Capítulo 04° - Mundo em preto e branco

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Boa Leitura!!!

"Saudades: palavra triste quando se perde um grande amor, na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor, igual uma borboleta vagando triste por entre as flores"

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"Saudades: palavra triste quando se perde um grande amor, na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor, igual uma borboleta vagando triste por entre as flores"

- Carmem Silva

°°°

Paro em frente à varanda de Helen ainda de baixo da chuva, levei um tempinho para achar o caminho certo sem que esse temporal não me desse uma trégua. Ergo o olhar para a janela de meu quarto, a luz está acessa e uma silhueta feminina anda de um lado a outro em frente a cortina. Suspiro com cansaço e em seguida subo os degraus sentindo a roupa colada em mim, espero segundos para entrar deixando a água escorrer pelo corpo. Trabalho a minha mente para ouvir tudo que é possível de minha responsável, penso em respostas convincentes no entretempo que tento esquecer o que aconteceu hoje: Miguel e o quase acidente. Principalmente tento relaxar para que a raiva que ainda sinto passe, mas percebo que é difícil, então abro a porta em silêncio e a fecho atrás de mim, minutos seguintes a dona da casa surge do corredor de cima parando na ponta da escada.

- Teresa! - Chamou descendo. - Onde você estava? Não. Com quem estava? Por que não atendeu o celular?

Enche-me de perguntas.

- O celular descarregou... - Murmurei respondendo a única pergunta que pensei primeiro.

Retirei os tênis e larguei a bolsa no chão caminhando para o banheiro do andar de baixo. Ouço Helen continuar ríspida.

- Quando cheguei me disseram que você já tinha saído. Por que não me esperou? Com quem veio para casa, Teresa?

Viro-me para encará-la antes de entrar no banheiro, Helen não desvia seu olhar de mim, segura minha bolsa molhada e os tênis sujos.

- Com ninguém... - Menti, sem ânimo para parecer convincente. A vejo estreitar os olhos, com desconfiança. Enfureço-me. - Vim andando, e no meio do caminho fiquei esperando a chuva passar. Não atendi sua chamada porque a porcaria do celular descarregou, molhou como pode ver. - Aumento a voz. - E você, estava aonde? Por que não atendeu quando liguei? Por que não respondeu minhas mensagens? Esqueceu de mim? O que é mais importante do que ir buscar a garota problemática? - Helen abre a boca para responder, porém, não deixo que fale. - Esperei e você não apareceu. A propósito: estou bem. Obrigada por perguntar.

Ao terminar fecho a porta com brutalidade e me sento sobre a tampa da privada para controlar a vontade de explodir. Inspiro e respiro seguidamente até me sentir calma. Retiro as roupas e paro debaixo do chuveiro, a água cai sobre meus ombros morna, relaxando meus músculos. A chateação vai embora e repenso no incidente. O que causou a explosão? Lembro nitidamente de algo explodir, seguidamente, o carro ficou descontrolado. Será que foi errado deixá-lo sozinho? Não! Ele merece depois de como me tratou. Tenho que parar de pensar nele.

Água para Borboletas (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora