Capítulo 4 - Sobre a volta de Marina

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Lucy Hale como Carla na mídia acima.

Isabela, o sol já nasceu na fazendinha... — cantaralou Marina, em um tom bem alto, e eu rapidamente dei um pulo da cama assustada.

— O quê? O que aconteceu? — gritei e a Marina caiu na gargalhada.

Meu Deus.

Mantenha a calma, Isabela. Respira.

— Você tinha que ver a cara que você fez — disse Marina, ainda gargalhando.

— Que susto, Marina. Você está maluca? — falei e a mesma continuava rindo.

Não deixei barato. Peguei meu travesseiro e joguei na direção da garota, mas ela foi mais rápida e conseguiu se desviar.

— Ah, eu quero dormir! — choraminguei.

— Bela, está quase na hora do almoço e olha como o dia está lindo! — falou Marina, abrindo a cortina da minha janela.

Quando olhou pela janela, a expressão animada da minha prima rapidamente mudou. Ela encarava estranhamente o vidro, um pouco pensativa.

— O que foi? — perguntei, arqueando a sobrancelha.

— Seu vizinho.

— O que tem meu vizinho? Se apaixonou por ele?

— Não, Bela. Eu conheço seu vizinho, ele estuda na minha escola — disse se aproximando. — Vitor Santori, um dos populares idiotas.

— Populares idiotas? — perguntei, arqueando a sobrancelha. — Me senti em um filme clichê americano agora.

— Vitor e os amiguinhos dele são uns idiotas. Eles nos chamam de Caretas! — contou, parecendo irritada. — Às vezes dar vontade de bater neles, mas como sou uma garota fina e educada eu me controlo.

Marina estava séria, mas eu não consegui controlar o riso.

— Fina e educada? — perguntei rindo e ela revirou os olhos.

— Você é uma chata! — falou ela, fazendo uma careta. — Voltando ao assunto... Vitor é muito bonito, mas o que tem de bonito, tem de idiota. Não sabia que ele era seu vizinho.

Assenti. A verdade era que a maioria dos garotos populares tinha fama de idiota.

— Estou com fome — comentei aleatoriamente e Marina riu.

— E quando não está? Vá tomar banho para irmos comer. A tia Clara disse que o almoço já está pronto e pediu para eu te chamar, já que você é uma preguiçosa que dorme até tarde e não toma café da manhã — falou, saindo do meu quarto.

Após tomar um banho e vestir uma roupa confortável, desci as escadas e encontrei os meus pais e Marina já me esperando para começarmos a comer.

— Bom dia, família! — falei quando me sentei à mesa.

— É boa tarde, querida — corrigiu o meu pai.

— Nunca vi uma pessoa para dormir tanto como você, Bela — disse a minha mãe enquanto colocava suco em seu copo.

— Ela parece um panda. Só vive dormindo e comendo — falou Marina e meus pais riram.

— Concordo com você — respondeu a mamãe e eu fingi estar indignada.

— Ei, te chamarei de “pandinha” agora.

— Nem começa, Marina! — falei e ela riu.

— Pandinha!

Os Sonhos de Deus (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora