Paixão Selvagem

Preocupado

Oi pessoal, eu falei que ia tentar postar mais rápido e aqui estou eu.
Espero que gostem.
Eu realmente queria que vocês comentassem sobre a história, os personagens, a escrita o romance e etc.
Eu gosto de ler os comentários.
Boa leitura

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"Você não vai." Essa era uma afirmação. Não uma pergunta. Ele mantia o olha firme sob a pequena coisa sentado na cama com as orelhas abaixadas e um olhar de cachorro sem dono. "Não adianta me olhar assim. Está decidido."

"Mas..."sua voz saia baixa como o zumbido de um mosquito, contida como se estivesse prestes a chorar.

"Não. É perigoso demais. Não me faça repetir Yuki" essa era a primeira discussão do casal. Assim que ele foi ao salão principal foi decidido que hoje seria o dia da escurção de repressão. É um pouco precipitado mas de acordo com as informações dos batedores (equipe de reconhecimento) não poderia ser adiado mais. A aldeia foi tomada a pouco tempo e já estava em uma situação catástrofica: a maioria dos alfas foram mortos ou torturados, os betas e ômegas estão em situações precárias de abuso que talvez a morte fosse uma saída melhor, já seria muito bom se conseguíssem salvar as pessoas vivas.

Ele encarava os olhos vermelhos e magoados olhando para si e o quanto aquele olhar o machucava, apenas ele sabia. Mas como ele deixaria seu pequeno ver aquela atrocidade? Ele com certeza choraria de tristeza.

Ele não poderia suportar essa cena. Seu ômega merecia toda a felicidade do mundo, então porque deveria levá-lo para algo que o machucaria? Ele não vai e ponto final.

"Mas você vai..."

"Eu vou estar na linha de frente, não posso cuidar de você." É mentira, mesmo se ele estivesse enfrentando mil alfas e ferido ele ainda cuidaria para que nada o ferisse até seu último suspiro, destruindo tudo e todos no caminho.

Só de pensar em alguém machucando seu lobinho ele sentia seu sangue ferver.

" Eu fico atrás! Eu não vou atrasar você! Eu, eu agora posso me transformar e correr mais rápido talvez até..." O desespero o fazia gagueijar em meio a suas palavras. Ele tinha que ir! Era sua culpa! Ele não poderia apenas sentar e esperar.

"Não!" Interrompe as palavras absurdas que ele diria a seguir. Se ele se machucar, ele sabe oque aconteceria? Ele não sabe mas Erick entendia bem, ele era um lupus, se o menor se machucasse ele com certeza perderia o controle, nesse momento amigo ou inimigo não faria diferença, ele destruiria tudo.

Yuki não sabia o quanto poderia ser assustador um lupus fora de controle, eles não eram os mais fortes da raça atoa, sua força de destruição era algo que não conhecia os limites.

Principalmente com seu omega ferido, seria uma destruição em massa.

Os alfa lupus e omega puros são unidos para formar um equilíbrio: o cheiro do pequeno, a voz, tudo foi feito sob medida para si, o induzia a um estado de paz e calma assim como seu corpo, cheiro e voz o passariam a segurança e paz. Se um sumir o outro perde o controle.

O exemplo era o próprio Yuki, sem um lupus para suprimir o cheiro que saia de seu corpo com seu próprio cheiro, ele seria caçado por alfas como um animal no cio, ele não poderia viver com uma alcatéia que acabaria por destruir o equilíbrio dos relacionamentos ao seu redor até mesmo alfas marcados poderia acabar sucumbindo a sua atração, já  ao lado do lupus seus cheiros se sobrepõem e ninguém sequer ousaria se aproximar demais. Era o equilíbrio perfeito e frágil.

"Mas eu, eu preciso ir, eu..."

"Você não vai. Se for vai apenas ficar no caminho. Você fica e fim do assunto!" Ele sabia que isso machucaria mas quando viu uma lágrimas solitária escorrer pelos olhos do pequeno, era como se seu coração se quebrasse em pedaços. Muito doloroso.

"Eu te odeio!" O pequeno saiu do quarto após essas palavras com passos firmes mas o coração trêmulo. Erick foi deixado petrificado no quarto com aquelas palavras soando em sua mente uma e outra vez. Era uma mentira, ambos sabiam, mas ouvir ainda era terrívelmente doloroso...

....

Yuki caminhava com os olhos embaçados pelas lágrimas, por mais que limpasse desciam mais e mais, era como uma fonte. A dor e ao mesmo tempo arrependimento.

Ele não deveria ter dito aquilo mas...Argh ele estava tão bravo. Era completamente culpa sua então porque ele não deveria ir? Porque ele não deveria lutar? Ele não entendia.

"Yuki..? Oque você faz aqui? Veio visitar a mulher?" Uma beta com cabelos castanhos e curtos, Sarah, uma das moças getis que ele conheceu no tempo que ficou no hospital. Ele ergueu o olhar e percebeu que tinha caminhado inconscientemente até a porta do hospital. " Ah certo, Erick deve ter contado da mulher que trouxemos da sua vila...Ela ainda não está acordada mas assim que estiver eu peço para alguém te chamar ou você prefere ir mesmo assim? Seria bom algum conhecido estar perto pode ajudar a superar o trauma..."

Yuki estava um pouco irritado de ouvir o nome de Erick mesmo quando tentava fugir dele mas logo que escutou o resto ficou sem fala. Alguém da minha alcatéia? Aqui? Como?

"O,onde?" A morena pareceu não perceber a anormalidade na sua fala e disse casualmente.

"Ela está no vigésimo quarto do segundo andar. Não faça muito barulho para..." Antes que ela pudesse terminar ele já havia sumido de vista correndo pelas portas do hospital." Estanho..." ela vê Erick passando pelas pessoas procurando por algo."Erick, você está bem?..."

"Viu o Yuki?" Ele iguinora completamente a pergunta anterior, mas ela não se importa muito respondendo casualmente como sempre.

"Ah, claro! Ele acabou de subir pra visitar aquela moça da vila, eu..." antes que pudesse terminar Erick já desapareceu pelas portas do hospital também. "Estranho..." Ela lembra vagamente que o garotinho de agora parecia estar chorando.

Será que tem algo a ver ? Os dois estão em um momento ruim? Hmm
Sem resposta para suas divagações e decidida a não se meter na briga do casal ela volta a trabalhar normalmente.

....

Dentro do quarto calmo uma mulher descansa na cama com vários aparelhos e curativos por todo corpo. Ele tinha os cabelos loiros e longos como fios de ouro, suas feições eram bonitas e juvenis. Ela parecia dormir calmamente como uma fada encantadora mas seu rosto mortalmente pálido indicava seu real estado.

Ao lado de fora da sala um garoto segura a maçaneta da porta exitante e trêmulo. Ele sentia culpa e medo da rejeição.

Mas reunindo o ar nos pulmões ele abre a porta devagar e com as mãos suadas. Ele abre completamente a porta tendo em vista a linda e familiar mulher, Karen, ele abre a boca para falar... mas nada sai e, ao contrário do esperado, ele cai para trás. Desmaiado.

"Yuki!"
Antes mesmo de atingir o chão uma mão forte o pega nos braços. Erick olha para o garoto em seus braços que começou a suar frio e tremer como se estivesse passando por um mau terrível, preocupado.

---CONTINUA---

ENTÃO É ISSO PESSOAL.
ATÉ A PRÓXIMA E COMENTEM SE PUDER.