O QUE ACONTECE EM VEGAS, NEM SEMPRE FICA EM VEGAS...

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Depois de horas de voo e alguns cochilos, chegamos ao aeroporto da cidade do pecado, quando pegamos nossas bagagens na esteira já tinha uma comitiva da agência nos esperando em duas vans para nós levar para o hotel.   O caminho não foi tão longo, mas pude admirar a paisagem, olhar em volta e tirar muitas fotos da janela da van, até que chegamos em frente a um hotel muito chique e todo iluminado com letreiros piscando e tudo.

Descemos da van e pegamos nossa bagagem enquanto a coordenadora Joice e a professora Karen iam até a recepção fazer o nosso Check-in, infelizmente descobri que ficariam quatro meninas em cada quarto e para a minha total desgraça a Rafaela estava entre as minhas colegas, se não bastasse isso,  também tinha sua melhor amiga Rebecca que conseguia ser a cópia exata da Rafaela, graças á Deus que a Gabi ficou comigo, caso contrário eu ficaria louca durante essa viagem na companhia daquelas duas no mesmo quarto.

Quando enfim entramos no nosso quarto, eu fiquei surpresa com o tamanho, tinha duas camas king size, bem grandes uma mesinha com televisão e frigobar, grandes janelas de vidro que proporcionava uma bela vista da cidade e ainda uma banheira bem grande. Porém todo esse luxo vinha com uma bagagem extra difícil de carregar, não seria nada fácil dividir esse quarto com a Rafaela e sua amiga, logo que entramos ela já começou a falar como o Pedro estava caidinho por ela e que era apenas questão de tempo até eles ficarem juntos. Eu tive que ouvir todos os seus comentários calada revirando os olhos muitas vezes e a Gabi fazia uns gestos estranhos, quando a Rafaela não estava vendo que me davam vontade de rir muito daquela garota.

Na manhã seguinte começamos a explorar a cidade e se dependesse de mim só voltaria ao hotel para dormir, pois não conseguia tolerar a presença daquela menina na minha frente durante muito tempo. Então arrastei a Gabi para todas as atividade programadas nós fizemos tudo, desde jogar nos cassinos com identidades falsas que ela arranjou, até passear pelas ruas movimentadas á noite e ainda ficar as tardes na piscina do hotel,  provando bebidas diferentes, confesso que estava adorando tudo, exceto as horas que minha amiga me deixava sozinha para ficar com um carinha que ela conheceu no bar do hotel, os dois se conheceram no primeiro dia que chegamos e ficaram todas as noites juntos desde então, algumas vezes eu voltava para o quarto pois não queria segurar vela a noite toda, mas sempre que chegava no quarto a Rafaela estava lá contando como é maravilhoso ficar com Ricardo, como ele beija bem e tudo mais. Enfim já não preciso contar que os dois estavam ficando e eu não precisava saber todos os detalhes sórdidos, já era tortura suficiente ver os dois juntos, ainda bem que quando essa viagem acabar nunca mais vou ver nenhum deles na minha frente, pelo menos era isso que eu esperava.

E entre altos e baixos chegamos a minha última noite na cidade e eu estava muito decepcionada, pois apesar de me diverti muito e até beber, coisa que nunca fiz antes, não consegui trocar um beijo sequer, depois que descobri que Pedro caiu na teia da Rafaela desisti completamente dele mas ai não sobrou ninguém, até troquei alguns olhares com uns carinhas, porém nada sério e agora estava eu aqui no bar do hotel tomando minha segunda bebida sozinha já que a minha amiga estava por aí dando bons amassos ou até algo mais com o João, o cara que ela conheceu aqui.

E eu que apesar de ter caprichado no visual essa noite estava sozinha e já era bem tarde, em algum momento vou ter que voltar para o quarto e deixar Las Vegas sem cometer nenhum pecado, só eu mesmo para chegar até aqui e ficar sozinha á noite toda. 

Quando  eu estava quase desistindo, olhei mais uma última vez para todo o bar e  estava lotado até tinha umas pessoas dançando num canto uma música que tocava no Junke box, todos estavam muito animados exceto um cara sentado bem no canto quase escondido da multidão, ele estava todo de preto e ainda usava um boné que escondia um pouco seus cabelos que mesmo de longe pareciam ser loiros, mas eu não podia ter certeza disso, já que estava um pouco distante de mim, entretanto o que mais chamou a minha atenção foi uma tatuagem que estava no seu braço direito, devia ser bem grande já que mesmo de camiseta eu podia enxergar algumas partes, parecia ser um pássaro mas não saberia dizer qual. Eu fiquei olhando tanto para esse cara até que ele  percebeu, pois começou a olhar na minha direção e eu fiquei sem palavras quando olhei nos seus olhos, eram tão intensos que acabei ficando constrangida e desviei meu olhar. Ele não era um garoto como eu costumava ver na escola, era um homem e perfeito em todos os sentidos tinha um corpo que apesar de estar totalmente vestido, demonstrava ser bem atlético e definido nos lugares certos, já que a calça preta ficava perfeita nas suas pernas torneadas e a camiseta justa nos longos braços fortes junto com a tatuagem diziam não se aproxime pois sou confusão na certa.

