P.S.: Eu Te Amo (Livro 2) [H.S]

Capítulo 3

Liam: E eu quero outra radiografia da coluna cervical. - Disse, ao seu assistente.

Assistente: Outra? - Perguntou, exasperado.

Liam: Não questione, apenas obedeça. - Disse, duro. - Eleanor já chegou?

Assistente: Não, senhor. A contatamos, ela ficou de dar sua resposta o mais rápido possível. - Respondeu.

Melanie: Como ele está? - Perguntou, na mesma hora.

Liam: Na mesma. - Disse, dispensando o assistente. - Você precisa se acalmar. Sophia me disse do bebê.

Melanie: Eu não tenho certeza. - Disse, quieta.

Liam: Vai fazer o exame? - Perguntou, observando-a.

Melanie: Assim que ele estiver bem. - Encerrou.

Liam: Você deveria ir pra casa. Ficar aqui não vai resolver; ele provavelmente não vai acordar tão cedo, e você não pode vê-lo. - Explicou.

Melanie: Não vou sair. Não até vê-lo, não até que fale comigo. - Disse, em tom definitivo.

Jace: Não adianta, eu já tentei. - Disse a Liam, largado em uma cadeira da recepção.

Melanie: Por tudo que é de mais sagrado, eu preciso vê-lo, Liam. Por tudo o que mais ama, eu estou implorando. - E ela caiu de joelhos, os soluços vindo de seu rosto.

Sophia: Liam... deixe que ela veja. - Ela viu a relutância no olhar do marido, enquanto Jace tentava levantar Melanie - Eu sei que não é bom, mas ela vai morrer se continuar aqui. Deixe que o veja, nem que poucos minutos. Eu estou pedindo, meu amor. - Pediu, séria.

Jace: Melanie, levante! - Pediu, tentando puxá-la pelo braço.

Melanie: Não! Liam, por favor... - Pediu, com a voz partida de choro e cansaço. Liam a observou por um instante, em uma radical duvida. Sophia apertou a mão dele, insistindo em seu pedido, e ele suspirou.

Liam: Tudo bem. - Disse, sem alegria na voz.

Mas o sol foi gentil
Enquanto eu escrevia esta canção...

Enquanto isso, na UTI... A vida de Harry passava diante dos seus olhos. Ele era um menino, e gostava porque tinha brinquedos melhores que os outros. Fora pro colegial, e se lembrou de não ter estudado muito, era genial, só bastava ler um texto uma vez e o gravava. O pai o adorava. Passou no vestibular, e ganhou uma Ferrari preta. Quase explodira de felicidade. A faculdade era maravilhosa: professores fáceis de dobrar, garotas fáceis de pegar, todas as portas pareciam se abrir pra ele. A faculdade acabou, e ele conheceu Niall. Juntos começaram um negocio do nada, dois adolescentes em busca de aventuras. Mas Niall era brilhante, sempre foi. Harry passou a se interessar pela coisa, e foi dando certo... Então, como um raio de luz que aparece na escuridão, ela chegou. Loura, teimosa, e linda. Quatro meses depois ele estava parado em um altar, o coração palpitando nervoso quando ela entrou, tão linda que poderia ter sido um anjo entrando na igreja. Ela era sua, e ele nunca fora tão feliz. Dentro de pouco tempo, ele a perdera, e aprendeu o significado de infelicidade.

As memórias vagaram por 4 anos vagos, vazios, que apenas existiram porque não havia como parar o tempo... Então ele voltara. Ganhara um ano, e prometera a si mesmo que iria reconquistá-la, mesmo com um tempo tão pequeno pra um erro tão grande e idiota. Um ano... Sexo, brigas, sexo, brigas, um bebê perdido, uma tristeza que ele nunca havia sentido, então brigas, e sexo, e brigas... Então o ano acabou. Ele a amava mais que nunca, mas tinha de lhe dar o direito da escolha. Partira de Londres deixando seu coração debaixo do travesseiro dela. Uma vez longe dela, descobriu que era insuportável. Ele queria telefonar, queria voltar, ainda que só houvessem passado horas. Então, no sexto dia, Perrie o procurou. Estava séria. Séria demais.