Black Jeans • Zayn Malik

13.

Uma da tarde. Não consegui dormir mais desde que Zayn tinha abandonado o meu quarto. Estava vestida à horas a contemplar o nada. Como sempre fazia.

O som de alguém a bater na porta soa nos meus ouvidos.

"Sim?"

A minha mãe entra no quarto. Não queria discutir e da forma que estava hoje só se me irritassem muito é que começaria a disparatar.

"Diz." Disse simples ao sentir o peso da minha mãe sobre a cama.

"O que estás a fazer?"

As tipicas conversas idiotas.

"Nada. Estou de castigo." Evidenciei.

"Bom, estive a pensar com o teu pai e a situação que se passou naquele bar estava fora do teu alcance. Não tiveste culpa. Por isso mesmo admitimos que nos precipitamos de alguma forma."

Mal eles sabiam onde tinha ficado essa noite.

"Isso quer dizer que posso sair?"

"Sim Kelsey." Revirou os olhos.

Os meus pais odiavam que eu saísse com tanta regularidade mas as coisas nem sempre foram assim comecei a sair mais à cerca de 2 anos, os meus pais tornaram-se incapazes de manter em casa assim que celebrei os meus 18 anos. Agora que tenho 19 muito menos.

"Obrigado."

Assentiu levantando-se e dirigindo-se para a porta.

"O teu irmão saíu cedo para ir fazer um trabalho da faculdade. Eu e o teu pai vamos trabalhar, devemos chegar tarde uma vez que se aproxima um momento importante e de viragem para a nossa empresa."

"Tudo bem mãe."

Estava habituada a estas ausências, não era clichê nenhum nem novidade alguma. Os meus pais passavam muito tempo fora de casa, antigamente ainda tinhamos a Sra. Flexer que vivia na casa em frente para cuidar de mim e do meu irmão quando éramos mais novos, era uma senhora de idade extremamente amável que infelizmente acabou por falecer e o seu marido acabou por se mudar talvez por desgosto e não querer manter a memória deste sítio.

A empresa dos meus pais sempre foi reconhecida internacionalmente e na indústria da roupa mas não tanto como agora viria a ser. Ia ser muito capital investido. Uns chineses que queriam investir em Atlanta.

Ouvi a porta principal bater e suspirei de um cansaço que não existia.

Estava calor. Decidi tomar um duche e vestir algo mais fresco como uns calções de ganga e um top preto e uns converse bota.

Desci as escadas e liguei a aparelhagem. Martin Garrix soou na rádio e diverti-me a dançar pela casa enquanto almoçava qualquer coisa.

O telemóvel vibrou consequentemente, era Sam. Baixei a música e atendi.

"Alô!" Falei animada.