2h14
"Sinto sua falta...eu realmente sinto sua falta...que droga.", rio comigo mesmo ao mandar a mensagem.
Samuel- 2h17
"Espero que esteja livre essa noite, quero te levar a um lugar...segredo.", e então volto minha atenção para as coisas em cima da mesa, quero terminar isso o quanto antes.

* * *

Arrumo minhas coisas e saio porta a fora sentindo o vendo cortante do fim de tarde quase noite, arrumo minha bolsa no ombro quando escuto meu celular apitar. Eram mensagens do Sam. Sorrio e o respondo.

Samantha - 5h04
"Acabei de sair, passa lá em casa às 7h00, em ponto. Aff, "segredo". Droga, não vale.", reviro os olhos e bufo ao terminar de escrever.
Samantha - 5h10
"Sinto sua falta também...não se gabe por isso!", dou um leve sorriso e envio por fim, coloco o celular no bolso da calça e vou para casa.

* * *

  Tomo um bom banho, coloco uma calça jeans escura, blusa de manga comprida e tênis. Desço para comer alguma coisa, como faltava 30 minutos para as 7h00, opto por fazer um miojo...a comida mais rápida que tinha no momento.
  Quando termino de comer, lavo o prato e talher, seco minhas mãos e vou para a sala, paro no meio do caminho e me olho no espelho de parece que fica ao lado da porta de entrada. Percebo que meu rímel tinha borrado.

"Droga...", tento tirar...o que não dá muito certo mas no final consigo, dou mais uma ajeitada no cabelo, que como sempre estava liso. Batem na porta. Samuel. Por mais que tenha campainha ele sempre bate na porta, só poderia ser ele. Abro a porta, encostando no batente da mesma, ele me olha com um sorriso tímido. Estranho.

"Porque esse sorriso tímido?", falo com a sobrancelha arqueada.

"Nada.", ri e me abraça, passo os braços em volta de seu pescoço, ele me ergue do chão, o que me faz dar um gritinho e rir.

"Podemos ir?", pergunta me colocando no chão novamente. Apenas balando a cabeça em confirmação, pego minhas coisas e tranco a porta. Se eu dissesse que não estou curiosa para saber onde Sam irá me levar, estarei mentindo complemente. Estou muito curiosa, mas estou me segurando, sei que mesmo se eu perguntar ele não irá me dizer nada a respeito.

"Fique sabendo que eu não gabei nenhum pouco...", fala já dirigindo, ele se refere a minha mensagem de algumas horas atrás.

"Eu sei que não...", falo, tentando ficar séria e ele ri voltando sua atenção à rua. Ligo o rádio e logo escuto as letras de "Strange Things Will Happen", viajo ao som da música enquanto sinto o vendo, que vinha da janela aberta do carro, contra meu rosto. Olho para o Sam, daquele angulo, seu cabelo, já comprido e meio bagunçado, sua mandíbula estava mais definida que o normal, junto à sua barba que estava mais rala, seus braços fortes com algumas veias a mostra, suas mãos grudadas firmemente ao volante e seus olhos fixos a estrada. Quando passávamos por um poste de luz, que iluminava seu rosto...parecia que, de certa forma, ele fica ainda mais bonitos e os pontos principais eram destacados. Eu não conseguia parar de o olhar, não sei quando tempo fiquei naquele vai e vem de olhares para ele, mas poderia ficar por muito mais tempo.

* * *

Um parque era o lugar escolhido, era um parque com toda uma temática antiga, simplesmente lindo, com máquinas de pegar bichinhos de pelúcia, carrossel, roda gigante e algodão doce era o que não faltava.

* * *

Após sair de um brinquedo ri comigo mesma e Sam me acompanhou, estava me sentindo uma criança. Sam passa o braço em volta dos meus ombros e andamos calmamente.

"Aquele algodão-doce está me chamando...", diz olhando para a barraca que vendia o mesmo.

"Hum, ele está irresistivelmente atraente.", ele ri e andamos até lá, Sam pede dois, o moço os entrega e eu pego o azul de sua mão.

"Okay, fico com o rosa então.", diz para mim, sorrio colocando um pedaço na boca, ele entrega o dinheiro para o vendedor e saímos dali. Andamos mais um pouco e nos sentamos em um banco vazio que ficava no píer, o parque era de frente para o uma lago gigantesco e dava em direção a um píer cheio de bancos colorido, cada um de uma cor. Coloco minhas pernas em cima da perna de Sam e termino meu algodão-doce, apreciando a maravilhosa sensação do açúcar derretendo. Hoje o céu estava sem nenhuma nuvem e bem estrelado, apenas observo as diversas estrelas que estavam em cima de nós, a milhares de anos luz de distância.

* * *

Ela olhava para céu enquanto comida os últimos pedaços do algodão-doce, olho para cima e noto o quanto o céu estava estrelado hoje. Não era muito comum o céu ficar daquele jeito, naquela região. Volto minha atenção para ela, me aproximo, com os dedos em seu queixo viro seu rosto e a beijo, sinto a ponta dos seus dedos encostarem na minha bochecha e deslizarem pela mesma, em direção ao maxilar. Quebro o beijo encostando nossas testas.

"Eu te amo tanto...", fala, com os olhos fechados e as mãos apoiadas em meu pescoço.

"Eu te amo muito...muito mesmo Sam.", ela encosta nossos lábios novamente. Era tão bom ouvir que ela me ama, tão bom estar ali com ela, tão bom sentir ela e é tão bom amá-la.

- g a b y -

'Sam&Sam' [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora