Capítulo 4 (parte 1)

132 3 1
                                    

Acordo com alguém batendo na porta. Então lembro que estou na casa da Kate. Me levanto e vou ver quem é.
- Quem é você? - o cara que estava batendo na porta perguntou.

- Alek Castle. E você?

- Abraham Seinfeld. Namorado da Kate. - Isso me pegou de surpresa. Deixo espaço para ele entrar e começo a me vestir. - Por que está aqui?

- Ontem aconteceu uma coisa no departamento e eu fiquei com medo de deixar a Kate sozinha.

- Ela está bem? - perguntou preocupado.

- Sim.

- Abraham? - escuto a voz da Beckett no corredor.

- Oi amor. - Ele dá um selinho nela. Ela então me olha, dou um sorriso fraco.

- Está na minha hora. Adorei conhecê-lo, Abraham. Beckett.

- Tchau, Alek.

   Saio de lá e vou para casa. Chegando lá tomo um banho e troco de roupa. Assim que volto para a sala minha mãe está lá.
- Bom dia, mãe. - dou um abraço nela.

- Bom dia. Como foi lá na Kate? - Ela dá um sorriso malicioso.

- Não rolou nada. E ela tem namorado.

- Isso eu não sabia.

- Descobri hoje de manhã.

- Como você está com isso?

- Normal. - ela sabe que estou mentindo mas não questiona, o que agradeço.

   Passei o dia em casa e longe do celular, só falei com a Alex. Fiquei escrevendo e escutando música. A Kate me mandou algumas mensagens e me ligou porém não disse nada. Minha mãe saiu para fazer um teste para uma peça. E eu fiquei sozinho.

   No dia seguinte o Bruce me ligou falando que tinha um caso. Comprei dois Double Expresso, para mim e para Beckett e fui para o local do assassinato.
- Oi pessoal. - digo.

- Você sumiu ontem. - falou Chris.

- Tirei o dia para escrever. Aqui toma.- dou o café para a Kate.

- Obrigada. - sorri pra mim.

- O que aconteceu? - pergunto vendo a vítima.

- Esse foi atropelado. A testemunha disse que o carro correu atrás desse cara, e quando o atropelou deu ré e saiu. O carro era um Camaro branco, não temos a placa ainda. - falou Bruce. - Seu nome é Lincoln Garcia, tem 36 anos. Tem um cartão de hotel na sua carteira. Hotel Palace. - continuou.

- Esse cara deve ser rico ou conhece alguém do hotel. Esse hotel é só para gente muito rica. - digo.

- Ok. Vão para lá, e procure saber mais sobre ele. - disse Beckett.

- Eu e você precisamos conversar. - disse ela quando os garotos saíram.

- Precisamos?

- Sim. Desde ontem você quase nem fala comigo.

- Eu já expliquei que eu estava escrevendo.

- Você está assim por causa do Abraham? - suspiro.

- Por que não me contou? Achei que confiasse a mim. - ando para o carro.

- Eu confio em você, mas isso é recente.

- Vocês estão juntos a um mês.

- Como você sabe? - ergo a sobrancelha.

- Você acabou de dizer. Estou indo para o departamento. - encerro a conversa e vou para o departamento no meu carro.

   Encontro o Abraham na entrada do departamento, só aceno com a cabeça pra ele e subo. Depois de um tempo ele e a Beckett entram.
- Oi. - disse ele.

- E aí.

- Você é detetive também? - Ele puxou assunto.

- Não. Sou escritor e você? - a Beckett está olhando pra gente.

- Médico. - diz ele com um sorriso convencido.

- Qual área?

- Pediatria de emergência.

- Sou cirurgião de trauma. - Ele me olha surpreso junto com a Beckett.

- Você não é escritor?

- Sou. Mas eu fiz faculdade de medicina e advocacia.

- Nossa. Como conseguiu?

- Sou muito inteligente. Me formei na escola com 15. O resto foi fácil.

- Por que decidiu exercer a escrita?

- Aconteceram coisas que mudaram minhas decisões. - olho para a Kate. - Como se conheceram?

- Nos esbarramos quando ela saiu do Starbucks. E depois nos encontramos num bar por coincidência, então começamos a nos conhecer. - Não gosto dele.

- Gente. - O Bruce e Chris interrompem a conversa.

  A Kate apresentou eles, depois ele teve que ir embora. Entramos na sala de visitas e começamos a falar sobre o caso.
- Castle, alguma teoria? - perguntou Beckett.

- Talvez ele tenha se metido em algo errado e quando percebeu isso era tarde de mais. Mas eu prefiro achar que ele é um agente do FBI.

- E você acertou. - ouço a voz da minha ex namorada.

- Felicity. - ela estava noiva do meu melhor amigo. E a gente terminou mas a amizade ficou.

- Alek. - me levanto e abraço ela.

- Como você sabe sobre a nossa vítima? - perguntou Beckett.

- Ele era um conhecido meu, estava trabalhando disfarçado. - Se sentou do meu lado.

- Em que ele trabalhava? - Chris.

- No caso Smoak, acho que vocês já ouviram falar.

- O que aconteceu para esse caso retornar? - me levando e começo a andar de um lado pro outro.

- Várias pessoas estão perdendo suas filhas por causa do Smoak, então tínhamos que voltar.

- Eu tenho que voltar. - digo.

- Nos expliquem o que está acontecendo. - disse Beckett.

- O caso Smoak é sobre tráfico de crianças entre 8 à 10 anos. O antigo agente Castle achou que tinha acabado mas não, eles voltaram tem cerca de 1 ano.

- Você era do FBI?

- Sim, mas eu só entrei para investigar sobre a morte da Sarah, mas então eu vi esse caso e quis ajudar, fiquei 2 anos infiltrado até pegar todos eles. Mas parece que esqueci alguém.

- O filho.

- Merda.

- Ele irá vim atrás de você.

- Eu espero que ele venha.

   Converso com a Beckett, conto sobre minha vida inteira para não ter secretos entre nós, a Felicity foi embora logo depois.
- Temos que descobrir quem matou o agente Brown. Investiguem. - Beckett fala. Saio da sala.

   Estou no carro à caminho da minha antiga casa, eu a usava quando estava no FBI. Lá tem as minhas armas e meu carro blindado.

   Escuto uma buzina ao meu lado, quando olho sinto um carro me acertando, então tudo começa a girar. Ouço vozes, pessoas dizendo para chamarem a ambulância, então vejo a Beckett perto do carro.
- Kate. - sussurro. Então tudo apaga.

CastleOnde histórias criam vida. Descubra agora