Caminho lentamente até a casa de Sam, hoje íamos compras as passagens e ver em qual data finalmente íamos viajar!
Observava o céu azul, sem nuvens alguma, as pessoas passeando com seus cachorros pela calçada, crianças andando de bicicleta, pássaros cantando e eu sentia o ar junto a brisa quente do dia. Em Rogers não fazia muito calor e nem muito frio, normalmente o clima era ameno, mas hoje ele resolveu esquentar um pouco mais. Mais alguns passos e chego ao meu destino, subo os degraus da pequena escada da entrada e bato duas vezes na madeira da porta. Não demora muito e Samuel abre a mesma, lanço um sorriso em cumprimento e adentro o local.''Eu tava terminando de tomar café.'', fala, andando em direção a cozinha comigo logo atrás. Me sento em uma das cadeira, de frente para ele que logo se senta também e bebe um pouco do liquido que preenchia a xícara. ''Tem pão e presunto na geladeira.'', aponta para a mesma.
''Tudo bem, eu comi qualquer coisa lá em casa, to sem fome'', falo, lanço-lhe um leve sorriso e em resposta ele concorda.
''Hm...", termina de engolir um pesado de bolo de laranja. "Vamos agora ou mais tarde comprar as passagens?''
''Acho melhor já irmos agora de manhã, pra não correr o risco das passagens acabarem.'', abro a vasilha que está em cima da mesa e pego um pedaço de bolo e parto ao meio, oferecendo a outra parte para Sam que a pega.
''Vai passar o dia aqui?''
''Vou?'', levanto uma das sobrancelhas com um sorriso de lado.
''Okay, então vai!'',afirma, sorri e bebe mais um pouco de café.
* * *
Sam termina seu café da manhã e sobe para seu quarto para se trocar, vou em direção a geladeira e pego o litro de água, caminho até o armário e pego um copo. Me refresco com a água descendo garganta abaixo, guardo o litro em seu devido lugar. Vou para sala e me sento no sofá a espera de Samuel.
Depois de mais ou menos 13 minutos de espera, logo Sam aparece no cômodo vestindo uma camiseta de flanela e calça jeans.''Samuel e sua demorada na hora de se arrumar.'', falo, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás, quando os abro Sam está me olhando sério, dou risada e ele não se segura.
''Nem demoro tanto como você diz, isso é puro exagero Samantha!", fala vindo em minha direção, segura em minhas mãos e me puxa para cima. Me abraça, aperta de propósito meu corpo conta ele e em resposta dou um tapa, não muito forte, em seu braço e ele ri.
''Para de enrolação Sam, vamos logo!'', falo, tentado me soltar de seus braços, o que não dá certo por ele me segura com mais força conta ele, então ele sorri.
''Não é enrolação, é uma memória.'', fala, me da um beijinho na testa, em seguida me solta e segura minha mão, entrelaçando nossos dedos. Então me rouba um beijo. ''Agora sim!",fala, e sorri. Balanço a cabeça em negação e não evito de sorrir também.
* * *
Optamos por ir a pé até o shopping, já que não ficava muito longe dali. Caminhamos de mãos dadas, às vezes balanço as mesmas para frente e para trás e as vezes Sam acaricia meu dedão. Não conversamos muito durante o caminho, havia momentos em que Samuel comentava algo idiota e riamos disso, outros em que eu abraçava seu braço e continuávamos andando ou comentava algo aleatório com ele.
Houve um momento de silêncio pleno. Os únicos barulhos ali eram dos carros e as pessoas que andavam de um lado para o outro indo para respectivos lugares, algumas acompanhadas então se ouvia conversas também; amigas comentando sobre a festa da noite passada ou o novo aluno do colégio; colegas conversando sobre seus trabalhos e tinha também as mães dando sermão em seus filhos. Mas o silencio predominava, sempre que isso acontecia eu surpreendentemente não me sentia constrangida, muito pelo contrário. Era bom. Era bom simplesmente curtir a presença dele ali. Caminhamos mais alguns metros e chegamos a construção, Rogers era uma cidade do interior, porém tinha habitantes o suficiente para suprir um shopping na cidade. Entramos e vamos até a loja da companhia aérea, pegamos uma escada rolante e um elevador, o lugar era consideravelmente grande e tinha várias lojas, enquanto andamos observo as vitrines com manequins dourados e roupas estilosas e o quão as pessoas eram vidradas na tela de seus celulares. Eu realmente era uma observadora nata das coisas do mundo.* * *
Havia três pessoa ali, pego uma senha e nos sentamos aguardando o número aparecer na tela de leds vermelha. Me ajeito na cadeira e encosto minha cabeça no ombro de Sam, ela estava mexendo em sua unha e batendo freneticamente o pé no chão. Algum tempo depois o número 194 aparece na tela. Levantamos e nos dirigimos a mesa do atendente.
''Bom dia.'', nos cumprimenta, eu e Sam falamos o mesmo para ele, que termina de fazer algo em seu computador.
''Queremos saber se ainda tem passagens para a Islândia?'', falo, enquanto me ajeito na cadeira.
''Bom, vamos ver...'', fala, olhando para a tela do computador. ''Sim sim, ainda temos algumas.''
''Vou querer duas para junho, dia 8, de preferência .''
''Uhum...'', escreve algo. ''Qual será a forma de pagamento? Vou precisar do CPF e RG, por favor.'', pergunta, dessa vez olhando para mim.
''Cartão...dépito.'', entrego ambos os documentos e o cartão, depois de digitar mais algumas coisa ele coloca o cartão numa maquininha e pede para digitar a senha, assim faço e logo a impressora começa a fazer alguns barulhos e imprimir os papéis. Me entrega os documentos e um papel junto.
''No dia você irá retirar as passagens no balcão de check-in do aeroporto, só precisa entregar esse papel com as informações de vocês.'', fala, e nos lança um sorriso, depois de tudo certo agradecemos ao rapaz e saímos de lá. Sam me olha com um grande sorriso e abraça meu braço enquanto caminhamos para fora do shopping.
''Islândia, ai vamos nós!'', falo, dou risada e Sam também. Eu estava muito animado, queria que um mês passasse voando para chegar o grande dia o mais rápido possível!
-g a b y-
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'Sam&Sam' [hiatus]
RomanceEle tem mais 365 dias de vida. Ela tem a vida toda pela frente, mas não sabia o que fazer. Ele queria fazer o máximo de coisas possíveis, viver intensamente e acima de tudo, ser feliz. Ela teve toda a sua felicidade arrancada de si, quando seus pais...