Por que Vermelho?

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22 de Março de 1950

Diana Lowell

Olhava atentamente para o vestido que a minha mãe segurava. Absolutamente nunca iria vesti aquilo, era todo preto sem nenhum detalhe, as mangas eram longas e o seu comprimento passava os meus pés, com certeza não vestiria aquilo. Não tenho vocação para ser freira.

—Diana tens que escolher um, só um.— Joyce me olhava sem paciência.

—Não gostei de nenhum, agora se me dá licença tenho que ir terminar de ler o meu livro.— virei o meu corpo, ficando de bruços e abrindo a minha escrivaninha.

—O que pensas da vida Diana? Esses livros que tanto ler não vai te levar para quanto nenhum menina, precisa sempre está bela, perfumada e impecável para arranjar um marido.— revirei os meus olhos suspirando pesadamente. —Esse baile de Sky Hill será perfeito para isso.

—Mãe, eu quero que esse marido  vá para para o quinto dos infernos. Eu não vou me prender a um homem que vai trabalhar enquanto eu fico em casa arrumando e cuidando das crianças. Prefiro me perder  nesses meus livros, do que me casar com o primeiro que aparecer.—Joyce suspirou com raiva.

—Eu desisto de você Diana.—ela saiu da minha frente e agradeci aos céus, terminei de ler o meu romance, e fui tomar um banho para esquecer todas as vezes que a minha mãe falou de marido para mim. Oh, como eu detesto. Nunca irei me prender à alguém, os livros me ensinaram que sempre sofremos quando deixamos isso acontecer.

Ela estava pegando no seu pé de novo?— a voz do Daniel ecoou pelo meu quarto, quando ia entrar no banheiro.

—Como sempre. — rir baixo e dei uns passos para trás, pra olhar melhor para o meu irmão. —Por quê eu não nasci homem?

—Você sendo homem, seria interessante. — ele riu e entrou no meu quarto, sentando na cama.

—O que aconteceu?—caminhei até ele, sentando ao seu lado. —Você está estranho.

—Eu sou estranho Dia.— ele olhou para mim e sorriu.

—Não comigo.— passei a mão no cabelo dele. —Foi algo entre você e a Lena?

—Bom ,até agora não quisemos matar um ao outro.— rir baixo.

—Isso é um progresso.

—É um progresso, eu está com ela à mais de três meses.

—Isso é verdade. — a voz do Landon soou na porta. —Diana, vai para a praça hoje a tarde?

—Vou, por que?— o olhei curiosa.

—Eu vou te deixar lá, antes de ir para...

—A praia com os amigos dele. — Daniel disse com uma certa desaprovação. —E ele quer o seu carro emprestado.

—As vezes esse lance de serem gêmeos me assusta.— falei os fazendo rir.

—Graças a Deus que não somos idênticos.— Landon falou.

—Tudo bem Lan, eu te empresto o meu carro.

—É por isso que você  é a melhor irmã do mundo.— ele correu até mim, me dando vários beijos no rosto.

—Eu sou a sua única irmã.— falei fazendo o Daniel rir.

Logo após expulsar os dois do meu quarto, entrei no banheiro deixei a banheira encher, me despir e prendi o meu cabelo em um coque alto. Quando entrei na banheira deixei todos os meus pensamentos relaxarem assim como o meu corpo. Depois de me arrumar, o Landon já me esperava.

Red Dress *Klaus Mikaelson*Onde histórias criam vida. Descubra agora