Olá...
Vim pedir um favorzinho importante: Quem leu na Amazon, poderia dar as estrelinhas e comentar? Isso é muito importante para o escritor...
Obrigada... de nada...
Vamos a mais um capítulo?
***
Meu apartamento é o meu refúgio. Aqui sinto-me protegida do mundo. É pequeno, com apenas dois quartos, mas bem aconchegante. Localizado na Barra na Tijuca, à beira mar, em frente ao paraíso. Ter a oportunidade de tomar café da manhã com essa vista é um privilégio. Nos dias em que o mundo está pesando nas minhas costas ou quando acho que alguma coisa não tem solução, olho para o mar e percebo que para Deus não há limites. Olhar o infinito renova minhas forças.
Depois de uma semana exaustiva de organização, sento-me no sofá, ainda de pijama e com uma caneca de café na mão, olho as pastas que tenho que examinar. Venho adiando esse momento há dias. Não sei por que, mas pressinto algo. E incomoda-me não saber o que é. Ouço três batidas e logo Lorena coloca seu rostinho de anjo na porta.
— Bom dia, Lê – é a pessoa mais bem-humorada que conheço.
— Bom dia, Lolo. Que sacolas são essas? – pergunto curiosa.
— Nada demais, apenas umas comidinhas e uns docinhos para nos alegrar nesse final de semana de trabalho.
Lorena é uma moça linda. Baixinha invocada, cabelo liso, cortado estilo Chanel, pele branquinha como a neve e grandes olhos castanhos, tornando-a uma verdadeira boneca. Ela é daquelas pessoas que amam todo mundo, não vê o lado negativo de nada e nem de ninguém, acho que foi isso que me conquistou. Sem ao menos me conhecer, abriu os braços como se já me conhecesse a vida inteira.
Desde que cheguei aqui, ela e sua mãe me acolheram como se eu fosse da família. Ela tem a chave do meu apartamento, a única pessoa a quem confiaria isso. Há pouco tempo, ela terminou um relacionamento conturbado com um ser idiota. Desde então, ela tem se refugiado no trabalho. A Vitrine veio em boa hora, segundo ela, que se ofereceu para me ajudar com o evento.
Enquanto ela desempacota nosso arsenal alimentício, abro a primeira pasta que é do bendito sheik. Entrego a foto a ela e leio as anotações:
— Hassan Mohamed Aziz Bashir. Quarenta e cinco anos, casado, oito esposas, doze filhos e dez netos. Seu patrimônio está avaliado em vinte e cinco bilhões de dólares. Investe em todos os ramos que desponta, de hotéis a clubes de futebol. Seus hobbies – olho para Lolo e pergunto: — Fazer filho? Procurar outra esposa para o harém?
Ela ri e fala mordazmente:
— Realmente o dinheiro é tudo nessa vida! Um homem baixinho, gordo e que usa vestido. Não deve ser grande coisa na cama.
Reviro os olhos e faço a minha análise:
— Pela austeridade em seu rosto, posso dizer que sorrir não é algo que ele faça. Não deve ter tempo para os filhos, somente para fazê-los. Número de esposa é status. Ele não negocia com mulher, acha que fomos feitas somente para dar prazer... e filhos. Isso é algo cultural, mas a globalização e a independência da mulher moderna não são agradáveis para ele. É do tipo que não se importa com os riscos, desde que tenha uma boa chance de retorno.
Lolo olha-me de boca aberta.
— O que foi, criatura? – pergunto.
— Você me assusta com essas coisas. Olha uma foto e lê duas linhas sobre a pessoa e já a descreve. Você é estranha, sabe disso, não é?
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A Vitrine - 2ª Edição (Degustação)
Roman d'amourO que você faria se fosse o bem que os homens mais ricos do mundo desejassem, a ponto de apostarem dez milhões de dólares? Considerada uma das executivas mais importantes pelas revistas de negócios, Letícia é convidada a apresentar "A Vitrine...