-Prólogo- Sonho... ou Ralidade?

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"Mesmo que tivesse apenas 10 anos, mesmo que tenha sido apenas por um estante, que tenha sido trazido por uma pequena e fraca brisa, ele podia sentir, podia sentir aquele cheiro que, para ele, era mais doce que o mais puro mel, afinal, mesmo novo e com seus sentidos ainda não totalmente despertos, ele era um alfa lúpus, com certeza não havia se enganado, tinha uma ômega no cio em algum lugar daquela floresta, ele podia sentir o cheiro que chegava a o deixar maluco, era a primeira vez que sentia algo tão doce, tão viciante, mesmo que tivesse sentido por poucos segundos, foi o bastante para que quisesse fazer dessa ômega sua parceira. Levantou sua cabeça para o alto, e fechou os olhos cheirando de um lado para o outro devagar, como um caçador tentando achar sua presa, mas o rastro da ômega havia sumido. Ele andava para frente ainda concentrado em achar a ômega, até que conseguiu sentir mais uma vez aquele doce penetrando suas narinas. Ele correu em direção de onde havia sentido a brisa com o cheiro da 'sua' ômega. Ele ia correndo sem ao menos prestar atenção em onde estava indo, apenas queria encontra-lá. Se ele já pudesse se transformar em sua forma de lobo, com certeza já teria á alcançado, mas apenas com os 14/15 anos atingia a maturidade e conseguiria se transformar. O cheiro ai se afastando, desesperado, ele tentava correr ainda mais rápido, suas pernas já não aguentavam mais, estava perdendo o fôlego, até que suas pernas já exaustas falharam por alguns segundos, mas o suficiente para que ele caísse em uma ladeira, rolasse e batesse a cabeça em uma árvore, a última coisa que via já deitado no chão prestes a desmaiar são flocos de neve caindo do seu, gelado..."
E desmaiou.

Ele acordou ofegante. Novamente tinha tido esse sonho, o de quando tinha 10 anos, o sonho de ter deixado o amor da sua vida escapar. Ele tinha esse mesmo sonho várias vezes, e ele era tão realista, esse sonho que conseguia assombrar um forte e dominante alfa lúpus, poder sentir o cheiro da sua parceria mas não poder vê-lá, toca-lá, ouvi-lá. Era um pesadelo. Mas há algo nesse pesadelo que por mais que seja por um minuto, o faz se sentir relaxado. O cheiro dela. Sendo um sonho ou não, nunca se esquecerá dele.

--------En outro lugar------

Ele chorava mais do que nunca. Ele queria voltar. Queria salvar sua mãe, sua família, mas não podia. Não podia deixar que o sacrifício de todos fossem en vão. E pela primeira vez em sua vida, ele estava descendo da montanha branca. Sozinho. Com medo.

-----Continua----

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