Capítulo 14 - Mia

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Na hora que eu disse mãe, ele desviou o olhar do meu e eu percebi que o sorriso lindo que estampava seu rosto não estava mais lá, como eu sou burra, Alice uma fez me disse que a mãe dele morreu quando ele nasceu.

- Me desculpa - disse tocando à  sua mão.

Ele me olhou e o sorriso voltou a brilhar em seu rosto.

- Não tem importância - disse segurando minha mão - seu toque me causava arrepios pelo corpo todo.

- Afinal, obrigada por ter me ajudado com aquele idiota - disse rezando pra ele não fazer perguntas.

- Não tem de que - seus olhos denunciavam sua curiosidade - namorado?

- Ex - respondi rápido.

- Que bom - pensou alto, pois quando percebeu o que disse ficou totalmente sem jeito e eu mais ainda minhas bochechas brilhavam de tão vermelhas.

- É... Então acho que tá na hora de você ir antes que minha mãe roa as mãos de tanta curiosidade - disse em tom de brincadeira e sorri.

- Tá certo - sem soltar à minha mão, levantou da cama, minhas mãos tremiam com sua aproximação - até amanhã Mikaela - deu um beijo em minha bochecha, me deu às costas e saiu me deixando paralisada que nem uma tonta.

Sério na bochecha?  Bem feito Mikaela ninguém mandou jogar fora a oportunidade que teve, e talvez ele nem queira me beijar.

Minha mãe não veio perguntar mais nada, eu amo esse jeito dela, não se entro mete tanto na minha vida, acho que é porque ela confia em mim e sabe que eu sou bem centrada.

Já tinha se passado uns vinte minutos que Adam havia ido embora e Alice escancarou a porta do meu quarto.

- Me conta tudo - disse curiosa - eu não acredito que ele te salvou de novo - fez cara de apaixonada - seu herói - e caiu na gargalhada.

Olhei pra ela que tentava se recompor da baboseira que havia falado.

- Pelo jeito você já sabe de tudo Ali - disse rindo - você acredita que ele teve coragem de levar um buque de rosas vermelhas, ele sabe que são minha favoritas - fiz cara de triste.

- E como eu bem te conheço você disse que odiava flores - tive que ri, ela me conhecia mesmo.

- Mais é claro - disse me gabando.

O celular da Ali começou tocar e eu imaginei que fosse o Guga, eles ficaram conversando por um tempo até que eu ouvi ela usar meu nome e festa na mesma frase, lá vem enrascada.

- Amiga - sentou ao meu lado e começou a passar as mãos pelo meu cabelo, se tem uma coisa que eu amo é que me façam cafuné, e essa cachorra sabe disso.

- nem vem com falsidade - disse rindo, fazendo cara de brava - já até sei o que vai me pedir.

Ela me olhou com carinha de pidona e abriu o maior sorriso.

- Então a resposta é sim ? - disse me encarando.

- Não, a resposta é não - disse séria - Ali você sabe que eu não curto esse tipo de festa e temos que aproveitar o tempo livre pra estudar dobrado porque não vai ser fácil.

Ela me olhou com um bico enorme.

- Poxa Mia, temos que aproveitar enquanto ainda somos chamadas pras festas - disse em burrada.

- Eu não fui chamada pra festa nenhum Alice - disse me esparramando na cama - você e o Guga sim.

Ela me olhou furiosa e levantou da cama num pulo.

- Sua mal agradecida, eu tô te chamando agora e outra as festas do Nick vai geral não precisa de convite - me olhou fazendo draminha. - Poxa amiga, quantas vezes  eu deixei de sair pra estudar com você e você não colabora.

Arregalei os olhos e cai na gargalhada.

- Nenhuma vez Ali - continuei rindo - nenhuma vez você deixou de sair pra estudar comigo - eu me acabava de rir com a Ali.

- Que seja - ele começou abrir também - vamos ? - ela parecia uma criança pidona e eu sei que ela não vai para de me encher enquanto eu não for nessa bendita festa, droga!

- Tá bom, eu vou, mais com uma condição - disse levantando o dedo indicador e Ali arregalou os olhos atenta - Você não pode me deixar sozinha, como sempre faz, se não eu nunca mais saio com você.

Pareço uma criança com medo de ficar sozinha falando isso, mais é que a Ali me arrasta pra essas festas, dessas pessoas que eu nem conheço e na primeira oportunidade me deixa sozinha moscando que nem uma sonsa.

- Nem se eu for cagar vou te deixar sozinha amiga - e começou à rir.

- Sua porca - comecei a rir também.

Parece Amor ( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora