Capítulo 6 - Sobre o estranho encontro na sorveteria

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Isabela

Assim que cheguei da escola, fui para o meu quarto e tomei um banho. Vesti um vestido florido, amarrei meus cabelos e desci para almoçar.

— Cadê a mamãe? — perguntei, sentando a mesa junto com o meu pai, que havia acabado de chegar do intervalo de almoço.

— Foi para uma entrevista de emprego — respondeu ele.

Durante o almoço, meu pai perguntou sobre meu primeiro dia de aula na nova escola e eu o contei. Depois do almoço, fui para o meu quarto e decidi ler um pouco a Bíblia. Abri em Eclesiastes 3.1 que dizia:

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.”

Comecei a meditar naquela palavra. Nós temos que esperar mais em Deus, pois às vezes acabamos fazendo as coisas “às pressas” e esquecemos do tempo e da vontade de Deus. Temos que confiar e esperar nEle, pois Deus tem o melhor para nossas vidas.

Peguei meu violão e comecei a tocar e cantar:

Há um tempo, um caminho
Estrada de espinhos quem suportará?
Há um sonho, uma promessa
O homem tem pressa não sabe esperar

Entre a promessa e o encontro,
Eu não estou pronto tenho que aprender
Deus vem na hora certa
Ele se erguerá pra abrir os portões

O tempo de Deus não é o meu tempo,
E livre o vento vai sempre soprar
Mesmo que demore e os meus olhos chorem,
O tempo de Deus pra mim vai chegar

Assim que terminei o devocional, fui mexer um pouco no meu notebook. O Nathan estava online, ele enviou uma chamada de vídeo para mim e eu aceitei. Logo Nathan e Anna apareceram na tela, ambos sorrindo.

— Baixinha! — gritou Anna.

— Aninha! — falei no mesmo tom que ela e o Nathan começou a rir da gente.

— Vocês são loucas! — falou ainda rindo.

— Oi para você também, Nathan.

— Oi, pequena, como você está? — perguntou ele.

— Bem, só com saudades de vocês.

— Own, nós também estamos com saudades de você, Isa! — disse Anna. — Você está gostando de morar aí?

—  Sim, já fiz algumas amizades e estou estudando na mesma escola da Marina, minha prima.

— Como está a Marina? — perguntou Nathan.

— Maluca como sempre, mas bem. Inclusive, ela voltou para a igreja.

— Que legal! Fala pra ela que ficamos muito felizes com a noticia — disse Anna.

— Mas e vocês? Nem falaram esses dias comigo! — falei e a Anna sorriu, um pouco sem graça.

— Nem reclama, você também nem falou com a gente — respondeu Anna. — Isa, tenho que ir, pois tenho aula de piano agora.

— E eu tenho que fazer um trabalho da escola — disse Nathan.

— Mas já? Tudo bem, eu vou sair um pouco também, mas quando quiserem podem falar comigo!

— Tchau. A gente se fala depois por mensagem. Beijos e, mais uma vez, não se esquece de mim, hein? — falou Anna e eu ri.

— Pode deixar, Anna, não esquecerei. Beijos! — respondi.

— Tchau, pequena, juízo. Qualquer coisa, é só falar comigo, sabe que pode contar sempre comigo! — falou Nathan e eu assenti.

— Tchau, Nathan. Pode contar comigo também. Fiquem com Deus, amo vocês!

Os Sonhos de Deus (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora