Sequestro - capítulo 12

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~Narração por Leonardo~

Quando a aula acabou saí rapidamente da escola, deixando Clara ir embora com suas amigas já que eu havia algo para resolver.

Eu acabei me metendo em encrenca, já que o garoto que tentou violentar Clara, era integrante de uma gangue e eu o matei. Os caras vieram atrás de mim e eu não poderia meter Clara nisso, ela não teve culpa, e eu quis o matar, então devo assumir as consequências sem a envolver.

Assim que saí da escola e andava pela rua indo em direção a casa de um velho amigo, que poderia me ajudar a resolver a situação, dois caras altos de cabelo baixo e castanho me barraram.

- Temos algo a resolver! - ele me encarou, falando sério.

- Teremos que deixar para mais tarde. - falei dando de ombros.

Me esquivei dele e fui em direção a casa de Lucas, até que um deles segurou meus pulsos para trás, eu lutei contra ele, me soltei assim depositando um soco em seu nariz, o que o fez sangrar, vendo o estrago se irritou, assim revidando o golpe e dando sinal ao comparsa, o qual fez que sim com a cabeça e assim o fez, senti uma forte dor na cabeça, minha visão ficou turva, minhas pernas fraquejaram e tudo escureceu.
Acordei com fortes dores na cabeça, perto de mim haviam duas pessoas, eu podia ouvir o que conversavam.

- O que vamos fazer com ele? - ele dizia normalmente.

- Não sei. O chefe só pediu para trase-lo. - Chefe?

Quando calaram-se pude ouvir passos vindo em minha direção, porém mantí os olhos fechados, como se ainda tivesse desacordado.
Alguém me pegou e me amarrou a uma cadeira, nesta altura eu já não conseguia mais fingir estar desacordado, colocaram uma forte luz em meus olhos para que eu os abrisse.

- Ora ora - falava um velho que aparentava ter uns 55 anos, gordo e de baixa estatura - temos aqui o idiota que matou um de meus homens. - permaneci calado.

O velho fez sinal com a cabeça para um dos homens, que entendeu o comando, veio a passos lentos até mim, despejando um golpe em meu rosto.

- Vai ficar calado? - o velho insistia.

- O que eu devo falar? - perguntei dando de ombros, fazendo o velho rir.

- O garotinho realmente não sabe aonde se meteu. - ele diz irônico - parece que teremos que fazer uma forcinha a mais para que entenda. - mais uma vez seu capanga veio até mim, dando-me dois fortes socos. Cuspi sangue e direcionei-me ao velho novamente.

- E o que pretende com isso? - falei sério.

- Garoto, te matar não seria um grande esforço ou uma grande diferença para mim. Então resolvi lucrar em cima de você. - ele disse com um sorriso maléfico no rosto. - vai fazer um serviço a mim. Você deve ser útil já que conseguiu matar um de meus homens, que são muito bem treinados. - desta vez eu que ri, já que aquele "homem" lutava como uma garotinha de 6 anos.

- É aquilo que chama de "bem treinado"? - falei irônico - Porque ele lutou como uma mariquinha, o matar não foi grande esforço.

- Sendo assim meu jovem, acho que está qualificado para meus serviços. - disse com desdém.

- E o que eu ganho com isso? - perguntei.

- Sua vida e liberdade, já que se negar será morto aqui mesmo. - ele disse em tom de ameaça.

- O que quer que eu faça? - perguntei arqueando uma sombrancelha.

- Logo irá descobrir. Que esta vinda aqui sirva de aviso, para que não se meta em brigas com meus homens e não pense em ir na polícia, será em vão. - após o dito o velho virou-se e saiu da sala em que eu me encontrava acompanhado de dois homens, que aparentavam ser guardas.

Apaixonada por um psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora