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Entre 1890 e 1895 surgiu um termo originariamente conhecido como "tranche de vie", criado pelo dramaturgo francês Jean Jullien, mas atualmente é mais conhecido por slice of life ou fatia da vida. Utilizado primeiramente no teatro e cinema a expressão refere-se a uma representação teatral naturalista da vida real; cotidiano.

CHAT DE KINGDOM OF WARRIORS AND WIZARDS. 3 semanas atrás.

Day_CavaleirodeMerlin: "Esse jogo deveria remeter a um dos significados de fatia de vida."

Sir-Kris1: "Qual o propósito do realismo mundano de experiências cotidianas em arte e entretenimento tem a ver com esse jogo, Day?"

Sir_NAtwell: "Exatamente tudo. Fatia de vida representa a literatura, o cinema, teatro e está até presente na cultura japonesa. Por que não acrescentar mais um à categoria? KWW seria como um RPG da arte."

Day_CavaleirodeMerlin: "Como assim? Agora quem não entendeu nada fui eu, cara."

Sir_NAtwell: "Faria parte da vida das pessoas como quando vão ao teatro ou assistem a um filme. Elas encarnariam um dos milhares de personagens do jogo, mas isso ainda seria considerado arte, assim como o teatro. Ele é uma arte."

Sir-Kris1: "Mas RPG não é uma arte."

Sir_NAtwell: "Não, mas KWW seria considerado uma se pertencesse ao slice of life. Representaria o nosso cotidiano e também o de outros caras como nós."

KWW é um jogo desenvolvido pela companhia de jogos CourtBitts em meados de 2012 e 2014, mas que está constantemente sendo otimizado, mesmo que já tenha alguns meses que atualizações não são feitas. A empresa publicou recentemente em seu site oficial que em 2017 será lançado Kingdom of Warriors and Wizards 2 com mais fases, personagens e desafios ainda mais nobres que o primeiro. KWW faz parte da vida de Day, Kris e eu por tanto tempo que se tornou uma grande fatia dela.

Vendo a chuva cair enquanto minha mãe me dava uma carona até a escola, senti como se as palavras de Isaac Newton - físico ao qual meu nome foi inspirado - me atingissem fortemente. Newton dizia: "o que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano". Esta frase me fazia refletir constantemente em qual seria o meu oceano, se seria profundo demais... Bom, não sei responder a isso, afinal, ele também disse: "construímos muros demais e pontes de menos".
Eu era uma pessoa cheia de muros, e aparentemente, nenhuma ponte. Certo inverno, quando meus pais não me deram o livro que pedi no natal por já ter se esgotado, afundei-me na solidão do meu quarto por dois dias. Foi idiotice ter agido de tal forma? Claro que foi. Eu já deveria saber que o mundo não conspira a favor de crianças e seus desejos natalinos, apenas gira em torno de políticos, magnatas, cientistas e invencionices capitalistas.
- Quer que eu busque você mais tarde? - Perguntou minha mãe, tirando-me do meu devaneio cotidiano. Ela estacionou o carro para que eu saísse.

- Não, o Day vai me dar uma carona - disse ao me despedir dela com um beijo no rosto. - Hoje é dia do senhor Griffen emprestar o carro a ele. Obrigado de qualquer forma, mãe.

- Nos vemos às 18h00min, querido - ela religou o carro. - Te amo, filho.

- Também amo você, mãe. Cuide-se.
Ela então sorriu uma última vez e se foi; acelerando seu SUV preto.

A escola estava eufórica, pessoas conversavam alegremente no corredor principal. Algumas estavam apoiadas nos armários, outros já caracterizados com as cores do time da escola (vermelho e branco). Teria um jogo de hóquei "crítico" contra os principais rivais da Jefferson Kinley, os pumas da Barckley. Só teríamos dois tempos de aula e apesar de adorar biologia, especialmente genética, nosso professor substituto, o senhor Thomas não possuía uma boa didática. Ele estava substituindo a senhora Tereza que ficara grávida e ainda estava de licença maternidade.

E agora, Sunshine?Onde histórias criam vida. Descubra agora