Emily
Me acordei e olhei pela janela. Uma manhã de domingo e o céu estava indicando que iria chover.
Levantei e coloquei uma roupa.Você: Não me perturba hoje. Pelo menos até 21:00 tá? Beijos
Desliguei o celular e o guardei em minha bolsa.
Desci e fui em direção a porta.
- Mãe, vou sair. Vou voltar no fim da tarde.
- Ok filha, bom passeio e tome cuidado.- ela fala.Dou um abraço nela e entro em meu carro.
Chegando na fonte da cidade, me sento no chão com as costas escoradas na espécie de muro em volta da fonte.
Mexo nas redes sociais e depois passo no restaurante panorâmico do parque e pego um capuccino de chocolate com chantilly e me sento em uma daquelas cadeiras extensas do lado da janela.O tempo fica nublado e começa a chover. Deixei meu carro do outro lado da rua. Então com certeza iria me molhar.
Acabo de tomar minha bebida e saio do restaurante ficando embaixo do pequeno teto de "plástico" de lá.
Aperto os olhos tentando enxergar meu carro do outro lado da rua no meio da chuva.
Dou o primeiro passando para frente, agora sem ficar debaixo do teto.
Começo a me molhar e levo os braços cruzados a altura do meu peito como sinal de que estava com frio.
Esperando poder passar para o outro lado da rua, olho para o lado e vejo um garoto, um pouco mais alto que eu, que parecia ter 19 ou 20 anos.
Ele chega mais perto e abre seu enorme guarda-chuva preto olhando nos meus olhos como se estivesse me chamando para entrar debaixo do guarda-chuva.
Chego mais perto dele, os dois protegidos pelo guarda-chuva, e percebo seu cabelo castanho claro quase loiro caindo sobre o rosto.
Ele passa a mão no cabelo, o ajeitando.
Até que olho novamente para seus olhos e percebo a cor azul dos mesmos, me lembrando o céu tão lindo quando ensolarado.O sinal de pedestres fica verde e ele me leva até o carro para não me molhar.
- Obrigada.- eu olho para ele.
- De nada.- ele sorri e se vira caminhando.
- Ei.- grito o chamando da janela do carro.
Ele se vira e vem até meu carro.
- Oi.- fala.
- Você vai a pé?- pergunto.
- Sim.- responde.
- Te dou carona.- suponho.
- Não precisa, não quero dar trabalho.
- Vem, você me ajudou.- dou batidinhas no banco para ele entrar.
- Tá.- ele sorri e senta-se no banco.
- Onde você mora?- pergunto e ele me dá o endereço.
Não presto atenção e só vou até a casa dele.
Quando chego lá nos despedimos e ele vai para sua casa.
Estaciono meu carro em frente à minha casa e passo pela grama da frente até chegar na porta de casa quando minha cabeça da um "estalo" e presto atenção.
Caminho até a casa ao lado que, por fora, é igual.
Aperto de leve a campainha e espero alguém atender.
Escuto um barulho de chave e a porta se abre mostrando o mesmo garoto que me ajudara hoje mais cedo.
- Somos vizinhos.- sorrio para ele.
- Que bom.- ele sorri.
- Tenho que ir, prometi à minha mãe que não chegaria tarde.
- Você mora com a sua mãe?
- Sim, mas próximo mês ela vai sair para a casa ao lado.
- A minha?
- Não, para o outro lado.- eu rio.
- A tá. Tchau!- ele acena sorrindo.
- Tchau!- aceno indo para minha casa.
Chego lá e falo com minha mãe depois subo para meu quarto, tomo banho e coloco o pijama:Senti pena quando lembrei que disse para Rick não me perturbar.
Você: Oi
Crush: Oi
Você: Desculpa por ter te mandado aquela mensagem chata, eu estava cansada.
Crush: Tudo bem.
Você: Eu conheci um cara muito legal, e por acaso ele é meu vizinho.
Crush: Eu sei Emily. Não é porque você disse para eu não mandar mensagem que eu vou parar de te espiar.
Você: Aff. Hum.
Crush: Não gostei do jeito que vocês se olhavam. Você é só minha.
Você: Eu sou sua <3
Crush: Vai dormir linda, tá tarde.
Ah, gostei do seu pijama "emoji piscando"
Você: "emoji revirando os olhos" <3
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A Famous Anonymous Messages (HIATUS)
Teen FictionVocê já pensou que uma mensagem pode mudar várias coisas?