O meu olhar deveria estar aterrorizado, quer dizer pelo menos o corpo estava exaltado. Talvez fosse a adrenalina de ter uma arma apontada para mim. Seria estranha? Bom, talvez.
"O que é que ias fazer com essa arma? Matar-me?"
Ele parecia atrapalhado mas recompôs-se rapidamente.
"Não testes a minha paciência."
Oh que ele sabe ser mau afinal.
"Ensina-me."
"Zayn." Repeti mais uma vez.
Ele ignorou-me e colocou a arma de novo nas calças. Andei rápido até ele e peguei na sua mão, obrigando-o a olhar-me.
Sorri. Peguei na sua mão, que continha a arma e tirei-lha.
Virei costas com ela na mão. Era pesada mas eu conseguia manter a mão firme. Estaria carregada? Concluí que sim.
"Então e agora?" Apontei-lhe a arma, virando o jogo.
Ele estava descontraído, embora surpreso, mas descontraído. Não teria medo de morrer?
"Baixa a arma. Não a sabes manusear corretamente."
"Não."
"Agora."
"Ajuda-me a disparar."
"Não!" Disse rude.
"Bom então leva-me para casa."
"Não."
"Só sabes dizer que não?"
"Não." Riu genuínamente pela primeira vez.
Agarrei na arma firmemente e pousei-a sobre a cama de Zayn e encarei-o, ele que analisava os meus movimentos ao pormenor. Não ia desistir de aprender.
"Sabes que não és assim tão mau como dizem, certo?"
"Não tens a noção do que sou capaz para ter aquilo que quero Kelsey."
Encarei-o, nem pestanejou. Zayn era um homen misterioso disso eu tinha a certeza. Mas quem era Zayn? Tinha alguma curiosidade de conhecer este ser e os seus interesses, embora tenha sido avisada por Sam de que ele pelos vistos não seria flor que se cheire.
Mas eu sempre busquei o impossível.
"E o que queres de momento Zayn?" Proferi o seu nome com delicadeza e firmeza.
"Que não faças tantas perguntas."
"Tudo bem."
Sentei-me no colchão coberto por uma colcha cinzenta e com umas 12 almofadas meramente decorativas.
Zayn parecia uma estátua à espera de ser movida de sítio.
Decidi divertir-me a mandar todas as almofadas para o chão, cada uma para um canto diferente do quarto. E atirei uma para a cara de Zayn.
"Ri-te. Deixa de ser chato."
Ele retribuíu a dose mandando-me duas almofadas fazendo-me perder por momentos o equilibrio e cair no chão.
Um nuvem preta invadiu o meu campo de visão. Pensei na minha tensão, precisava de tomar os meus remédios e algo me dizia que os tinha deixado no clube.
Pus as mãos sobre a cabeça e esperei que névoa preta desaparecesse e acabou por acontecer. Abri devagar os meus olhos devagar e Zayn estava de joelhos perto se mim, segurando os meus pulsos, tirando as minhas mãos que cobriam a minha face.
"Ei, estás bem?"
"Sim, foi uma quebra de tensão."
"Vou buscar água, espera um pouco."
Agarrei o seu braço e puxei-o inconscientemente para mais perto de mim. Uni os lábios devagar para falar.
"Não vale a pena, preciso dos meus remédios. Deixei-os no clube."
Ele pareceu chateado eu diria até frustrado.
"Zayn."
"Sim."
"Porque me trouxeste para aqui? Não te conheço."
"Não sei, sinceramente."
"Hm."
Encostei as costas na cama e relaxei o corpo. Zayn fez o mesmo. O silêncio podia ser assustador mas por alguma razão este silêncio era confortável, era como se estivessemos a falar mas nenhum som fosse proferido.
O meu corpo neste momento vertia um enorme cansaço e acabei por descaír a minha cabeça para o ombro de Malik. Queria olha-lo nos olhos e ver se estava confortável com a situação assumindo que sim quando ele encostou a sua sobre a minha e assim adormeci.
Ao lado de um perfeito desconhecido.
N.A:
Alô, andam por aí? Bem, ontem estive a escrever o capitulo 23 e estava tão entusiasmada que se tornou o maior que já escrevi (2400 e tal palavras) adorei escrevê-lo e tenho a certeza que vão adorar ler. Beijinhos lindas.
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Black Jeans • Zayn Malik
FanfictionO problema de amar em tão grande é a possibilidade sempre presente de poder doer em tão grande. © 2016, joanaxb } cover made by me. (texto centrado) início: setembro, 2016 fim: 21 de Maio, 2017