O vírus

Capítulo 3- Uma noite na casa

  Enquanto Audrey descansa, Marcos ficou na sala fazendo a guarda do local e a proteção dos dois que ali estavam, qualquer barulho que ele ouvia, achava que fosse algum Normi tentando invadir a casa e toda vez era algum animal diferente, as vezes um esquilo, ou um gambá que passava lá fora e causava os sons, e isso o deixava louco e com medo, porque a qualquer momento um Normi podia aparecer ali, tanto que ele preferiu deixar todas as luzes da casa apagadas, pois eles eram atraídos por qualquer tipo de coisa.

- Preciso ser cauteloso, e tomar muito cuidado... Tenho certeza de que tem alguns deles aqui por perto, e eu não quero ter a sorte de dar de cara com um deles por aqui, não mesmo. - Disse ele, com um pouco de medo. As horas foram se passando e ele foi pegando no sono e acabou dormindo ali no sofá mesmo, com seu taco na mão. Eram exatamente três da manhã, quando Marcos ouviu aqueles gritos agonizantes dos Normis, pelo visto haviam alguns ali por perto, ele acordou rapidamente e foi até uma das janelas olhar lá fora, assim que ele se aproximou, viu pelo menos oito deles ao redor da casa, todos gritavam e aquele grito era de deixar qualquer um arrepiado, literalmente. - Droga, precisamos sair daqui, antes que eles invadam a casa, tenho que acordar a Audrey e logo. - O mesmo correu até o quarto em que Audrey estava e a acordou. - O que foi, Marcos? Parece que viu um monstro... São três da manhã, vai descansar um pouco. - Ele olhou furioso para ela e a puxou da cama. - Não temos tempo para descanso, eu acabei de ver oito Normis lá fora, e acho que eles vão entrar na casa, não temos chances contra oito, temos que ir embora o mais rápido daqui.

  - Como é que é? Você disse oito Normis? Sério isso? Puta merda, estamos fodidos. - Ela entrou em desespero e se levantou rapidamente, calçou seus sapatos e os dois saíram de lá. Logo que os dois saíram do quarto, ouviram um barulho muito forte, pelo visto um dos Normis havia invadido a casa, Marcos pediu que Audrey ficasse lá em cima por hora, até ele ver o que era, e quando chegou lá em baixo e foi até a cozinha, viu dois deles e eles estavam distraídos com alguma coisa, Marcos tinha que dar um jeito nos dois, pegou um silenciador e colocou em sua arma, se aproximou deles bem sorrateiro e então fez dois disparos, ambos caíram mortos na cozinha. - Audrey! Anda logo, temos que sair daqui!. E assim ela fez, desceu as escadas o mais rápido possível, viu uma das janelas estouradas pelos monstros e viu os dois caídos e mortos no chão. Ela entrou em choque, mas se sentiu um pouco aliviada pelo menos, Marcos a puxou pelo braço e os dois foram saindo da casa, sem chamar atenção dos monstros que ali estavam, e parecia que tinha três perto do carro deles, Marcos se escondeu com Audrey atrás de uns arbustos, pegou uma pedra e arremessou perto de alguns barris que estavam ali perto, isso fez com que os monstros fossem até os barris. - Rápido! - Gritou ele. - Ok. - Disse Audrey, ainda em choque com o que tinha visto minutos antes, ela não estava acostumada com isso, mas ela teria que se acostumar logo, caso contrário ela poderia ser a próxima a ser morta por um deles.

  Os dois entraram no carro rapidamente, Marcos ligou a picape e pisou no acelerador, assim que os Normis viram o carro saindo de lá, foram atrás, mas eles não eram rápidos o bastante para alcançar a picape e atacar Marcos e Audrey. Eles comemoraram e fugiram o mais rápido dali, mas eles sabiam que não iriam durar muito ali, pelo menos tiveram a chance de se reabastecerem com comida, algumas roupas e armas, isso já era o bastante para continuarem a sua jornada nesse apocalipse, depois de longas horas dirigindo, o carro parou de repente, Marcos ficou irritado com aquilo e viu que a gasolina havia acabado e eles teriam que continuar sua viagem a pé mesmo... Pegaram tudo que estava no carro e partiram de lá o mais rápido que puderam, sempre que encontravam um Normi no caminho, ou eles matavam ou eles fugiam, eles tinham que salvar suas vidas, portanto tinham que fugir de vez em quando para que não fossem mortos. - Precisamos descansar... Estamos andando há horas e já está quase amanhecendo, estamos acabados, Marcos. - Disse Audrey, quase em prantos e desesperada.

- Nós iremos descansar... Não tem outro lugar melhor para descansarmos, então teremos que dormir por aqui mesmo, eu estou acabado, mas pode ir descansar, eu faço a vigia outra vez, não se preocupe, amor. - Disse enquanto tentava acalma-a. Audrey fez uma espécie de cama, com alguns panos e adormeceu por ali mesmo, enquanto Marcos fazia a vigia dos dois mais uma vez. E assim foi a longa noite daqueles dois, bem agitada e sem descanso algum.