Furacão de sentimentos perdidos

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-Rose?-escuto a voz rouca do Ed me chamar e em seguida sinto seu hálito e sua respiração bem perto do meu rosto.

-Estou indo- me aconchego mais a ele e escuto sua risada, ela soa baixo, rouca e doce, o que me faz sorri automaticamente.

-Temos que sair do carro Baby- ele abre a porta e o vento frio invade o carro batendo contra meu corpo, estremeço, sento no banco e coço meus olhos, ele sai do carro e me olha- Quer ajuda para sair?

-Quero! -abro os braços para ele me pegar, ele sorri e me pega, abraço seu pescoço e fecho os olhos, sinto andar um pouco, me pôr na cama e deixar um beijo em minha testa.

-Estou indo- ele fala sorrindo e tira o cabelo de meu rosto, eu sorrio e assinto.

-Tchau- Falo baixo enquanto ele vai se distanciando.

Ouvi passos vindo em minha direção, senti o cheiro do perfume da Nathalie, ela senta na cama e faz carinho nos meus cabelos.

-Tá melhor? -ela pergunta, me acariciando.

-Estou com frio... -Tremi um pouco

Ela me ajudou a colocar o pijama, me colocou de volta na cama e tornou a acariciar meu cabelo.

Quando eu estava quase dormindo, ela levantou da cama, segurei sua mão e ela voltou os olhos pra mim.

-Desculpa... -Choraminguei um pouco.

Ela não disse nada, só abaixou o rosto, puxou o lençol mais pra perto de mim e me deu um beijo de boa noite.

(...)

Acordo antes do alarme, sinto muita dor de cabeça, olho para o lado e a Isabella ta dormindo de bruços, parece morta, ela ainda está com a roupa da festa, a Nathalie não ta dormindo. Levanto devagar e vou tomar um banho para ver se essa dor passa.

Saio do banheiro de toalha, abro meu lado do guarda-roupa e pego um short jeans preto, ele mede um palmo, visto também uma blusa roxa com o rosto de um panda, calço um dos meus all star preferidos, ele tem um quadriculado azul, saio do quarto devagar para não acordar a Isa, ainda não é hora do café da manhã, só o que me resta fazer é caminhar pelo campus

Sento em um banco na frente do dormitório, sinto a brisa matinal bater contra meu corpo, me encolho no banco, olho em volta e vejo alguém vindo, seu cabelo loiro inconfundível, e seus olhos perfeitamente azuis me olham enquanto se aproxima de mim.

-O que faz aqui sozinha? -ele senta do meu lado.

-Precisava de um ar puro-deito minha cabeça no ombro dele.

Tremo um pouco por causa do vento, ele me ofereceu o casaco vermelho sangue dele, aceito rapidamente e continuei o abraçando.

Eu me sentia estranha, não me incomodava de estar ali com ele, só não entendia bem porquê.

-Isso é estranho... -Sussurrei sentindo sua respiração nos meus cabelos.

-O que é estranho? -Perguntou acariciando minha mão.

-Isso tudo... Eu não estou conseguindo entender porque não estou tentando te matar agora... Bom, era para ser o normal mas... Eu não... Não sei...

Ele riu, passou o braço pelos meus ombros e me puxou mais para perto.

-Acho que foi por causa do que aconteceu ontem...

Ele não terminou de falar, deixou que as palavras fossem levadas pelo vento, aquilo me deixou confusa, arregalei um pouco os olhos e me virei pra ele.

NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora