UM

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Ele era meu sol em noites frias, meu sorriso em dias tristes, minha pequena fragmentação de dor quando eu não me sentia mais humana.

Era minha cobertura contra a chuva, minha lanterna contra a escuridão. Era o farol nos mares revoltosos da minha mente, a cama para meu cansaço, a mudança da minha rotina.

Era a chuva para o calor, a música nova para o tédio...

Era Romeu quando eu não sabia ser Julieta.

Era uma borracha para meus erros, uma caneta para minha criatividade, era uma tela em branco quando eu precisava pensar.

Ele era, sem sombra de dúvidas, muitos navios no meu pequeno porto em frangalhos.

Eu o obriguei a deixar meu porta aviões, mas chorei quando o vi sobrevoar outros céus.

No entanto, aquela árvore parecia tão frágil.

Ele pousou e um dia seu ninho caiu.

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