5.

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O meu olhar deveria estar aterrorizado, quer dizer pelo menos o corpo estava exaltado. Talvez fosse a adrenalina de ter uma arma apontada para mim. Seria estranha? Bom, talvez.

"O que é que ias fazer com essa arma? Matar-me?"

Ele parecia atrapalhado mas recompôs-se rapidamente.

"Não testes a minha paciência."

Oh que ele sabe ser mau afinal.

"Ensina-me."

"Zayn." Repeti mais uma vez.

Ele ignorou-me e colocou a arma de novo nas calças. Andei rápido até ele e peguei na sua mão, obrigando-o a olhar-me.

Sorri. Peguei na sua mão, que continha a arma e tirei-lha.

Virei costas com ela na mão. Era pesada mas eu conseguia manter a mão firme. Estaria carregada? Concluí que sim.

"Então e agora?" Apontei-lhe a arma, virando o jogo.

Ele estava descontraído, embora surpreso, mas descontraído. Não teria medo de morrer?

"Baixa a arma. Não a sabes manusear corretamente."

"Não."

"Agora."

"Ajuda-me a disparar."

"Não!" Disse rude.

"Bom então leva-me para casa."

"Não."

"Só sabes dizer que não?"

"Não." Riu genuínamente pela primeira vez.

Agarrei na arma firmemente e pousei-a sobre a cama de Zayn e encarei-o, ele que analisava os meus movimentos ao pormenor. Não ia desistir de aprender.

"Sabes que não és assim tão mau como dizem, certo?"

"Não tens a noção do que sou capaz para ter aquilo que quero Kelsey."

Encarei-o, nem pestanejou. Zayn era um homen misterioso disso eu tinha a certeza. Mas quem era Zayn? Tinha alguma curiosidade de conhecer este ser e os seus interesses, embora tenha sido avisada por Sam de que ele pelos vistos não seria flor que se cheire.

Mas eu sempre busquei o impossível.

"E o que queres de momento Zayn?" Proferi o seu nome com delicadeza e firmeza.

"Que não faças tantas perguntas."

"Tudo bem."

Sentei-me no colchão coberto por uma colcha cinzenta e com umas 12 almofadas meramente decorativas.

Zayn parecia uma estátua à espera de ser movida de sítio.

Decidi divertir-me a mandar todas as almofadas para o chão, cada uma para um canto diferente do quarto. E atirei uma para a cara de Zayn.

"Ri-te. Deixa de ser chato."

Ele retribuíu a dose mandando-me duas almofadas fazendo-me perder por momentos o equilibrio e cair no chão.

Um nuvem preta invadiu o meu campo de visão. Pensei na minha tensão, precisava de tomar os meus remédios e algo me dizia que os tinha deixado no clube.

Pus as mãos sobre a cabeça e esperei que névoa preta desaparecesse e acabou por acontecer. Abri devagar os meus olhos devagar e Zayn estava de joelhos perto se mim, segurando os meus pulsos, tirando as minhas mãos que cobriam a minha face.

"Ei, estás bem?"

"Sim, foi uma quebra de tensão."

"Vou buscar água, espera um pouco."

Agarrei o seu braço e puxei-o inconscientemente para mais perto de mim. Uni os lábios devagar para falar.

"Não vale a pena, preciso dos meus remédios. Deixei-os no clube."

Ele pareceu chateado eu diria até frustrado.

"Zayn."

"Sim."

"Porque me trouxeste para aqui? Não te conheço."

"Não sei, sinceramente."

"Hm."

Encostei as costas na cama e relaxei o corpo. Zayn fez o mesmo. O silêncio podia ser assustador mas por alguma razão este silêncio era confortável, era como se estivessemos a falar mas nenhum som fosse proferido.

O meu corpo neste momento vertia um enorme cansaço e acabei por descaír a minha cabeça para o ombro de Malik. Queria olha-lo nos olhos e ver se estava confortável com a situação assumindo que sim quando ele encostou a sua sobre a minha e assim adormeci.

Ao lado de um perfeito desconhecido.

N.A:
Alô, andam por ? Bem, ontem estive a escrever o capitulo 23 e estava tão entusiasmada que se tornou o maior que escrevi (2400 e tal palavras) adorei escrevê-lo e tenho a certeza que vão adorar ler. Beijinhos lindas.

Black Jeans • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora