Há apenas 15 minutos os meus lábios estavam grudados ao de Daniel, nos tinhamos nos beijado apenas uma vez, e preciso dizer, foi o beijo mais apaixonante da minha vida, não que eu tenha beijado muitos pessoas antes dele, na maioria das vezes eu beijava garotos que a Mia ou Chanel arranjavam para mim mas desta vez foi totalmente diferente, a atitude partiu de nós dois, foi apaixonante. Nunca tinha pensado no Daniel como mais que um amigo, ou pensei e não queria admitir para mim mesma, mas ele sempre era tão legal, fazia tudo por mim e nossa amizade cresceu mais ainda após a morte da Mia, ele passou um mês me levanto todos os dias em lugares diferentes para tentar me distrair e não pensar em minha amiga morta, não adiantava muito mas eu me sentia confortável perto dele, porém, nunca agradeci, mas ele sabe que eu sou grata a ele por tudo, ele sabe que eu o amo.
Na hora do jantar eu sentei do lado de Laila, e Daniel do lado de Victor, nós dois estavamos envergonhados mas pude notar o sorriso estampado no rosto dele. Mateus chegou na sala de jantar com uma cara cansada, como a de todos aqui, mas ele também estava preocupado, eu pude ver isso.
- Estamos ficando sem comida.
- Como assim? Trouxemos bastante comida. - Amber estava com perplexa.
- Trouxemos comida para uma semana, e já estamos aqui a quatro dias e se não sairmos daqui logo iremos ficar sem nenhuma comida.
Malia estava muito brava, mas ao mesmo tempo assustada.
- Ótimo. Agora temos duas opções, morrer de fome ou morrer nas mãos de um assassino.
Todos começaram a ficar assustados, Amanda sussurrou algo no ouvido de Leticia e Cecilia trocou olhares preoucupados com alguem que eu não pude ver quem era, todos estavamos a beira da morte.
- Olha só, a partir de agora nós precisamos cuidar para que a comida dure o quanto precisar - Daniel começou a falar com aquele tom que inspirava todos no recinto - Vamos ter refeições mais limitadas, e temos que começar a comer menos vezes por dia, assim poderemos nos salvar por mais algum tempo.
Amber levanntou de sua cadeira furiosa.
- Isso é loucura, a gente não devia estar discutindo sobre comida e sim sobre como vamos sair daqui.
- Você ainda não entendeu? - Eddie estava com um tom irônico - nós não vamos sair daqui, nunca.
- Uma hora alguém vai lembrar que nós existimos, afinal, somos menos de idade. - percebi a esperança nos olhos de Amber mas eu sabia que Eddie estava certo, o assassino cuidou para que ficassemos presos aqui.
- Então deviamos ficar mais preoucupados ainda, o assassino vai fazer de tudo para que quando procurem por nós, acharem corpos e não sobreviventes.
Amber levantou de sua cadeira furiosa, e subiu furiosa mas ninguém falou nada, todos estavam estressados pelo que estava acontecendo.***
Olivia e Mia estavam se esgueirando pelo estacionamento seguindo Valentina que estava já muito bêbada e desacompanhada.
-Mia, eu não sei se quero fazer isso.
-Para de ser uma covarde, eu preciso se você, e vai ser só uma brincadeira.
Olivia estava muito nervosa em relação à "brincadeira" que elas iam fazer com Valentina, Mia tinha planejado tudo. Primeiro elas esperaram até que Valentina estivesse muito bêbada, e então elas seguiriam ela até seu carro, quando ela começasse a dirigir, elas a seguiriam com um carro de um menino que Mia tinha roubado as chaves enquanto ele estava flertando com a Olivia, e quando chegassem a alguma parte em que a estrada estivesse vazia, elas empurrariam o carro de Valetina para fora da estrada, mas é claro, não muito forte, apenas para ela perder sua licença por dirigr bêbada.
Quando perceberam que Valentina tinha entrado em seu carro, elas correram e entraram no que tinham roubado, Olivia abriu a porta do passageiro mas Mia segurou o braço dela antes que pudesse entrar.
- Você tem que dirigir, eu bebi muito, posso acabar matando a gente.
Olivia resmungou mas obedeceu sua amiga, estava muito assustada por ser ela quem provocaria o acidente.
Estavam seguindo o carro de Valentina por um bairro que Olivia nunca havia frequentado.
- Eu sei onde ela mora, ela terá que passar pela estrada que passa pelo parque Tiller Hockei, lá teremos nossa melhor chance.
- Tem certeza de que quer fazer isso? - falou Olivia que estava com as mão tremendo no volante - ela pode se machucar.
- Um arranhão não faz mal a ninguém, agora dirige.
Se passaram quinze minutos, sem que nenhuma das duas falassem algo, mas quando chegaram a estrada Olivia entrou em desespero.
- Eu não sei se posso fazer isso.
- Mas vai ter, ou eu juro Olivia, você vai se arrepender.
Olivia não conseguiu falar nada então observou o carro a sua frente, era um SUV prata que já tinha alguns amassados na traseira e um adesivo com quatro pessoas de mãos dadas, uma mulher, duas crianças e um homem.
-Vai, agora é a hora - Mia estava anciosa.
-Mia, e-eu não sei...
-Faz agora Olivia.
Olivia muito nervosa começou a acelerar até ficar lado a lado com o carro.
- Vira o volante.
- Por favor, não faz isso.
- Você é uma vaca medrosa mesmo. - Mia pareceu nervosa mas mesmo assim pegou no volante e virou ele com tudo, imediatamente o carro foi pro lado e empurrou o SUV para fora da estrada, que desapareceu em meio as árvores. Olivia sem nem mesmo pensar pisou no freio fazendo com que o carro rodopiasse na pista, deixando marcas de pneu enormes por toda a pista.
Quando perceberam que estavam finalmente paradas, Olivia começou a chorar, ela não sabia ao certo por que estava chorando, mas não conseguia parar. Mia que estava tentando parecer calma, mas era visível o medo em seus olhos, tirou o cinto e as duas ficaram ali paradas, sem fazer nada, com o coração a mil por hora, por longos 47 segundos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dollhouse
Mister / Thriller14 jovens, 1 assassino e muitas mentiras. Um ano anos após o desaparecimento de sua amiga Mia , Olivia recebe um estranho convite para o lugar onde sua amiga sumiu , a casa na montanha da família de Mia, quando ela chega logo percebe que não há como...