Capítulo 07° - Quebrando corações e regras.

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BOA LEITURA!!!!

"Lagarta não seria borboleta se não passasse pelo aperto do casulo

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"Lagarta não seria borboleta se não passasse pelo aperto do casulo."

— Day Anne

°°°

— Esse é o encontro mais legal que já tive! — Ouço Miguel assim que saímos de seu carro.

— Isso não é um encontro! — Lembro-o pela milésima vez.

— Como você gosta de ser estragar prazer!

— Sou apenas realista!

Observo a fachada do cemitério pouco receosa, nunca tinha vindo aqui, não por falta de vontade e sim por não ter a informação. Não foi fácil conseguir resposta de Helen sem que desconfiasse de mim. Hesitou, conquanto, respondeu. Contudo, o que mais me surpreendeu foi saber que minha mãe fora enterrada em um cemitério particular, o que me pergunto é como David consegue mantê-la.

O plano será assim: iremos entrar e falar o nome de minha mãe. Daremos também nomes falsos porque não quero que os adultos saibam que quebrei umas regras, — já violei tantas que perdi as contas —. Também menti para Bob, nessa hora eu deveria estar ao lado dele lendo uma carta de Margot, ainda duvido se ele acreditou nessa minha ida ao ginecologista. Miguel não quer que seus pais saibam que veio, ou que está comigo, embora a ideia idiota sendo dele. Não me falou, obvio, no entanto, sei que os pais conservadores não querem que ande com a má influência.

— Estou aqui, lhe ajudando a roubar uma foto e você fica com o papo realista.

— Agora é um roubo? — Faço nossos olhares se cruzarem.

— Talvez... — Refutou puxando-me pelo braço, fazendo-me atravessar a rua.

Talvez, involuntariamente, meu corpo queira hesitar a entrar, uma leve dúvida me faz questionar isso estar certo, porém é só uma foto, uma foto que pode piorar minha situação com o juiz.

Ao ser solta observo a entrada. A fachada é dourada e reluzente, os portões são grandes como fosse entrada do paraíso. Um tapete vermelho se alonga pelo piso até o hall da recepção.

— Tessa? — A voz do garoto me faz olhá-lo. — Esse roubo não pode ser feito só por uma pessoa!

Que tipo de ladrões somos? Adolescentes com alto teor de colesterol no corpo que entram pela porta da frente? Pelo lado bom: progredi no estilo de roubar, antes invadia as casas a noite e sempre quebrava vidro de porta ou de janela. Não, estou prestes a roubar um cemitério, o que tem de processo nisto? Só estou cavando mais meu poço e perdendo o pouco da dignidade que consegui nessas últimas semanas.

— Tessa? — Chama-me outra vez.

— Vamos deixar claro que é você a má influência dessa viajem. — Comento prosseguindo, afinal, já estou aqui temos que ir até o fim.

Água para Borboletas (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora