Levantei cedo por conta da insônia, acabei que passei o resto da madrugada revivendo várias e várias vezes a sensação de tocar a pele de Rebeca, para onde aquela conversa havia ido, os olhares que havia ocorrido durante ela, e por alguns minutos me peguei varias vezes pensando em cada pedaço de seu corpo e em cada feição de seu rosto.
Por mais que não devesse, enquanto pensava nela e no tom de sua voz e suas mãos tão geladas, mas tão firmes no meu braço faziam com que a vontade de provar seus lábios tão vermelhos reaparecesse e eu me condenava por isso.
Quando o sol finalmente nasceu achei que seria a desculpa perfeita para me levantar e começar o dia. Tomei uma ducha e troquei de roupa colocando apenas uma bermuda, descendo as escadas e entrando na cozinha vendo que ninguém mais havia acordado além de mim.
Decidi que como era muito cedo aproveitaria das minhas maravilhosas habilidades de ser um cozinheiro incrível e decidi fazer um café completo, fiz de panquecas a bacon e certos doces que só a minha mãe sabia fazer.
Era completamente viadagem um cara como eu saber cozinhar e cozinhar bem e até mesmo doces, mas o que eu podia fazer? Minha única figura masculina era meu avô e quando minha mãe ainda está viva, mas perto da morte passávamos os dias assistindo seriados bobos e cozinhando todo tipo de porcaria que viesse a cabeça, o que resultou e inúmeras misturas e sabores terríveis e uns que faziam chegar ao delírio.
Passando tanto tempo em casa cuidando da minha mãe doente e da minha irmã não me deu muito tempo para lembrar de fazer coisas como ir a escola ou fazer amizades no começo minha mãe havia insistido tanto que eu fiquei indo às aulas por sua causa, mas minhas mente não estava lá e com o tem nem meu corpo as faltas foram tantas que deixaram com que eu faltasse.
Depois que minha mãe morreu eu só tive duas opções ou repetia de ano ou fazia as provas finais sem ter assistido nenhuma das aulas, e é claro que escolhi a segunda opção. Claro que as aulas não foram um problema, algumas das palavras que ouvi e coisas que vi escritas no quadro me faziam desenrolar todo o resto, a memória fotográfica sempre ajudava muito nesse quesito.
Depois de cozinhar comi o que havia feito e deixei mais comida para a Alice e para meu pai, por mais que eu não quisesse sabia que ele comeria. Não havia feito comida suficiente para os dois, mas sabia que Alice e seu coração enorme com certeza ia dar a ele.
Peguei meus óculos de sol, meu celular e fones e sai de casa indo em direção a praia que era em frente à casa, precisava fazer exercícios físicos, eu não faço desde a morte da minha mãe, quer dizer, não faço muitas coisas desde a morte dela e não praticar esportes era uma delas, mas já que o objetivo de vir para cá além de ficar com esse idiota era recomeçar, então recomeçaria minhas atividades físicas.
O clima do Rio de Janeiro era muito mais quente do que da minha cidade, agradeci por não ser tão branco e ter colocado óculos de sol, Rebeca com certeza virava torradinha naquele sol com aquela pele tão branquinha.
Mas ela ficaria gostosa até queimada.
Sorri malicioso com o pensamento dela num biquíni mostrando aquele seu corpo perfeito com suas curvas impecáveis, se eu pudesse passaria a língua em toda a sua cintura subindo até seus seios enormes.
-Olá.
Uma garota alta, de cabelos pretos que batiam um pouco abaixo do ombro, bronzeada e com o corpo totalmente amostra com o biquini pequeno e estampado que não tapava nem um pouco de seu coro, ela estava sentada de frente para mim em uma espreguiçadeira com um coco na mão.
Havia outra garota, na mesma posição que ela de longos cabelos loiros e a pele também bronzeada, mas aquela não falou nada apenas sorriu de lado e depois abaixou a cabeça um pouco constrangida. O modo como ela corou quando a olhei de um modo um pouco mais logo me fez lembrar de Alice que quando não tentava parecer e agir como alguém mais velha do que era, corava daquela mesma forma.
