Sincero Amor

Capítulo 6

Eu o olhei e ele sem aviso nenhum colocou um braço em volta de mim, me prendendo ainda mais em seu corpo, e nessa hora achei que meu coração fosse sair por minha boca. Depois ele deslizou sua mão suavemente por minha face alcançando o pescoço e repousando debaixo do meu longo e negro cabelo e inclinou-se até o seu lábio encontrar o meu.

Debaixo daquela árvore, a lua cheia que refletia bela sua luz no imenso lago a nossa frente deixava o lugar com um belo clima de romance e nossas emoções falaram mais alto. Ali entreguei meu coração a ele que também entregou o seu a mim.
-Me apaixonei assim que te vi. Você estava linda parada naquela escada ao lado do senhor Tody e lady Dienypher. Pensei que você fosse lady Dienypher e fico feliz por estar enganado. A maioria das nobres são arrogantes e fúteis, mas você não é assim. É um pouco mimada, mas é humilde, trabalhadora e foi isso que me atraiu em você.

Eu olhei para ele e senti vergonha de mim, por estar mentindo para ele. Pensei em contar para ele quem eu sou de verdade, mas não consegui e abaixei meu rosto. E ele colocou a mão no meu deixo e o levantou.
-O que foi? -Ele perguntou.
-Nada. -Hesitei.

Ele olhou para mim e novamente encostou seu lábio no meu.
-Você conseguiu acender a chama que há muito estava apagado dentro de mim.

Eu olhei dentro dos seus olhos.
-Eu te devo a minha vida.
-E eu te entrego a minha.

Suas mãos deslizaram até a minha cintura procurando o laço do vestido, que ele desamarrou com todo cuidado. As minhas mãos procuravam segurar firme sua camisa e puxá-la até sair de seu corpo. Ele passou as mãos no meu pescoço chegando aos ombros, que ele despia, deixando o vestido escorregar até o chão. Eu desabotoei sua calça e ambos ficamos só com nossas roupas intimas. Ele ajeitou o cobertor que usava antes de nos encontrar e me deitou. Pós então seu corpo sobre o meu e pude sentir as batidas violentas de seu coração. Sua barba ainda por fazer passava do meu rosto para o pescoço, sua boca beijava minha boca descendo até os ombros passando para os seios e barriga, me arrancando alguns suspiros de desejo.

Aquela noite era mágica e ali debaixo daquela árvore, ele me fez sentir sensações que nunca havia sentido antes. Mas o inconveniente sol apareceu tímido com seus raios de luz anunciando a manhã que chegava bela, dando um fim aquela magia vivida por ambos. Debaixo de uma coberta e em seus braços, me senti uma nova mulher e nada mais importaria para mim estando perto dele. Em seus braços, me senti segura, longe do perigo. Ele passou a mão em meu rosto e nós olhamos por um tempo, depois ele me beijou. Então me dei conta de que Tody poderia estar voltando e que logo todos se dariam conta de que eu não estava no castelo.
-Tenho que ir. -Eu disse já me levantando.
-Não vá. Fique mais um pouco aqui comigo. -Ele pediu me segurando e me puxando de volta para os seus braços.
-Tenho que ir.

Ele olhou para mim e me beijou. Tive que ser forte para resistir à tentação de ficar ali com ele.
-O Tody chega hoje. Não posso ficar aqui, e de qualquer jeito, logo todos vão dar pela minha falta.

Eu me levantei e desta vez ele não tentou me impedir, mas se levantou também.
-Se o Tody chega hoje, vou voltar com você.

Ele começou a arrumar suas coisas e eu o ajudei. Enquanto guardávamos as coisas na sacola, uma foto caiu.
-Quem são? -Perguntei.

Eu entreguei a foto para ele.
-Minha família. Esses são os meus pais...

Ele mostrou um casal no canto direito da foto.
-Esses aqui são o meu irmão e eu.

Ele mostrou os dois jovens no meio da foto.
-E quem são esses dois aqui?

Pergunte, mostrando os dois homens no canto esquerdo da foto.
-Esse grandão aqui, é o meu tio Daner e o outro é o Nathan, meu primo e único filho dele.
-Você tem uma família grande.
-É, mas gostaria que fosse mais unida.