1, setembro, 1995
Acordei com o corpo exausto, uma dor de cabeça terrível, e pra piorar: ânsia de vômito. Fiquei alguns minutos tentando, talvez, voltar para o meu corpo e me esforçar para entender o que de fato havia acontecido comigo algumas horas atrás. Cheguei até a pensar que aquilo poderia ser mais um dos teste do Justin, mas depois de um momento preferi acreditar que eu realmente estava fodido.
Tentei me mover de alguma forma, mas meus pés estavam presos com algum tipo de aço, meus pulsos estavam doloridos pela força causada por aquelas cordinhas, até imaginei que os mesmos estavam começando a ficar roxos. Já não sabia mais se meus olhos estavam vendados, ou aquele lugar era ridiculamente escuro.Não sentia meus olhos, mal sabia se as pálpebras dos mesmos ainda funcionavam.
Me joguei no chão, foi um estrondo meu corpo cair contra o chão, que acordei alguém naquele lugar.
- Quem está ai? - uma voz feminina surgiu do meio do nada.
- Por que iria confiar minha identidade em alguém desconhecido? - percebi que o pano que estava em minha boca havia sumido.
- Talvez, porque ambos estamos numa fria?
Pensei um pouco, e me lembrei das mãos geladas e brancas me trazerem pra cá.
- O que aconteceu com você, digo, como veio parar aqui? - questionei
- Eu estava numa biblioteca perto de Harvard, lendo sobre felinos para a prova que eu teria semana que vem e...
Um barulho absurdamente alto cortou suas palavras, pude ver uma luz surgindo junto com uma...sombra?
"Ah, claro, só poderia ser o filha da puta que mantém a gente aqui."
Pelo o que consegui enxergar, o cara era alto e forte. Seus passos eram firmes e fazia um eco enorme no lugar.
- Vou levá-los pra comer alguma coisa, caso queiram comer!
"Caso queiram comer? Claro que quero comer, mas vou ficar quieto antes que eu seja envenenado."
A menina que estava ali comigo também não agiu diferente, e o cara virou as costas pra sair, até tinha pensado em dar uma rasteira nele mas obviamente seria perca de tempo pelo simples fato de meu corpo estar 80% imóvel.
Quando ele definitivamente saiu e fechou a porta, eu perguntei o nome da garota antes que ela continuasse o outro assunto.
- Meu nome é Marjorie. E agora? Já pode me dizer o seu?
- Zayn Malik.
- Ah, então você é o moreno gostoso que todas as garotas da faculdade falam tanto?
- Sinceramente? Eu não sei não.
Ela riu. - Como assim, cara? Você é o mais cobiçado até entre os gays e você não sabe?!
- Basicamente, é. Entrei em dois dias, como iria perceber isso? - Claro que eu tinha percebido, mas quem se importava?
- Você é diferente.
- Por que eu seria? - Fez-se um silêncio a partir de então.
"Eu não ficaria ali por muito tempo, não mesmo! Logo eu, Zayn Malik?! Justin não iria conseguir pegar a ruivinha sem mim em Harvard. Tenho que arrumar algum jeito de escapar deste lugar o mais rápido possível. Talvez essa garota..."
- Marjorie? - chamei.
- O que?
- E se a gente planejasse alguma forma de sair daqui?
- Muito difícil, nós não temos visão nenhuma nesse lugar.
- Mas não impossível! Olha, nós dois arruma um jeito de sair daqui e cada um vive sua vida ok?
- Pode ser.
Foi então que eu e Marjorie começamos a conversar sem parar mais, falávamos apenas sobre os planejamentos para escapar dali. Chegamos até a encontrar nossos corpos no meio daquela escuridão toda, e dia após dia tentávamos desamarrar as cordas de nossos pulsos. Já até sabíamos o horário que vinha gente olhar a gente e a hora que ficávamos sozinhos.
10, setembro, 1995
Passaram-se nove dias desde quando fui sequestrado por alguém que provavelmente me odeia muito, só não sei quem. Desde então, uma desconhecida de Harvard abriu a boca pra falar comigo quando percebi a merda em que estava metido. Fui grosso com ela no início como sempre, mas depois que percebi que ela foi parar ali da mesma forma que eu, decidi ser menos frio com ela.
Um cara, musculoso, cheio de tatuagens no braço esquerdo vivia indo e vindo para o inferninho que estávamos passando dias. Eu realmente não queria comer daquela comida, mas ele continuava indo lá oferecer algo pra comer.
Marjorie, a garota que conheci ali, estava dentro do plano pra escapar dali. Desde então, eu e ela conseguimos encontrar onde um estava e então ficamos sentados um recostado no outro. Ela tinha unhas afiadas, então ela quem tinha que começar com o segundo plano: arrebentas as cordinhas dos pulsos.
Então dia a dia ela tentava algo com aquelas unhas enormes, e até que estava funcionando. Já podia sentir as cordas pouco a pouco serem arrebentadas. O cara musculoso parecia ser muito burro pra não perceber nada, primeiro que eu estava bem longe da Marjorie, e outra, como encontraria ela no meio da escuridão?
Porém, tudo seguia muito bem. Mas sinto que não seria assim por muito tempo.
19:30
- Jack? - chamei após ele ter verificado o cativeiro de Zayn e Marjorie.
- Diga senhorita.
- Como andam os dois lá dentro?
- Da mesma forma como deixamos desde o dia primeiro.
- Ainda rejeitando a comida?
- Sim senhora.
Fiquei pensando comigo, Jack já vacilou uma vez comigo e eu não deixaria que ele deixasse meus reféns escapar novamente. Não estou aqui para brincadeira!
22:50
Vou me foder de novo, mas quem sou eu para deixar aquela ruivinha filha da puta encostar no meu único irmão? Já sei como evitar isso, amanhã mesmo eu vou resolver essa porrinha toda.
AI GENTE SOCORRO, ESCREVI MUITO POUCO I'M SORRY, MAS LEIAM E COMENTEM MUITO SEUS LINDOS. TIA TAI AMA VOCÊS.
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Convict
Fiksi RemajaZayn Malik, um garoto reservado e ao mesmo tempo falado por todos. Ninguém sabe do seu maior segredo, e ele não espera o que tem por vir, que com toda certeza está muito próximo. Como será que ele vai reagir?