Porém eu nem liguei para esses avisos de mantenha-se longe se você não quer confusão, não sei se foi a bebida ou o fato dessa ser a minha última noite aqui e eu não tinha nada a perder, só sei que peguei a minha bebida me levantei e fui até ele, sentei num banco do seu lado e olhei a sua tatuagem, era uma fênix e eu fique fascinada por ela, olhei novamente para ele afim de chamar sua atenção até que ele acabou falando comigo numa voz sexy e rouca:

_ Parece que você está gostando de apreciar a vista?

_ Ah me desculpe não quis perturbar você, eu estava apenas olhando a sua tatuagem é tão linda. Mas não dá pra ver tudo daqui.

_ Você gostou da tatuagem? Mas para ver tudo temos que sair daqui eu não posso tirar minha camiseta aqui no bar, embora eu tenha feito isso inúmeras vezes antes. Ele fala e olha fixamente na minha direção, meu corpo fica todo arrepiado no instante em que nos olhamos , os seus olhos são de um azul tão profundo, parece que estou perdida no fundo do mar, nossa atração é tão forte que não consigo desviar.

_ Podemos sair daqui se você quiser.

Que mal podia fazer trocar uns amassos com um cara tão lindo assim, afinal nunca mais vou ter essa oportunidade, além disso, eu preciso me arriscar uma vez na vida, portanto nem penso duas vezes quando ele segura a minha mão e saímos de fininho do bar não sei pra onde e na verdade segurando sua mão nesse momento não faço questão de saber.

Estou me sentindo estranha não sei onde estou, tento abrir meus olhos, mas eles estão pesados e minha cabeça está doendo muito, apesar da dor latejante que não parece passar abro meus olhos e observo a minha volta. Já é de manhã tem uma claridade na janela, viro para o lado e percebo que estou num quarto diferente e muito maior que o meu no hotel, passo a mão em volta e percebo que não estou sozinha tem um cara dormindo comigo e ele está sem roupa. Ai meu Deus eu também estou sem roupa.  O QUE FOI QUE EU FIZ? Minha mente grita e eu me levanto bem devagarinho e corro para o banheiro.

_ O que aconteceu? Por que estou pelada nesse quarto, com esse homem que eu nem me lembro quem é? O que faço agora?

Eu não espero uma resposta para saber que preciso sair daqui antes que ele acorde e eu precise explicar como vim parar aqui. Saio de fininho do banheiro e procuro minhas roupas, não consigo encontrar meu vestido, olho em todos os lugares até que o acho jogado debaixo de uma poltrona, falta ainda meu sutiã e a minha calcinha, depois de muito procurar achei o sutiã do outro lado do quarto, perto da janela, agora só falta a calcinha. Mas apesar de procurar feito doida não achei minha calcinha, estava quase desistindo quando resolvi procurar na cama e fiquei roxa de vergonha quando finalmente descobri onde ela estava. Levantei o lençol que cobria o corpo nu do cara tatuado na cama e ele estava deitado em cima dela, eu só podia ver um pedacinho da renda vermelha. Eu não conseguiria pegar sem acordá-lo por isso desisti, coloquei o sutiã e o vestido peguei meus sapatos e sai dali para a caminhada da vergonha pelo corredor do hotel até chegar no meu quarto, eu rezava para a coordenadora Joice não descobrir a minha escapada no meio da noite, já que não tínhamos permissão de sair do nosso quarto durante a noite e muito menos dormir fora dele.

Quando cheguei no quarto tentei abrir a porta, mas estava fechada.

__ Meu Deus! O que faço agora?

Murmurei baixinho com medo de acordar alguém e estava quase desistindo quando de repente a porta abriu e a Gabi me puxou para dentro.

_  Eu estava te esperando a noite toda garota. Onde você se meteu Helena?

_ É uma longa história, depois eu vou te contar, mas agora eu preciso de um banho, um remédio para dor de cabeça e uma calcinha nova.

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Vamos ler e comentar pessoal..

Apenas uma vez -DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora