X

53 6 0
                                    

Estelar estava presa, não havia muita luminosidade e continha pouca visão das coisas. Estelar se aproximou da grade e sentiu uma fraca energia correndo por dentro das barras de ferro, ao olhar para frente nota-se um prisioneiro que aparentava estar preso lá há anos.

  - Moço?

Chamou pela primeira vez mas não teve respostas.

  - Moço?

Chamou pela segunda vez elevando um pouco mais a voz, a escuridão da cela o tornava pouco invisível mas a respiração e a forma como se movimentava o tornava bem presente ali.

  - O que quer?

Perguntou-lhe num tom de fracasso.

  - Procuro duas pessoas que podem estar aqui.

  - Ah sim, Jarel os prendeu nas últimas celas no final do corredor.

  - Não se preocupe, vamos todos sair daqui.

  - Me diga senhorita, como pretende fazer isso?

  - Não sei, mas espero que ele saiba.

Disse Estelar para si própria se afastando da grade e sentando no chão frio e humido.

Jarel estava com Lucius no salão principal, o lugar era realmente belo com partes que brilhava as vezes ouro as vezes prata, as armaduras empunhava espadas em posição de reverência e no teto central havia um grande lustre feito de pedras preciosas. Lucius parou enquanto seu pai tinha prosseguido alguns passos a frente e parando após perceber que Lucius havia parado.

  - Diga-me meu pai, onde estar a prisioneira?

- E porque exatamente você quer saber?

  - Preciso de respostas antes de matá-la.

Jarel se aproximou e pôs a mão sobre o ombro de seu filho o olhando fixamente e depois de analisá-lo apenas deixa um pequeno sorriso escapar.

  - Como você a capturou você merece meu filho, --- Jarel vez um pequeno gesto com a mão e um dos guardas se aproximou --- Este é Victor e te mostrará onde fica.

  - Por favor pode me acompanhe.

Disse o jovem Victor após se reverência. Saindo do salão os dois caminham, Victor na frente seguido de Lucius que não parava de encarar o jovem rapaz, tomado pela curiosidade Lucius decide quebrar o silêncio que já havia se estendido por tempo demais.

  - Então Victor, não é jovem demais para estar aqui?

  - Sou sim senhor.

  - Qual é a sua idade?

  - Tenho 19 anos de idade senhor.

  - Quer fazer o favor de parar de me chamar de senhor?

  - Sim senhor... quer dizer, sim.

  - Porque está aqui Victor?

  - Preciso de dinheiro, meu pai morreu e agora só tenho minha mãe e minha irmã.

  - Entendo, teve que amadurecer cedo, mas você já esteve em alguma luta antes?

  - Não me orgulho muito do meu passado, estou tentando me redimir.

  - O que você faria para se redimir?

  - Qualquer coisa.

  - Incluindo trair seu rei?

  - Como assim?

Victor parou na mesma hora espantado com a pergunta que tinha acabado de ouvir.

  - Não tenha medo, não te condenarei por sua sinceridade.

  - Sim, trairia o rei se for o caso.

  - Pois bem Victor, acaba de ganhar minha confiança, preciso de um favor seu.

  - Que tipo de favor?

  - Do tipo que colocará sua posição em risco, o que me diz?

Victor demostrou estar pensando mas a curiosidade falou mais alto e acabou aceitando a proposta.

Sangue RealOnde histórias criam vida. Descubra agora