-É novo na vizinhança?-ela perguntou.
Coloquei as mãos no bolso e dei um sorriso torto no rosto, todas as dúvidas de que meu físico não estava bom foram embora.
-Não, mas como a senhorita pode saber? Essa é uma praia, vem muita gente diferente aqui.
Aquela cantada era muito ruim, principalmente para um lugar público como a praia.
-Aqui é uma praia privada bonitinho-disse ela com um sorriso maroto no rosto-Sou Anita-ela disse.
Mas é claro que era uma praia privada
Sorri mostrando os dentes para ela. Cocei o nariz e olhei para o lado vendo que a praia realmente não tinha quase ninguém nela.
-Sou Rodrigo-disse estendendo a mão para ela que aceitou de bom grado e sorriu ainda mais-E você?
A garota loura colocou uma mexa de seu cabelo atrás da orelha e então olhou para mim.
-Carina-ela sorriu, um sorriso meigo-mas pode me chamar de Cari.
-Prazer-apertei sua mão.
Ela era muito meiga o tipo de garota que tirar a virgindade ia ser uma benção e um desafio que eu aceitarei de bom grado, mas ficava difícil ser desafiado se eu não conhecia ninguém aqui além de Rebeca e aquelas duas estranhas.
-Então vai ter uma festa na vizinhança, você deveria aparecer lá-Anita disse bebendo um gole de sua água de coco-Eu ia ficar muito feliz, aposto que Carina também.
Eu sorri malicioso adorando seu desespero todo para transar. Eu abrir a boca para responder sua "cantada", mas um rapaz gritou próximo demais da gente a ponto de me interromper.
-Becky!-ele berrou.
Agora eu quero que vocês entendam, o cara que estava na minha frente era aquele típico riquinho que provavelmente andava numa Ferrari ou em uma BMW, tinha a namorada rica e perfeita e ficava pegando todas enquanto ela não olhava, provavelmente ele terminaria tendo um filho com 17 anos e se casando com ela apenas por causa da criança que detonaria com a vida da namorada dele.
Um típico playboyzinho com seus belos cabelos loiros, olhos verdes e peitoral e braços típicos de quem é viciado em academia com aqueles óculos de sol espelhados típicos do rapper Flo Rida.
Mais isso porque não havia vindo a pior parte: lá estava ela com um micro biquini branco que cobria no máximo o bico de seus seios, uma calcinha de amarrar em sua cintura que com toda certeza do mundo era fio dental. Seus cabelos ruivos estavam encharcados e jogados para um lado só e o mais inacreditável de tudo era que ela segurava uma prancha de surfe.
-Felipe!-ela gritou abrindo um sorriso imenso no rosto e eu não consegui acreditar no modo como aquilo me afetou o modo que ela soltou a prancha na areia sem preocupações apenas com ansiada para chegar logo naquele idiota, o modo como ela correu ainda sorrindo em direção a ele, o modo como se atirou nos braços dele como se sua vida dependesse disso.
Ele se abraçaram, ele sussurrou algo em seu ouvido e ela riu alto jogando a cabeça para trás e então segurou seu pescoço o beijando de uma forma animal de um modo tão bruto e tão desesperado que eu jurava que aqueles dois iam acabar se comendo e fodendo bem ali na praia na frente de todo mundo, principalmente quando o tal Felipe desceu a mão para sua bunda e a apertou e Rebeca parecia não se importar com isso, na verdade ela parecia estar gostando ainda mais pois seus corpos estavam ainda mais próximos, eles agora se esfregavam enquanto se engoliam, Rebeca estava provando ser uma vadia é uma baita safada.
-Eles não formam um casal lindo?-não consegui distinguir se havia sido Carina ou Anita ao falar.
Depois daquilo eu só consegui virar o rosto para o lado e tentar esquecer a todo custo aquela imagem da minha cabeça.
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Uma ruiva irresistível
RomanceRodrigo se muda para a casa de seu pai e se vê perdido nos encantos de sua vizinha a linda e mimada Ruiva Irresistível.