Cap VIII: Ombro amigo

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Assim que Linda reconhece aquela voz familiar não demorou em a reconhecer como pertencente a Juh, namorada de seu melhor amigo, é verdade que não a conheçia a muito tempo porem não tinha como confundir aquela voz. Sabendo se tratar de uma pessoa conhecida se apreçou em abrir a porta deixando que ela entrasse, ainda permaneceu á porta esperando que André entrasse, mas ele não entrou, o que fez com que Linda estranhasse, chegou ao ponto de colocar a cabeça para fora para ver se ele não estaria estacionando o carro mas ele simplesmente não estava lá.

-O Dré não veio com você? - Pergunta um pouco confusa, uma vez  que Juh não tinha ido acompanhando André, tendo em conta que não era amigas intimas nem nada Linda se perguntava mentalmente: ”O que ela faz em minha casa tão tarde da noite?” - Que veio fazer aqui a estas horas? – Questionou novamente sem obter resposta alguma, o que de certa forma a encomoda porque queria uma resposta, no entanto lá estava ela a sua frente, parada, a observando com seus olhos brilhavam, a observando de uma forma intensa, emquanto sustentava em seus lábios um meio sorriso, o que fez com que Linda se prendesse naquele sorriso.

-Tua avó! Como ela esta? Eu só fiquei sabendo do que se passou hoje pelo Dré quando ele veio me trazer em casa à pouco, por isso que eu vim aqui tão tarde. – Finalmente Juh respondeu as questões levantada por Linda, a tirando de seu transe.

-Ela esta bem melhor, tomando os remédios assim com o medico mandou e seguindo a risca  a dieta prescrita por ele. – Respondeu desviando o olhar dos labios de Juh para olhar em seus olhos, o que não foi de todo uma boa ideia, uma vez que Linda não sabia bem como se comportar perante aqueles olhos penetrantes que a observavam.

-Que bom saber disso, deve ter sido difícil esses dias pra você… -  Juh flava amigavelmente mas parou de falar assim que viu que Linda havia começado a chorar.

 Juh já havia passado por muitas coisas na vida, se sentia uma mulher preparada para toda e qualquer situação, porem nada do que já viveu a havia preparado para isso, ver alguém chorando de uma forma tão sofrida com Linda estava chorando, sem saber o que fazer Juh começou a se desculpar com Linda, dizendo que não foi sua intenção a fazer chorar, pedindo desculpa caso tivesse feito ou dito algo que a ofendesse de algum modo.

-M-Me da u-um a-bra-ço? – Linda pede entre os soluços do seu choro, naquele momento tudo que ela mais  precisava era de um amparo.

Linda tinha feito de tudo para se manter forte mas a verdade era que essa semana tinha sido muito difícil para ela, na maior parte do tempo não sabia se o que estava fazendo era o suficiente ou não. Não conseguia evitar o pensamento de estar de algum modo falhando, e isso estava a corroendo por dentro. Não sabia porque mas naquele momento ela não queria nem conseguia continuar se fazendo de forte, ela apenas queria um ombro amigo onde pudesse chorar e tirar do seu peito toda aquela angustia que estava a sufocando por dentro. 

Juh vendo o estado em que linda estava não pode evitar o pensamento de que estava no lugar ceto e na hora certa, o que fez com que se alegrasse mentalmente. Assim que Linda lhe pediu que lhe desse um abraço ela rapidamente a envolveu com seus braços longos e finos, deixando que Linda chorasse em seu ombro enquanto ela passava a mão em meus cabelos num carinho leve e reconfortante.

 Juh não lhe fez nenhuma pergunta ou disse seja lá o que fosse, em parte porque imaginava como Linda poderia estar se sentindo mas no momento o que mais a surpreendia era suas próprias ações. É verdade que seu plano estava indo como esperado, contudo algo dentro dela estava reagindo de modo diferente, de repente estar ali com Linda deixou de ser apenas mais uma mição. Não entendendo plenamente a natureza daquele sentimento que aflorava dentro de si apenas abraçou Linda com mais força, em uma tentativa falha de espantar toda aquela confuzão que a dominava. 

Depois de instantes chorando, o que para Linda mais pareceu ser um oceano inteiro, ela  começou a se acalmar enquanto ouvia o som da respiração calma de Juh, se deixando enibriar com o cheiro do seu perfume. Assim que parou de chorar e estava mais calma começou a se afastar do seu abrço, se sentia constrangida por ter deixado que Juh a visse daquele jeito, em um momento como aquele, porém Juh, que não queria que ela se afastasse, apenas a  apertou ainda mais em seu abraço, o que fez com que Linda sentisse uma sensação de segurança, para ela era como se Juh a estivesse dizendo que ela podia sempre contar consigo mesmo não usando palavras.

Nas Teias Da Inocência (Romance Lésbico) [CONCLUÍDO] [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora