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Pov. Kelsey

Tentava insistentemente ligar para Zayn mas ele não atendia.

Normalmente discutir com o ele era inútil, ou ele saía porta fora ou dizia coisas que ninguém nunca quer ouvir.

Desmanchei o tótó e agarrei nas chaves do carro, pronta para correr até casa dele, embora fosse o mais óbvio.

Abri a porta principal e o carro dele ainda estava estacionado junto ao meu jardim. Dentro dele uma figura inalava um fumo, que eu detestava, enquanto repousava o corpo no banco confortável do carro.

"Zayn." Bati no vidro e o rapaz de cabelos negros não pára um segundo para me olhar. "Zayn, por favor vamos falar." Eu pedi e ele levou novamente o cigarro à boca, ignorando-me.

Bati no vidro um montão de vezes e ele nem sequer queria ao menos saber que eu estava ali, completamente desesperada por falar com ele e resolver as coisas.

Momentos depois, oiço o som da ignição e o carro desaparecer em frente aos meus olhos. Fico completamente pasmada pela atitude e deixo-me ficar especada a encarar a estrada vazia e o vento desagradável.

Ligo-lhe mais uma vez mas acabo por desligar antes que decida chamar. Pronta para desistir e voltar para casa, sinto novamente uma sensação desconfortável atrás de mim e entro em casa, decidida a ignora-la.

Subo as escadas até ao meu quarto e o meu telemóvel vibra no bolso das minhas calças. Atendo sem ao menos ver quem é.

- Sim?

- Ninguém diria que somos amigas à anos. Nem me dizes que foste aceite para estudar em Nova Iorque.

- Desculpa Sam. Isto está uma confusão tão grande que não tive tempo de contar a ninguém.

- Então?

- Se aceitares beber um café, eu conto-te tudo.

- Feito.

Após algumas gargalhadas e conversas mais íntimas entre amigas, acabei por pôr fim à chamada e fechar os olhos.

Um cansaço enorme parecia atravessar-se pelo meu corpo e tudo o que me restava agora era ignorar todas as decisões que ainda haviam para tomar.

{...}

Acordo com o som do despertador do meu smartphone a indicarem ser cinco da tarde. Estico o braço e alcanço os comprimidos da tensão e obrigo-me a despertar.

Ajeito o cabelo e desço, encarando Harry na minha sala de estar.

"Como é que estás aqui?" Questionei o rapaz que pairava sobre a mim.

"A tua mãe deixou-me entrar." Ele disse, e eu, só conseguia imaginar a cara da minha mãe de surpresa, ao ver outro homem à minha procura.

"Certo. Mas o que queres?" Soei um pouco rude, talvez.

"Falar contigo, não é óbvio?" Ele diz e a sua expressão suaviza. Se ao menos o meu Deus Grego Tatuado estivesse para conversas, era tudo mais fácil.

Black Jeans • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora