Capítulo 8

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O dia estava cinza e chovendo, estava frio.
Assim que acordei, sai da casa de Vitor. Precisava de passar um tempo sozinha, eu gostava. 

Entrei em casa vesti uma calça jeans, e um moletom cinza (que tem uma estampa de floresta de pinheiros, a noite, com uma lua cheia e estrelada), uma touca e o meu all star de cano médio preto, e sai ouvindo música com o meus fones para um café, que eu e meu pai sempre íamos, á dois quarteirões da minha casa.

Sentei um mesa perto da janela e pedi um cappuccino de chocolate com pedaços de marshmallows, panquecas americanas de nutella com morango e um donuts. 

Eu adoro esse lugar, é bom para ir quando se quer silêncio. Só da para ouvir os barulhos das xícaras e dos pratos, da chuva e o sininho que sempre toca quando uma pessoa entra pela a porta.

Enquanto não chegava meu pedido, fiquei observando a chuva e revivendo lembranças.

flash back on

" - Chegamos! O que vai querer, filha?

   - Posso pedir o que eu quiser? 

   - Pode

   Olhava a bancada atentamente, parecia tudo tão delicioso, um monte de doces coloridos, o sonho de toda criança.

 - Tudo

- Eu vou querer um cappuccino de chocolate com pedaços de marshmallows e outro de chocolate com gotas de chocolate, uma torta alemã e um donuts por favor

- Você pediu tudo?  Papai eu quero tudo

- Pedi tudo que cabe na sua barriga- falava com um sorriso no rosto, sempre estava com um sorriso 

- Isso é injusto, você falou que eu podia pedir o que quisesse

- Você pode, mas não vou ter como pagar

Sentamos perto da janela e ele brincava comigo enquanto  esperávamos a comida ficar pronta, até que alguns militares chegaram e queriam falar com meu pai

- Filha, espera um segundo- O sorriso já não estava mais lá

- Aonde você vai? 

Fiquei esperando na mesa por alguns minutos

- Vamos Alice

- Para aonde? E a comida? 

- Vamos

- Mas papai... "

flash back off 

Garçonete: - Seu pedido

Eu: - Obrigada

Terminei de comer as panquecas e o donuts, paguei a conta e fui em bora tomando o cappuccino. 

Eu andava pela chuva mesmo, eu gostava.

Quando eu cheguei em casa a porta estava aberta, estranhei e entrei discretamente. Vitor e Jasse estavam nó meu sofá com o telefone na mão.

Eu: - O que vocês estão fazendo aqui?!

Jasse: - Ali! Grassas a Deus você tá aqui- Falou me abraçando, em seguida Vitor me abraçou também- Por que você ta molhada? Ou melhor encharcada

Eu: - Porque ta chovendo talvez, oque vocês estão fazendo aqui, eu não to entendendo nada!

Vitor: - É porque você desapareceu da minha casa do nada, nem me falou ou deixou um bilhetinho falando para aonde ia, dai fui bater na sua porta mas ninguém atendia então entrei e não vi ninguém, então fiquei preocupado. Aonde você tava? Eu até tava ligando para policia e o Jasse tava ligando para Becca, alias daqui a pouco ela já deve estar chegando. Vocês tem que parar de fazer isso comigo. 

Vitor é a pessoa mais preocupada do mundo. Se tem um desconhecido machucado ou chorando ele vai ficar preocupado, perguntar o que aconteceu e tentar ajuda- lo. Isso é até fofo, mas cansa as vezes. 

Eu:- Queria ficar sozinha por um tempo, então fui para o café... - Eles olharam tristes, eles sabiam da história  da importância que  aquele lugar tinha para mim- Parem de me olhar desse jeito, okay? É só uma cafeteria - Mentira, falei quase chorando

Jasse me abraçou e daí que soltei a cachoeira que escorria pelo meus olhos. Droga! 

Depois que o drama todo passou, Becca chegou e explicamos tudo para ela. Os meninos foram em bora e Becca ficou aqui em casa, porque depois de eu tomar banho,nós íamos ir no cinema. 

Vimos o filme Nerve e daí Becca ficou com a necessidade de brincar de verdade ou consequência no shopping.

Becca: - Vamos por favorzinhooo 

Eu: - Ah, tá

Becca: - Ali, verdade ou consequência?

Eu: -Consequência 

Becca: - Ok deixa eu pensar ... hmmm, joga chantili na cara daquele guarda 

Eu: - Aonde que eu vou arranjar chantili?

Becca: - Sei lá, se vira

Eu: - Okay.... 

Fui ate uma confeitaria que tinha dentro do shopping, e coloquei chantili em um prato. Fui andando até o guarda, e, meu deus o que eu to fazendo da vida? Joguei na cara dele e sai correndo. 

AAAAHHHH EU VOU SER PRESA, ELE TA CORRENDO ATRÁS DE MIM SOCORRO. 

Corri o mais rápido possível e entrei no banheiro feminino e fiquei lá por um tempo. Sai e Becca estava no mesmo lugar, rindo.

Eu: - Pronto, satisfeita?

Becca: - kkkkkk. Você foi hilária kkkk aiai

Eu: - Obrigado, obrigado kkk então, verdade ou consequência?

Becca: - Verdade

Eu: - O que que rolo entre você e o Vitor?

Becca: - Eu falei verdade? Era para falar consequência hehe

Eu: - Ok. Eu te desafio a você me contar o que eu te perguntei

Becca: - Aaahhh assim não vale, cansei de brincar

Eu: - Para de ser infantil e me conta

Becca: - Eu tenho uma quedinha pelo Vitor sim, mas na festa a gente estava muito bêbados, eu não sabia nem mais meu nome, eu nem lembro de como aconteceu e sei lá aconteceu, mas ele nem deve sentir nada por mim mesmo.

Eu: - Acho que ele sente sim, agora vamos para casa.

Becca: - Ok

Becca foi para sua casa e eu para minha. Desenhei um pouco e fui dormir.

Ele estava lá, no meio do campo, me esperando e quando me viu, se agachou, abriu os braços e um sorriso surgiu em seu no rosto.

Eu corri, corri para seus braços, como era bom sentir a sensação outra vez. Ficamos assim por um bom tempo, abraçados, na grama verde e com o Sol nos aquecendo.

Eu: - Senti sua falta, Pai.

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 O capítulo foi meio depre, mas ficou bonitinho :3 

votem e comentem se gostaram e tchauu 


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