Capítulo 5.

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A polícia e os bombeiros cercavam a casa de Rafael , assim como a multidão de curiosos.

Por conta da quantidade de pessoas , a empresa do local logo veio ver o que tinha acontecido com uma das famílias mais ricas daquela pequena cidade.

Logo , os bombeiros sairam carregando dois corpos em macas.

A polícia afastou a emprensa e a multidão.

- Senhor , por favor , pode pelo menos nos contar o que aconteceu ? - Disse um repórter do jornal local.

- Não podemos falar nada , não por enquanto ! - Respondeu o policial ainda afastando as pessoas.

- O herdeiro deles também está morto ?

- Desaparecido ! - Respondeu o policial.

(...)

- Bom dia pra você também Thiago ! - Disse Alan levantando nervoso.

- Eu não teria te acordado desse jeito se não fosse importante ! - Gritou Thiago saindo do quarto de Alan com pressa.

Alan nem se preocupou e saiu do quarto só de cueca , indo átras de Thiago.

Chegou na sala de estar e viu Felipe , Matheus e Maethe ao lado de Thiago.

- Eita merda , ta todo mundo aqui ? Por que não me falou ? - Disse Alan se referindo á cueca.

- Isso não importa ! O que importa é que os pais do Rafael foram assassinados essa noite e o Rafael está desaparecido ! - Disse Maethe desesperada. Era possível notar o desespero de cada um deles.

- A gente precisa achar o Rafa , ele pode ter sido sequestrado ! - Disse Felipe soltando algumas lágrimas.

- Como assim assassinados ? Você não dormiu na casa dele na noite passada ? - Perguntou Alan para Felipe.

- A gente conversou um pouco e depois ele me mandou embora ! - Disse Felipe.

- "Conversou" significa transou! - Disse Matheus e Felipe deu um tapa no ombro do garoto.

- É o seguinte , vou ser direto , não acham que o Rafael matou os pais e fugiu ? - Perguntou Alan.

- TA LOUCO ALAN ?! Ele nunca faria isso... - Disse Felipe ainda chorando.

- Foi só uma hipótese. - Alan diz abraçando Maethe que também chorava.

- O que vocês acham de a gente ir investigar? Ai meu deus eu sempre quis fazer isso. - Disse Thiago animado esperando os amigos respoderem. Os garotos se entre olharam duvidosos, poderia ser um boa ideia. - A gente pode descobrir coisas que a polícia nem se quer vai encontrar, pense nisso.

- Pode ser uma boa ideia. - Diz Alan.

- Obrigado por não me deixar sozinho nessa.

- Eu topo. - Falaram em uníssono.

- Hoje a noite na mansão Lange ok?

- Okay. - Responderam em uníssono.

(...)

Medo. Era isso que Rafael sentia, medo. Ele estava morrendo de medo mas não queria deixar isso tão aparente, ele precisa descobrir o que aconteceu com Rafael e ele não ia desistir por medo.

Dando a ultima checada na roupa, percebendo que não era chamativa, perfeita para uma investigação. Ficou curioso com uma figura que apareceu atrás de si no espelho. Ele olhou para trás porém não viu nada, ao voltar a olhar no espelho viu Rafael. Suas mãos cobertas de sangue e sua boca também, apenas com uma bermuda velha escura e os olhos totalmente negros.

- Mas o que? - Felipe sussurrou e olhou para trás mas não viu ninguém. Olhou para Rafael, sou lábios formavam um sorriso demoníaco e sangrento.

- Shh! - Colocou um dos dedos na boca e apontou para trás. Felipe gelou, devagar girou seus olhos para trás e não vendo nada, olhou para o espelho de novo e Rafael não estava mais lá porém havia uma marca de mão por dentro do espelho, estava suja de sangue e Felipe não sabia como isso era possível.

Ele achou melhor contar para os seus amigos, aquilo estava começando a apavorar Felipe, ele viu Rafael por dentro do espelho, isso é possível? Nem em mil anos isso algum dia seria possível.

Se juntou aos seus amigos, já em frente a mansão, todos estavam com um pouco de medo dava para notar no olhar de cada um. Quando Felipe resolveu falar o ocorrido Thiago o interrompe.

- Certo, vamos logo antes que todo mundo mude de ideia. - Assim todos adentraram a casa.

Havia sangue em cada canto da casa, as paredes já nem apareciam mais a cor real, apenas o vermelho escuro do sangue seco nas paredes.

- Isso tá bizarro. - Comentou Alan.

Os garotos andaram até o centro de tudo, o quarto do casal. O local onde havia uma mancha de sangue era o local onde a mãe de Rafael se banhou com seu próprio sangue.

Os garotos procuraram até que Maethe achou algo.

- Eu achei esse livro com esse símbolo sinistro na frente.

- Deve prestar para alguma coisa, guarde na mochila. - Disse Thiago.

Um barulho soou no andar de baixo.

- Vo-vocês ouviram isso?

- Devem ser os políciais, eu não sabiam que eles viriam investigar de madrugada. Vamos, nós temos que ir. - Disse Thiago apressado.

Todos desceram correndo, chegando no andar de baixo se deparam com uma figura familiar. Felipe sorriu.

- Ra-Rafael? - Perguntou Felipe.

- Olá sweet.

Covenant - CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora