10°Capítulo

124 11 0
                                    

(VIOLLET)

Entramos em casa juntos, as luzes estávam todas apagadas, a única claridade vinha das luzes da rua e isso só poderia indicar que minha mãe ainda estava no trabalho.
-Dylan...- virei me para olhar em seus olhos- Vai procurando um filme- apontei para a caixa em cima da tv- Eu vou ligar para minha mãe e dizer que você está aqui.
-Ela já não deveria estar em casa?- perguntou preocupado, que fofo gente, ele se preocupa com minha mãe *-*- Já passa das 10 horas.
-O trabalho dela não tem uns horários muito certos- sorri subindo as escadas até meu quarto.
Eu suspeitava que era um outro motivo para que ela chegasse em horários irregulares, mas nunca perguntei à ela se tinha mesmo algum homem que ela estava saindo, como suspeitava.
Agarrei o celular na escrivaninha e disquei o número da minha mãe.

"Viollet?" - senti preocupação em sua voz.

"Hey, mãe..."

"Aconteceu alguma coisa filha? Você quase nunca liga."

"Ah não... Só liguei para avisar que o Dylan está aqui, vamos ver um filme."

"O garoto bonito que você da aula?"

"Aah... É..." afirmei um pouco sem jeito.

"Querida, lembre-se de usar proteção"

"Mãe! Eu não faço essas coisas" gritei em estado de choque.

"Ainda sou muito nova para virar avó"

"Mãe, nós somos só amigos. Amigos" - enfatizei a última palavra.

"Querida, estava brincando com você" - pude sentir seu riso do outro lado da linha.

"Tudo bem, mãe...

"Querida, preciso desligar"

"Okays, até depois" - encerro a ligação.

Volto para a sala e encontro Dylan sentado no sofá com o meu notebook no colo.
-Uai, não pegou nenhum filme da caixa?
-Anjo, não me leve a mal mas eu não estou a fim de ver filme das fadinhas.
Abri um sorriso.
-Eu não costumo ver muitos filmes em casa e essas fadinhas são as Winx, eu gostava muito desse desenho, para a sua informação.
-Bom, eu não vou ver isso- abriu um sorriso.
-E o que vamos ver?
-Ainda não decidi.- disse sem desgrudar os olhos da tela.- Vih, você pode fazer pipoca?
-Dylan eu não sou sua empregada e você acabou de voltar de uma lanchonete.
-E daí? Eu ainda tô com fome- fez uma cara de gato de botas- Por favoooooooor...
-Ah, tá bem, eu faço- levantei me sem aguentar mais escutar seu coro de "Os".- Mas vê se escolhe um filme bom.
-Pode deixar comigo, princesa.- piscou.
Fiz uma baciada de pipoca e voltei com um punhado na boca.
-Já está pronto?- perguntou salivando e tomando a bacia de meus braços.
-Ei...- reclamei- para sua informação eu não fiz isso tudo só para você.
-Senta aqui Viollet- deu uns tapinhas no espaço ao seu lado do sofá.- A gente reparte.
-Claro. Você não pensou em comer sozinho, né?- sentei me lotando minha mão de comida- Então, o que vamos ver?
- A órfã - responde.
Oh Deus, por que terror? Com tantos filmes bons ele vai esconder um desse gênero.
-Logo esse?! Eu morro de medo!- respirei lentamente. Com certeza ia ter uma longa noite.
Não passou nem vinte minutos  de filme que eu já estava agarrado no braço de Dylan como se minha vida dependesse disso. Me senti  mal por fazer isso, mas eu realmente estava assustada.
Enterrei meu rosto entre as costelas de Dylan e o sofá, não queria mais ver aquilo, até o som da música de fundo me dava arrepios. Dylan passou os braços em volta de mim me puxando para mais perto fazendo-me sentir um pouco melhor.
Não queria abrir os olhos, sempre que abria algo de ruim acontecia, então os mantia fachados para meu próprio bem.
Contava o tempo em minha cabeça para manter me distraída, mas em certo momento minha mente começou a falhar e comecei a pular alguns algarismos. Tudo foi ficando quieto, até mesmo os gritos da protagonista no filme tinham parado, então por fim adormeci, com braços fortes me puxando para mais perto.

A nerd e o PopularOnde histórias criam vida. Descubra agora