Hundred-Eighty Three / HAYES

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Loren parecia estar dormindo naquela cama de hospital. Sua boca estava entreaberta e sem cor, mas mesmo assim ela ficava linda.

À dois dias atrás, quando eu fui ignorado pela Loren, eu fui atrás dela, não perderia ela tão facilmente. Encontrei ela jogada no chão com o braço cortado e um pouco de sangue saindo da sua cabeça. Natalie, mãe de Loren, estava em uma parte da sala desacordada, e eu pude perceber objetos faltando pelo cômodo. Liguei para a emergência e pouco tempo depois eles chegaram.

Agora eu estou aqui, sentado nessa poltrona desconfortável enquanto espero a Loren acordar, espero que esteja logo.

Quando eu já estava quase dormindo, sinto um pequeno toque no meu braço. Vou abrindo os olhos lentamente, uma Loren com a aparência fraca e acabada está olhando para mim.

— Você pode chamar um médico? — Ela perguntou. Quando ela percebeu que eu continuava no lugar, sem mexer um músculo, acrescentou — Por favor? — Despertei do meu pequeno transe e sai correndo para chamar o médico.

Depois de algum tempo analisando a Loren, o médico pediu para que eu me retirasse por um momento, sai e fiquei esperando do lado de fora.

— Pode entrar — O médico disse e saiu, não dando oportunidade para eu perguntar qualquer coisa.

— Oi — Eu disse abrindo a porta, um pouco sem graça.

— Oi amor.

— Como você está? — Eu perguntei, me sentando com cuidado ao seu lado.

— Bem, eu acho. O médico disse que o que aconteceu pode afetar um pouco o meu psicológico, mas nada demais — Ela disse enquanto brincava com os dedos das nossas mãos, que estavam entrelaçadas.

— Você lembra de alguma coisa que aconteceu?

Ela pareceu pensar um pouco e logo sua expressão mudou de calma para preocupada ou amedrontada, mas logo depois voltou ao normal.

— Na verdade, não — Ela disse meio baixo, como se fosse para si mesma — Eu só lembro que em um momento eu estava acordada na sala e logo depois eu estava aqui, no hospital.

— Tem certeza? — Eu perguntei alisando sua mão.

— Tenho — Ela abriu um sorriso e logo depois engoliu em seco, como se uma lembrança indesejada tivesse voltado.

— Tudo bem — Eu suspirei, vendo que não iria adiantar muita coisa eu insistir, ela não iria me contar nada — Agora chega pro lado que eu quero deitar.

— Eu estou machucada, tenho preferência — Ela disse em um tom brincalhão, enquanto chegava para o lado.

Social ;; Hayes GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora