O universo sempre nos surpreende.
Vivemos em uma caixa de Pandora constante, onde nunca sabemos o que vai sair dela, das nossas vidas.
As vezes são coisas boas e outras nem tanto.
Isso foi o que Hope Russo aprendeu, da maneira mais dura...
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar"
William Shakespeare
Hope
Uma semana desde que eu havia voltado de New York, havia sido ótimo reencontrar Christopher, ele é um ótimo amigo. Eu fiquei muito feliz de saber que o mesmo havia casado e iria ser pai, ele estava super feliz.
O mesmo tinha conversado comigo e tentado me fazer sorrir desde que percebeu que eu não estava bem. Ele queria matar Reid depois que me viu chorando e soube que ele era o motivo.
O pior de tudo foi o término, Spencer não quis me escutar em nenhum momento, não quis saber de nada, depois ainda ficou com Jenna. Ninguém havia me contado, eu vi, ela saindo do quarto dele cheia de sorrisinhos, e ele parecia bastante feliz.
Ele havia tentado falar comigo no outro dia, mas eu não queria escutar, não queria explicação, não queria desculpas.
Então na última semana eu o ignoro de todas as formas.
— Estava pensando em levar os meninos amanhã no parque, que tal levar Angel?
Olho para JJ e apenas confirmo com um aceno de cabeça eu remexia em meu almoço sem realmente comer, não tinha fome, não tinha sono. Eu estava me acabando e isso tudo por causa de um idiota.
— Hope você precisa comer.
Pen me olha séria. Ela havia voltado a falar comigo e até tinha me pedido desculpas. Pelo menos isso estava resolvido.
— Eu comi a pouco tempo, por isso estou sem fome.
Minto descaradamente, Pen apenas revira os olhos.
—Sabemos que está mentindo.
Emily diz me encarando. Quando penso em responder Reid entra na sala acompanhado de Morgan.
— Vou pra minha sala meninas.
Me levanto pegando minha comida, jogo a mesma no lixo e saio dali. A última coisa que eu precisava era olhar para ele.
[...]
— Hope?
Escuto a voz de meu pai me chamando. Eu estava sentada na sala sozinha no escuro. Não queria que Jack me escutasse chorando.
— O que você está fazendo aqui?
Ele acende a luz e me encara sentada encolhida no sofá. Seus olhos passeiam por meu rosto vermelho de tanto chorar.
— Minha menina.
Ele se aproxima e senta ao meu lado e me puxa para seu colo.
— Papai dói tanto. Eu não sei mais o que fazer.
Soluço escondendo meu rosto em seu peito.
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