Luxuria

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    "Na noite mais escura, eu vou
Te procurar no meio da multidão
Seu rosto é tudo o que vejo
Eu vou te dar tudo
Querida, me ame com as luzes apagadas
Querida, me ame com as luzes apagadas" 🌟Xo- John Mayer

"Anne" Quem era Anne afinal? A menina que deixará para trás ha anos ou a cantora problemática que agora temia fazer o que mais amava na vida?

Talvez naquele caminho, naquela transição de uma para outra, houvesse perdido as duas...

  Todos aplaudiram minha apresentação e eu corri para longe daquele palco, quase escorregando no barro ainda molhado, não haveria de saber o que me acontecia, por que sentimentos me invadiam com tanta intensidade, nunca fora alguém assim, nunca me deixei perder a razão por um pulsar mais forte no coração.

   De longe eu vi seus olhos e os aprecei com encanto, ele me fitou com um tímido sorriso, sempre tão tímido, todavia ele já não era mais meu, uma morena pulou em seus braços com paixão, não pude ver seu rosto, ela ficará de costas para mim, fora melhor, estávamos no lugar que sempre havíamos desejado.

-Você foi incrível. Ceci gritou em meu ouvido, de certo ela já não estava sóbria, o sorriso meio abobalhado nos lábios me provava isto.

-Obrigada. -Meus olhos foram de busca aos seus, ele já não estava mais lá, então se desviaram para Ceci- Podemos ir embora?

    Porque nunca escutava minha intuição? Sabia que está ali seria uma péssima ideia.

-Apenas mais alguns minutos Anne... Para de ser careta. Resmungou e logo envolvesse no enlace de um moreno que a todo o momento a xavecava, eu me odiava por nunca saber como negar.

***

     Segundo dia de volta ao lar, eu continuava no cubículo de Ceci, me sentia melhor assim, ao menos ali sempre teria a companhia de minha prima tagarela sem ter de abrir mão de minha privacidade.

  Quando o dia nasceu, Rafael se arrumava sozinho para ir à escola, eu olhei para Ceci ao outro lado da cama.

  Bem, ela não tinha condições alguma de acompanhar o filho, estava totalmente apagada e previa que acordaria com uma ressaca e tanta, quando Ceci disse alguns copos de tequila ela não estava brincando.

-O que acha de leva-lo até a escola hoje? Diferente da mãe, o menino era arredio, não era muito amigável, ele apenas deu de ombros e voltou a se concentrar em amarrar o cadarço dos sapatos.

    O café da manhã fora passado em poucas palavras, Rafael resmungava sobre a mãe não ter o arrumado para ir á escola, algo que incomodará muito vovó e vovô, eles tinham grande desgosto pela falta de maturidade de Ceci, tia Débora havia saído cedo, ela teria grande trabalho com as encomendas do casamento de Mike e Sophia, pela correria de tia Débora para apronta-las, deduzi que a data estava próxima.

   Rafael e eu caminhamos de mãos dadas pela rua de barro, no caminho até escola, parei em uma pequena barraquinha de doces para lhe comprar algumas balas, fazendo-o me garantir que só as comeria no intervalo, algo que me renderá alguns pontos com o menino de poucas palavras, ao menos havia ganhado um enorme sorriso.

   A pequena escola havia de ter crescido ao menos uma sala, algo bom para vila, que tinha um numero de crianças cada vez maior, elas necessitavam de espaço e materiais de qualidade, ao menos o espaço eu sabia que agora eles tinham.

-Eu mereço um beijo? Tentei e por fim o menino havia me dado uma brecha, eu me abaixei um pouco para que ficássemos em uma altura propicia e então ele beijou minha bochecha e correu para dentro da pequena construção.

Style- Amor á Meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora