Social ;; Hayes Grier

Hundred-Ninety Nine / HAYES

Acordei e não vi Loren na cama, onde ela havia dormido. Me levantei e procurei Loren pela casa toda, a encontrei na cozinha, ela estava chorando.

— Você está chorando? — Eu perguntei a abraçando por trás.

— Que? Não, claro que não — Ela se virou e disse enquanto tentava enxugar as lágrimas.

— Loren — Eu disse segurando seu pulso, a impedindo de enxugar as lágrimas — Chega de mentiras, por favor. O que aconteceu?

Ela suspirou, saiu do meu abraço e foi para a sala. Depois de alguns minutos ela voltou com um livro na mão e o colocou mesa. Me sentei na mesa e abri o livro, meus olhos se encheram de água ao perceber que era um álbum de fotos com fotos nossas.

— É para você.

— É lindo, obrigado. Mas eu não tenho nada para você — Ela deu uma leve risada e se sentou do meu lado, pegou na minha mão e suspirou.

— Eu estou indo embora.

— O que? Por que? — Senti meu desespero ficar maior.

— Uma pessoa do meu passado veio atrás de mim.

— Por isso você estava tão estranha ultimamente? — Ela assentiu — Loren, nós podemos pedir ajuda para a polícia ou alguém, eu sei lá.

{coloquem a música agora}

— Hayes, me escuta. Eu não posso pedir ajuda para ninguém, isso só vai piorar as coisas — Ela já estava com os olhos cheios de água — Eu fiz esse álbum para você se lembrar de mim. Nós colocamos nosso amor nessas fotos. Nós fizemos essas memórias para nós mesmos. Onde nossos corações nunca estiveram partidos, nossos olhos nunca se fecharam e onde o tempo estará para sempre congelado.

— Eu não quero ficar sozinho, Loren. Eu não vou conseguir ficar sem você. Isso dói, dói muito.

— Quando você se sentir sozinho, pegue uma foto e a mantenha perto, até nossos olhos se encontrarem. Eu nunca te deixarei.

— Não vai, por favor. Seu vou sentir sua falta.

— Quando você sentir minha falta, guarde uma foto no seu jeans, aquele rasgado que você sempre usa. Guarde essa foto no fundo da sua alma, onde ninguém poderá estraga-la.

— Não é a mesma coisa, não é o mesmo sentimento, não é o mesmo toque. Tudo é diferente — Eu já chorava que nem um bebê.

— Eu não quero te machucar, meu amor.

— Se você me machucar, vai estar tudo bem, só as palavras doem — Ela sorriu e me deu um beijo, e logo em seguida se levantou, indo em direção à porta.

— Quando eu estiver longe, me lembrarei de como você me beijava — Ela disse secando as lágrimas que já circulavam pelo seu rosto — Espere por minha volta para casa.

E foi nesse momento que eu fiz a maior burrice da minha vida.

Eu deixei ela ir.