Fofo?

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Yuki...






Ele tantava abrir os olhos devagar se acostumando com a claridade.

"Será que havia sido tudo um sonho?"

Recebeu sua resposta assim que se acostumou com a claridade local. Não. Não foi um sonho. Ele ainda estava deitado na cama de um lugar desconhecido. E o homem que havia descoberto se chamar Erick estava sentado dormindo na poltrona que antes estava o seu pai. Ao lado da cama tinha uma mesinha com uma bandeja com pães, frutas, suco. Sua barriga roncou alto, ele não sabia se podia mas estava com tanta fome que pegou a bandeja e começou a comer.

-Então, está bom? - disse Erick que assistia tudo em silêncio como um caçador observando a caça.

-A-a quanto tempo você está acordado?- disse se assustando com a voz grave ainda sonolenta do maior, que por algum motivo seu corpo se arrepiou por completo.

-Não muito, foi o barulho do seu estômago roncando que me acordou.- disse brincando, dando uma gargalhada em seguida, fazendo com que o menor ficasse completamente corado. Ele não sabia se devia achar graça da vergonha do pequeno ou se achava o jeito que ele corou... fofo?- Bom... meu pai pediu para que eu te mostrasse um quarto para ficar.

-E-eu a-agradeço a generosidade, mas eu não posso ficar, eu tenho que voltar pra...pra...- parou a frase, não sabia se ainda tinha para onde voltar. Seu semblante ficou triste novamente.

-Bom...- chamou a atenção do menor.- você não vai conseguir ir a lugar algum desse jeito. Ainda está muito fraco da operação que o médico da alcatéia fez, logo vai começar a escurecer. Então...

Yuki não tinha escolha a não ser fica, mas assim que se recuperasse voltaria para a montanha branca. Precisava ver o que aconteceu com a sua alcatéia.

-Acho que terei que ficar por um tempo. Se me permitirem...- disse. Não queria causar problemas a mais ninguém.

-Ah... Claro tudo bem. Foi mal o jeito que te tratei antes. Não tenho dormido muito bem e acabei descontando meu cansaço em você. -

-Você parecia dormir muito bem quando eu olhei... estava até meio fofo- disse, logo em seguida corando percebendo a coisa constrangedora que falou.-...n-n-não q-que eu-eu ache -v-você fofo... eé que...- se embolou tentando explicar.

-T-tudo bem. N-não precisa se explicar...- por algum motivo acabou se embolando também, sentia seu rosto quente. "Por que diabos esse pequeno ficava tão fofo corado?"- B-bom... o médico disse que seus pontos serão tirados em uma semana, e como suas roupas estavam sujas de sangue, é para você vestir aquelas assim que acordar...- falou apontando para uma muda de roupas dobradas no pé da cama. Só então o menor percebeu que estava completamente nú, envergonhado pogou o lensol que o cobria até a sintura e o puxou para cima, tampando seu tórax, mas logo percebeu que o lensol era tão fino que mesmo coberto expunha até mesmo suas partes íntimas.

-Não olhe!- gritou já com os olhos cheios de lágrimas de vergonha...





-----------CONTINUA-----------

Paixão SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora