1.3| Let me whisper in your ear

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POV DYLAN

Eu não acredito que quase passei dos limites. Eu não sei o que deu em mim, de repente Lizza bateu na porta e eu acordei. Minha garganta até arde só de imaginar o que iria acontecer naquele quarto se ela não tivesse chegado e estragado tudo. Não que eu estivesse com medo ou fosse virgem, só... Não acho que devemos fazer esse tipo de coisa. Não deveríamos estar nem no mesmo lugar.

E estou começando à achar que não mesmo. Pois, se apenas com uma insinuação dela eu já fiquei assim, se ela me provocar eu acabo com ela na mesma hora.

Enfim, eu arrumei o cabelo e sai do quarto sem nem mesmo esperar uma resposta dela. Até porque, dependendo do tipo de resposta, eu iria acabar fazendo besteira novamente. Fui para sala e a encontrei da exata maneira: os sofás afastados e a mesa de centro também, um pote enorme de pipoca no colo de Julian e copos de refrigerantes no chão, junto com todos que formavam uma roda. Me aproximei e me sentei ao lado de Julian.

- Lari não vai jogar? - Devin perguntou.

- Sei lá. - dei de ombros.

- Credo. - Ester riu fraco.

- O que vocês estavam fazendo lá no quarto? - Vany perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.

- Bebês. - Sean disse e todos riram.

- Que idiota... - resmunguei.

- Pessoal. - Lizza chamou e nós a olhamos, ela olhava com o cenho franzido para o celular. - Sabe o Félix Biernat?

- Começou... - Devin revirou os olhos.

- O que tem? - perguntei.

- Ele curtiu a nossa foto. - contou. - Assim, ele até canta bem, dança e tais mas... Ele é idiota

- Concordo. - disse Nathy.

- Oh, tadinho. - Julian riu fraco.

- New District deu sorte de encontrar você. - Ester disse olhando para Julian.

- Cheguei. - Lari anunciou e se sentou ao meu lado.

O cheiro doce de seu perfume me fez recordar de alguns minutos atrás, quando aquilo era tudo o que eu respirava e ela era perfeita. Só de imaginar que eu quase a tive em meus braços de verdade...

Eu preciso parar com esse tipo de pensamento.

POV LARISSA

Todos me olhavam de uma forma estranha. Obviamente, Monalizza já deve ter aberto o bocão e contado para todos que eu estava trancada no quarto com Dylan. Isso foi um micão. Me sentei ao lado de Dylan, pois era o único lugar vazio e todos continuaram a me encarar.

- O que é isso no seu pescoço? - Vany perguntou.

- O que? - pus a mão no pescoço, confusa.

- Essa mancha roxa ai. - Tete apontou para o local.

- Não tem nada aqui não, eu hein. - estava nervosa, pois sabia que deveria ser a marca de um chupão de Dylan.

- Claro que tem. - Dylan disse sereno e afastou minha mão do local, em seguida deslizou a ponta dos dedos pelo local me causando, novamente, um arrepio inevitável.- Bem aqui.

- Ah sim... Um mosquito me mordeu e eu cocei, deve ser isso. - empurrei a mão dele e sorri forçado.

- Tem certeza? - Jaden perguntou.

- É, porque, sei lá... Isso parece marca de chupão ou... - Sean começou.

- ...será que dá para começar logo com o jogo? - interrompi.

- Ok, eu começo. - Nathy se prontificou.

Finalmente, Nathy girou a garrafa. Eu já estava começando à me sentir frustrada com aquela situação. Se todos soubessem que eu e Dylan acabamos de quase transar, seria uma vergonha eterna. Todos iriam caçoar de nos ou pior, iriam achar que realmente temos algo.

A garrafa parou. Sean para Julian.

- Verdade ou desafio? - Sean sorria maléfico.

- Verdade. - Julian escolheu.

- Verdade que você está paquerando a Tete? - Sean perguntou e Ester e Julian ficaram vermelhos.

- Que? Eu acabei de conhecê-la. - ele riu fraco. - Hum... Eu giro. - ele girou a garrafa.

Jaden para Chris.

- Desafio, babacão. - ela cruzou os braços.

- Te desafio à escolher um casal para se beijar. - ele sorriu.

- Larissa e Dylan. - ela nos olhou.

- Que? - eu e Dylan dissemos juntos, em um uníssono.

- Beijo, agora. - ela mordeu o canto da boca. - Isso, querido Dylan, se você não quiser beijar a dona Elisabeth.

Dona Elisabeth é uma velha desdentada do andar inferior. Simplesmente, rabugenta.

- Argh...- ele resmungou.

Dylan se levantou e estendeu a mão para mim, sem nem mesmo pensar, eu a agarrei e quando vi já estava de pé. De frente para Dylan. Ele olhava firme em meus olhos, e eu senti minhas pernas bambearem. Ele agarrou-me pela cintura e pela nuca e aproximou nossos corpos.

Nossos rostos nunca estiveram tão próximos. Nossas respirações se misturaram e eu sentia meu coração falhar gradativamente. E tudo só ficou pior, ou melhor, quando senti seus lábios macios tocarem os meus em um beijo suave. Subi minhas mãos até sua nuca e meus dedos mergulharam naqueles cachos macios novamente.

Sua língua pediu passagem entre meus lábios e eu prontamente cedi. Ambas dançavam ritmicamente, em sintonia, causando choques e arrepios em todo o meu corpo. Cada movimento era uma coisa nova. Eu sentia as borboletas que senti hoje cedo voltarem à levantar vôo e se multiplicarem casa vez mais. Era incrível como apenas ele conseguia fazer aquilo comigo. E eu sabia que por mais que fosse bom, eu precisava parar com aquilo. Então o empurrei e olhei para o chão respirando fundo.

- Eles beijaram mesmo! - Chris ria.

- Não quero mais brincar. - coloquei uma mexa de cabelo para trás, me virei e segui para meu quarto.

- Lari... - Dylan chamou antes de eu bater a porta.

Girei a chave na fechadura e me encostei na porta, olhando para o teto e tentando entender porque aquilo estava acontecendo justo comigo. Passei o polegar pelo lábio inferior e me peguei sorrindo ao lembrar das sensações que ele me causava. Eu estava sem ar, por mais que eu respirasse cada vez mais rápido, meus pulmões se recusavam à aceitar o oxigênio. Tudo parecia rodar, acho que vou desmaiar... Isso só acontece quando alguém...















































































Se apaixona?

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