Capítulo 50 - When I Saw You

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Olá :)

Bem vindos ao "capítulo final" de Blind Love!

Nos vemos nas notas finais ;) Por favor, não deixem de ler, ok? Boa leitura!

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"Nunca deixe de acreditar em algo só porque as 'circunstâncias' o fazem pensar negativamente. Há um velho sentimento chamado esperança, nunca esqueça dele e nunca o abandone." - Luna (S.T.)

Decisões.

Somos regrados por elas, por assim dizer. As decisões, elas... Fazem de nós quem somos, elas são responsáveis pelas nossas principais características. Se você decide ser mau, não espere que as pessoas o vejam diferente, da mesma maneira de que se você decide ser uma boa pessoa os demais verão você assim.

O problema das decisões é que nem sempre elas são fáceis de tomar. Okay, elas nunca são fáceis de tomar. Mas quando elas envolvem sentimentos a situação simplesmente piora mil vezes mais, porque sentimentos implicam em não apenas uma pessoa envolvida. Resumindo, as decisões são umas filhas de uma puta em nossas vidas na maior parte das vezes.

Por exemplo, se você decide odiar o ser que passou metade de sua vida atazanando cada segundo dela. Mas na verdade você não o odeia, não de verdade. Isso não impede você de passar para o seu cérebro que deve admitir até o último segundo que o odeia, quando na verdade seus sentimentos são bem mais intensos que isso. Admitir a verdade dói como um inferno, isso todo mundo sabe. Mas há... Situações das quais admitir a verdade e falar sobre seus reais sentimentos, é complicado e simples ao mesmo tempo.

Às vezes, seu coração tem medo de ser machucado.

Mas era bom se arriscar de vez em quando.

O clima na sala estava pesado, Emily não conseguia parar de encarar aqueles olhos azuis à sua frente que carregavam tantas memórias, tantos sentimentos compartilhados ao decorrer dos anos. Ela sabia que deveria responder Derek, sabia que deveria falar alguma coisa -qualquer coisa - para que aquilo acabasse de uma vez por todas. O ponto é que seu cérebro falava uma coisa e seu coração outra, e isso apenas fodia ainda mais com sua cabeça.

Por fim, a jovem loira desviou finalmente o olhar do rapaz e mordeu o lábio, sua mão brincando distraidamente com um fiapo solto de sua roupa. Ela suspirou.

─ Podemos... Conversar sem plateia? - perguntou timidamente, suas bochechas estavam curiosamente coradas e Derek franziu ao notar aquilo. Emily nunca ficava com vergonha, em situação alguma. Ela era o tipo de garota opiniosa e geniosa, sempre tinha uma resposta para tudo e não se deixava abalar por nada.

Exceto agora, onde Emily parecia uma garota frágil e refém de seus próprios sentimentos.

O Vives-Iglesias olhou na direção da porta onde seus amigos ainda se encontravam, Joshua parecia relutante em deixar a irmã gêmea ali sem apoio, mas Hannah entendeu de imediato o que tinha de fazer e puxou o namorado na direção do andar de cima. Derek pensou ter visto um movimento estranho na escada, mas achou ser apenas um reflexo.

Já sozinhos, Emily continuava a fitar o chão evitando olhar para Derek, que esperava pacientemente por uma resposta sobre sua pergunta anterior. Então, a Cabello-Jauregui, em sua conhecida atitude de marrenta, bufou e quebrou o momento, se dirigindo até a cozinha da casa. Derek, por mais que estivesse ansioso, não pode deixar de se sentir aliviado pela primeira vez ali. Aquela sim era a Emily que ele conhecia.

O rapaz esperou pacientemente enquanto ela se servia de um copo com água, e quando Emily recostou-se no balcão da cozinha ele a seguiu parando ao seu lado. E, para a surpresa dele, a loira deixou a cabeça descansar em seu ombro.

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