Manhã. Quarta-feira.
Estiquei o braço para tentar alcançar o telemóvel. Era cedo, relativamente cedo.
{4 chamadas não atendidas: Samantha. 1 mensagem não lida.}
Esqueci-me de lhe ligar. Bolas. Tentei movimentar-me e senti um peso sobre a minha barriga. O braço de Zayn envolvia-me e confirmava que a sua presença ainda aqui estava.
Olhei-o e dormia profundamente. Perguntava-me se o que sonhava o mantia assim tão calmo e sereno.
Liguei para Samantha. Ainda que deitada, tentei falar baixo.
"Estou?"
"Kelsey! Finalmente onde estás?"
"Em casa." Bocejei involuntáriamente.
Zayn movimentou-se e levou aos mãos aos olhos. Era tão lindo. Puxou o lençol para baixo com a sua perna esquerda e lembrei-me que ele ainda estava naqueles preparos. Boxers.
"Kelsey estás a ouvir? Porque estás a susurrar?" A morena impaciente disse.
"Sim, sim desculpa."
"O que se passa contigo pareces meio aluada."
"Nem imaginas Sam."
A morena não quebrou o silêncio provavelmente esperando ouvir uma resposta ou explicação sobre o assunto.
"Não te passes! O Zayn passou a noite aqui. Ainda dorme. E não, não aconteceu nada."
"Hm. Espera qual Zayn, Kelsey? -
Dei-lhe alguns segundos para que entendesse finalmente de quem se tratava.
"O MALIK? KELSEY EU AVISEI-TE SOBRE ELE. TEM CUIDADO. DEPOIS CONTA-ME."
"Na verdade não me disseste nada sobre ele apenas o que toda a gente fala. Não precisa de ser verdade. Logo mando mensagem."
Desliguei a chamada. E pousei o telemóvel no Criado mudo. 08:00am.
Virei-me para Zayn e qual o meu espanto quando ele já me encarava sem uma expressão clara que eu pudesse entender. Simplesmente olhava, ficava a olhar como se fizesse de próposito. Como se soubesse que eu ansiaria em saber o que tanto se passava na sua cabeça e no que diria o seu olhar.
"Bom dia." Disse meio envergonha. Os vinte segundos de coragem da noite passada pareciam ter desaparecido. Agora era de dia. E com o dia vinha uma maior realidade, ou não.
"Gostei do que disseste." Esticou o seu braço e enrolou-o sobre a minha cintura tranzendo-me para perto.
Permaneci em silêncio. Sabia do que se referia. A conversa como a Sam.
"Não foi nada."
Levou a sua mão à minha face desviando os cabelos chatos que teimavam em atrapalhar. Fechei os olhos ao sentir o seu toque.
"Tenho que ir tratar de umas coisas. Visitar o Harry e pôr umas coisas em ordem."
Ajeitei-me na cama, sentando-me.
"Certo. Podes ir." disse em desdém.
Estava tão bem.
Zayn franziu o sobrolho.
"O que fazes hoje?" disse tocando-me levemente no braço.
O meu subconsciente gritou de alegria.
"Nada, não tenho aulas hoje." Falei.
Agradeci por hoje ser quarta-feira e não ter o grande stress da universidade a matar-me.
"Queres passar por minha casa à tarde?"
"Para quê?"
Fodasse não era suposto ter suado desta forma indiferente. Ou era?
"Para passares o dia comigo." disse parecendo óbvio. Chegou-se para mais perto de mim. "Kelsey é só uma tarde, uns filmes e comida. Não precisas de stressar." Sorriu.
Falava-me de uma forma tão segura como se me conhecesse bem. Eu não era propriamente uma incognita como ele mas a verdade é que também não o conhecia bem para fazer juízos de valor sobre a veracirade das suas ações e a verdade nelas. Tinha receio, claro.
"Tudo bem. Manda-me sms depois com as horas." Sorri de volta.
Zayn vestiu-se e penteou o seu cabelo com os dedos. Agarrou no seu telmóvel e parecia ter recebido notícias menos boas pela sua mudança de expressão.
"Manda as melhoras para o Harry." Disse. Afinal tinha sido eu quem o tinha assistido primeiramente. Embora o meu curso de enfermagem me tivesse preparado para muitas coisas uma coisa era certa: não era para aquilo. Todo aquele sangue era demasiado real.
Zayn aproximou-se e tentou beijar-me, neguei-lhe esse desejo dando-lhe um beijo na sua face fria.
"Vemo-nos depois."
Assenti não proferindo nenhuma palavra enquanto o via a desaparecer pela janela do meu quarto.
Parecia tão proíbido.
Mas tão apetecível.N.A:
Mal posso esperar pelo capitulo 13. Apartir daqui os capitulos são grandes. Espero que estejam a gostar. Digam de vossa justiça.Beijos.
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Black Jeans • Zayn Malik
FanfictionO problema de amar em tão grande é a possibilidade sempre presente de poder doer em tão grande. © 2016, joanaxb } cover made by me. (texto centrado) início: setembro, 2016 fim: 21 de Maio, 2017